quinta-feira, 31 de julho de 2014

15

Desci e ele estava na sala assistindo alguma coisa.
-Eu vou ver se a Neide deixou alguma coisa pronta. Disse e passei para a cozinha. Como previa, não tinha nada pronto.
-E ai? Ele perguntou entrando.
-Nada! Mas tem pão no armário, eu posso tentar fazer um sanduíche.
-Você? Ele perguntou espantado.
-A não ser que você mesmo queira tentar.
-Vai lá então. Ele disse se sentando. Peguei o pão no armário e as coisas pra fazer o sanduíche na geladeira e fui tentar ver se saia alguma coisa. Se bem que fazer um sanduíche não era nenhum bicho de sete cabeças, mas pra uma pessoa como eu podia se tornar uma bomba atômica. Das duas uma, ou ele morria de fome, ou de intoxicação alimentar. Terminei e levei num prato até ele.

-Seja o que Deus quiser. Ele disse e abocanhou o sanduíche. -Até que não tá tão ruim assim. Ele comentou e eu fui guardar as coisas na geladeira e lavar as coisas que tinha sujado. Estava terminando de limpar a pia quando senti ele se aproximar por trás de mim. -Obrigado! Ele agradeceu em meu ouvido e não sei porque, senti um arrepio com aquilo.
-De nada. Disse desconcertada. No mesmo instante ele me virou e me tascou um beijo.
E como todas as outras vezes, meu corpo travou assim que suas mãos tocaram em meu corpo. Sinceramente não sabia porque eu sempre reagia dessa forma, talvez por ele ter sido o ultimo a ter me tocado. Depois da noite em que ficamos, nunca mais tive nada com ninguém, e pra falar a verdade não sei como estava aguentando isso. Logo senti meus pés saírem do chão e senti o mármore frio da bancada tocar em minha pele. Ele se colocou entre minhas pernas e continuava o beijo.
Cada vez mais intenso, passando por meu pescoço, até chegar em meus seios ainda por cima da roupa.
-Eu não sei o que acontece comigo, toda vez que me aproximo de você tenho a necessidade de te beijar. Ele dizia com a voz falha enquanto distribuía beijos por meu corpo.
-Luan espera. Disse ofegante.
-E essa necessidade aumenta cada dia mais. Ele continuou. 
-Luan... 
-Você me deixa louco. Disse e por fim recobrei meus sentidos e o empurrei descendo da bancada em seguida.
-O que foi? Ele me olhava sem entender.
-Eu...é que eu preciso acordar cedo amanhã.
-Mas Jéssica?... Ele tentou se aproximar novamente e eu dei alguns passos pra trás.
-Eu preciso dormir. Disse e subi as escadas correndo, entrei em meu quarto e tranquei a porta pra não correr o risco dele entrar achando ser outro comodo novamente. Fui até o banheiro e joguei uma água no rosto. -O que deu em você Jéssica? Encarava a imagem refletida no espelho. -Eu perdi o juízo de vez, só pode. Joguei mais um pouco de água no rosto e fui me deitar, foi difícil, mas consegui pegar no sono. Acordei com o celular despertando, desliguei e antes que me levantasse ele apitou novamente, olhei e era uma mensagem de Marcela.

Amiga desculpa, esqueci de avisar ontem, mas o ensaio foi adiado para a semana que vem. Foi mal :(

Xinguei ela milhões de vezes em pensamentos e decidi não responder. Me deitei novamente e logo peguei no sono outra vez. 

Acordei e desci, pela hora o traste do Luan já devia ter ido embora, do contrário ele teria um enorme problema com a esposa. Cheguei na cozinha e encontrei a mesa posta para o café e um bilhete de Neide dizendo que havia saído pra fazer as compras do mês. Tomei meu café tranquilamente e sai da casa. Fiquei um tempo deitada na espreguiçadeira frente a piscina olhando o céu, e por conta do enorme calor que fazia, decidi dar um mergulho, tirei a roupa e fiz isso de lingerie mesmo.
Mergulhei e quando subi novamente vi ele ali parado na borda da piscina.
-Bom dia. Ele disse me olhando.
-Pensei que já tivesse ido embora. Disse saindo e ele ficou me olhando feito um bocó. -O que foi?
-Biquíni tá em falta é? Ele disse e então me lembrei que estava de lingerie.
-Como disse, pensei que tivesse ido embora e calcinha e sutiã não é tão diferente de um biquíni. Coloquei meu pijama de volta e entrei em casa. -Toma seu café ai, eu vou tomar um banho. Subi para o meu quarto. Tomei meu banho, me vesti e desci, não encontrei mais ele na cozinha, olhei pela janela e seu carro ainda estava estacionado na frente da minha casa. Subi e bati na porta do quarto ele não respondeu então decidi entrar, estava vazio mas logo o vi saindo do banheiro enrolado numa toalha. 
-Depois reclama quando eu invado seu quarto. Disse me olhando.
-Ér...eu bati na porta mas você não respondeu.
-Quer alguma coisa?
-Queria saber com quem você deixou a Malu.
-Ela ficou na casa da minha mãe.
-Ah que bom. 
-Que bom porque?
-Porque eu não queria minha filha sozinha com sua mulher depois de vocês terem discutido.
-A Lívia nunca faria nada contra a Malu. 
-Se tem tanta confiança nela assim, porque deixou a Malu com sua mãe?
-A Malu já estava na casa dos meus pais, quando eu sai passei lá e minha mãe disse que ficaria com ela achando que eu voltaria pra casa e pudesse me entender com a Lívia.
-E eu acho que era o que você deveria ter feito.
-Não gostou da minha companhia?
-Você é muito idiota mesmo.
-Pra mim essa implicância toda que você tem comigo significa outra coisa. Ele se aproximou.
-Significa que eu tenho razão em te achar um completo idiota. Ele já estava parado na minha frente.
-Tá olhando o que? Ele perguntou ao me ver olhando seu peitoral. 
-Eu? Nada.
-Sou gostoso pra caramba né? Confessa!
-Você é muito convencido isso sim.
-Para de negar Jéssica. Admite de uma vez que você tá louquinha por mim. Ele me encurralou na parede e colou seu corpo no meu. 
-É melhor você se afastar ou então...
-Ou então o que? Você não vai resistir? Perguntou com seus lábios próximos ao meu.
-Ou então eu...Ele não me deixou completar a frase e me calou com um beijo, ainda mais intenso que da noite anterior. Eu usava um short jeans e uma blusinha solta, ele apenas aquela toalha. Minhas mãos continuavam imóveis, já as dele passeavam por meu corpo com uma urgência absurda. Ele mesmo pegou minha mão e a colocou em seu pescoço, tremi ao sentir sua pele em minhas mãos. A essa altura não tinha mais forças pra fugir daquilo e acho que nem vontade de fugir eu tinha. Deixei o desejo falar mais alto e intensifiquei o beijo me agarrando em seus cabelos. Senti ele sorri entre o beijo.

Luan on

Não iria perder a oportunidade de ficar com ela, não mesmo. Sempre que meus olhos cruzam com os dela, surge uma necessidade enorme de beijá-la, de sentir seu corpo junto ao meu e eu não conseguiria guardar esse desejo dentro de mim por muito tempo. E aquela desculpa esfarrapada de ter vindo aqui perguntar da Malu não me convenceu, sei que ela tem algum interesse e se ainda não tentou fugir dos meus beijos é porque tenho razão em pensar dessa forma. A excitação que ela me causava era absurda, sempre tive a mulher que quis e acho que toda essa implicância que ela tem comigo, fazia esse meu desejo aumentar ainda mais. Sei que já fiquei com ela, mas não conta. Estava bêbado e não lembro de absolutamente nada. 
-Não vai mais me chamar de idiota? Disse provocando.
-Sempre! Ela disse me olhando e seus olhos ardiam. Bingo! Sorri satisfeito. Minhas suspeitas estavam certas, ela queria aquilo tanto quanto eu. Seu olhar era doce e sexy ao mesmo tempo. Sentia uma vontade louca de ter ela pra mim, meu orgulho gritava querendo que eu me afastasse, mas ela já havia despertado algo muito mais profundo em mim e tudo o que eu precisava era tocar aquele corpo. 
-A gente não pode. Ela dizia sem afastar um milimetro nossos corpos.
-Não podemos o que? Perguntei e ela nada disse. Entrelaçou as pernas em minha cintura se rendendo completamente, caminhei até a cama me sentando com ela em meu colo.

Jéssica on

Sentada em seu colo ele tratou logo de intensificar as coisas. Subiu a mão por dentro da minha blusa e acariciou meus seios ainda por cima do sutiã. Passei as mãos por seus braços constatando quão fortes eles eram. Ele tirou minha blusa e a jogou em algum canto do quarto e parou o beijo me olhando. Tratei de avançar em sua boca novamente, se ficasse muito tempo olhando em seus olhos poderia desistir daquela loucura.
Caímos juntos na cama aconchegando nossos corpos em uma perfeita sincronia, eu agora estava por baixo, gostava daquela sensação de ficar sem controle sobre mim mesma. Suas mãos foram rápidas e tiraram meu sutiã e ele cuidou logo de abocanhar um de meus seios. Afundei minhas unhas em suas costas e apreciei aquele momento, ainda sem olhar pra ele. O volume que seu membro fazia já era visível, nem me dei conta de quando ele se livrou da toalha e pra falar a verdade não me lembrava que era tão...Nossa!
Ele distribuía beijos por meus seios descendo a mão por meu corpo até invadir meu short. Entrelacei meus dedos em seus cabelos. Sem me controlar, seu nome escapava de meus lábios a cada vez que seus dedos investiam em massagear meu clitóris. Por fim ele tirou meu short e em seguida minha calcinha. Num momento em que ele ficou de pé na minha frente, me atrevi olhá-lo, precisava ter certeza que não estava tendo um pesadelo. Respirei fundo pra não perder a coragem e já que estava ali, iria fazer as coisas direito. Quando ia pegar seu membro para estimulá-lo, ele me impediu. Não sei qual urgência ele tinha por aquilo mas não se importou nem com as preliminares, assim que me livrou de minhas roupas, pegou algo em sua calça e logo constatei que era um preservativo. Bom, pelo menos isso. Colocou em seu membro e logo me penetrou. Gemi baixo sentindo seu pau me invadir. Ele começou com movimentos lentos e logo foi acelerando. Enquanto bombava dentro de mim, apertava meus seios. Minhas mãos passeavam por suas costas, peitoral, apertava seus braços fortes.

Luan On 

Ela rolou na cama ficando por cima de mim sentou no meu pau começando a cavalgar de forma extraordinária

Me movimentava e ao mesmo tempo apertava seus seios, começamos a nos sentir um no outro, tudo tinha se encaixado, tínhamos um equilíbrio perfeito, estava adorando o jeito que ela pulava em mim, era magnifico. Suas mãos apertaram meus braços com certa força ficando um pouco trêmula, senti sua intimidade contrair meu membro e notei que ela havia chegado lá, segurei em sua cintura e bombei meu corpo duas vezes com força contra o corpo dela e depois de segundos senti meu gozo escorrer a fazendo cair completamente exausta ao meu lado.


 Só pra aquecer a noite das minhas leitoras queridas. (66' 
O que acharam da "primeira" vez dos dois? provocações e mais provocações.
Só tenho uma coisa pra dizer, a tendencia é piorar kkkkkk
Será que a cabeça da Lívia tá doendo? :O


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segunda-feira, 28 de julho de 2014

14

Capitulo dedicado a Amanda (luanete_pqsim)

A festa estava linda e Malu se divertida muito, por ela ainda não estar andando tinha que ficar com ela pra lá e pra cá, e quando ela insistia em ficar no chão, tinha que tomar cuidado pra que ela não se machucasse. Luan ficava a maior parte do tempo com a gente deixando um pouco sua família de lado, o que provavelmente estava deixando sua esposa uma fera.
-Amor vamos sentar um pouco, eu tô cansada. Dizia Lívia depois de passar um tempo observando eu e Luan brincar com Malu.
-Senta lá com os meus pais. Eu vou ficar aqui com minha filha mais um pouco. Ele disse sem tirar a concentração do que fazia. Pude ver ela bufar e sair andando pelo salão.
-Você devia ficar um pouco com sua mulher. Disse.
-Ela tem que entender. Me olhou. –É aniversário da minha filha e eu não vou deixar de curtir com ela. Ainda mais que vamos passar o natal distante um do outro.
-Não começa tá?
-Então vamos com a gente. Poxa vai ser legal pra caramba lá na chácara.
-Eu não vou Luan. Natal é tempo de ficar com a família e eu não faço parte da sua.
-Então deixa a Malu ir comigo?
-Nem pensar. Ele suspirou fundo e voltou brincar com nossa filha.
Malu queria brincar na piscina de bolinhas e claro que o infantil do pai dela adorou a ideia.
-Vem também? Ele me chamou.
-Não posso! Estou de vestido.
-E por falar nisso. Deus é justo, mas esse vestido ai.
-Nossa! Esperava mais de um cara que compõe musicas tão bonitas.
-Babaca! Ele me mostrou a língua e entrou no brinquedo com Malu. Fiquei do lado de fora olhando os dois se divertindo e cada gargalhada que minha filha dava, me fazia soltar um sorriso satisfeito. Ver a alegria dela, era tudo o que eu precisava. Luan também não ficava pra trás, se divertia tanto quanto as crianças ali.
-Contagiante não é? Ouvi uma voz ao meu lado e ao me virar vi que era Lívia.
-Ela está se divertindo muito. Disse voltando minha atenção para os dois.
Eu sinto muito a falta dela lá em casa. Já estava acostumada com ela todos os dias.
-Eu posso imaginar. Mais o lugar de um filho é ao lado da mãe.
-E porque deixou ela com Luan e sumiu no mundo.
-Acho que o Luan já explicou isso pra você. A olhei e ela tinha um meio sorriso nos lábios.
-Ah claro! Você teve que viajar pra fora do pais e cuidar de sua avó doente.
-Então!
-E se sua avó ainda estivesse entre a gente, você não teria voltado pra buscar sua filha?

-Não importa o que aconteceria, o que importa agora é que estou aqui e minha filha vai continuar vivendo comigo. Deixei ela plantada ali e fui dar uma volta pelo salão, falar com os convidados enquanto Luan se divertia com Malu.
-Não pensei que viria tanta gente. Marcela comentou assim que sem sentei a mesa junto com ela e Léo.
-Nem eu, mas o Luan fez questão de convidar quase toda a família dele e metade das duplas sertanejas desse pais. Rimos.
-Daqui a pouco isso daqui vira um rodeio e sai todo mundo dançando. Léo brincou. Ficamos conversando por um tempo e paramos quando vi Luan se aproximar com Malu em seu colo.
-O que aconteceu? Perguntei o olhando.
-Eu fui dar um pouco de suco pra ela e... Ele a virou e seu vestido estava todo molhado.
-Só podia ter sido você mesmo. Me levantei irritada e a peguei de seu colo.
-Você não trouxe outra roupa pra ela? Ele perguntou.
-Trouxe. Sai andando em direção a salinha que havia ali onde deixei a bolsa com as coisas de Malu.
-Então para de reclamar poxa. Ele disse vindo atrás de mim. -Você se irrita com qualquer coisa.
-Eu me irrito com pessoas idiotas feito você. Entrei na salinha e ele entrou logo atrás.
-Desculpa tá legal? Ignorei. Peguei o vestido de Malu e comecei a trocá-la. -A festa está muito divertida. Ele disse quebrando o silencio que se instalou no ambiente e eu continuei ignorando. -A gente podia dar uma trégua né? Nossa filha está crescendo, não queria que ela vivesse num ambiente de brigas, nem que presenciasse os pais brigando todas as vezes que se encontram. O olhei e vi sinceridade em seu olhar. Pra falar a verdade, ele tinha razão no que dizia. Não seria saudável pra nossa filha viver num ambiente de discórdia. -Trégua? Ele perguntou me olhando nos olhos.
-Desde que você seja menos idiota.
-Eu vou tentar tudo bem?
-Ok! Disse e em seguida ele pegou em minha mão. Ele ainda permanecia me encarando e como das outras vezes, eu travei ao sentir seu toque. Porque diabos isso acontece toda vez que ele se aproxima? Que inferno. Reclamava em pensamento e ainda não conseguia me mover. Ele se aproximou mais um pouco e percebi que não era tão pouco assim quando nossos lábios quase se tocaram. Quase porque Malu que estava sentada no sofá ao meu lado acabou derrubando algo e eu me assustei.
-Tá vendo? Você nunca vai deixar de ser idiota. Me afastei e peguei Malu.
-Idiota porque?
-Porque toda vez que está perto de mim quer me agarrar.
-Em momento nenhum você tenta me impedir. Me olhava desafiador. -Será que é porque você quer tanto quanto eu? Se aproximou novamente e Malu apenas nos olhava como se entendesse o que estava acontecendo ali.
-Você só pode tá ficando maluco. Voltei pro salão e horas depois cantamos os parabéns.

[...]

Os dias se passaram e com eles o natal e o réveillon. Passei em casa com Malu, Marcela e Léo, que insistiram em ficar com a gente já que os pais viajaram para uma milessima lua de mel. Luan ligava todos os dias pra saber de Malu e nunca deixava de fazer suas gracinhas.
-Então quer dizer que ela já está andando? Luan perguntava eufórico.
-Está. Precisa ver que coisa mais linda.
-Ah Jéssica porque você não veio cara? Queria tanto ter visto minha filha dar o primeiro passinho.
-Eu já expliquei Luan, e não seja por isso. O Léo gravou o momento, depois te mando o video.
-Ah, o Léo gravou? Percebi ironia em sua voz.
-Gravou Luan, depois eu te mando.
-Tudo bem, eu preciso desligar agora,a amanhã eu passo ai pra pegar ela.
-Ok! Desligamos e eu voltei pra sala.
-Esse garoto me tira do sério. Disse me jogando no sofá onde Marcela brincava com Malu. 
-Tá falando do Luan?
-De quem mais seria?
-Eu acho que essa sua implicância com ele tem outro nome.
-Bebeu foi Marcela?

Enquanto isso...na chácara de Luan.

-Outra vez ligando pra Jéssica? Lívia disse depois que finalizei a ligação.
-Queria saber como a Malu estava. 
-Nós já vamos voltar amanhã, daqui a pouco você vai ver sua filha.
-Mas eu preciso saber.
-Ok Luan. Só não acho necessário você ligar todos os dias de meia em meia hora pra saber como ela está.
-Quem tem que decidir isso sou eu Lívia. Eu me preocupo.
-Se acha que a Jéssica não tem capacidade de cuidar da filha, poque deixou que a levasse?
-Porque era o certo. A Jéssica é mãe da Malu e ela tem direito de ficar com a filha.
-Ela tem que ficar com a filha, não com você.
-Tá falando do que agora? A encarei.
-Você vive ligando pra essa garota, ela vive enfiada na casa dos seus pais. Isso tá me tirando do sério.
-Ela é amiga da minha irmã o que eu posso fazer?
-Conversar com a Bruna. Dizer que não é certo ela colocar uma estranha na casa dos seus pais.
-A Jéssica não é nenhuma estranha.
-Ah claro! Ela é a mulher que foi pra cama com você uma única noite sem nem se preocupar se você é casado ou não. Ela esbravejou e eu me levantei.
-Onde você vai?
-Curtir as minhas férias. Não vim aqui pra ficar ouvindo você falar merda. Disse e sai do quarto batendo a porta.

[...]

Voltamos pra São Paulo e depois de deixar as coisas em casa fui buscar Malu. Jéssica havia saído e a empregada quem me atendeu. Peguei suas coisas e segui pra casa com minha filha.
Assim que entrei percebi que Lívia fechou a cara e foi para a cozinha. Ignorei e subi para o quarto com Malu, guardei suas coisas e desci novamente.
-Vou na casa da Mamusca pra ela ver a Malu. Avisei minha esposa.
-Volta pro almoço?
-Acho que sim. Sueli, faz aquela sopinha que a Malu gosta. Pedi e logo sai.

Narrador on

Luan saiu com sua filha e Lívia ficou nervosa na cozinha.
-Se essa pirralha quebrar qualquer coisa nessa casa ela vai se ver comigo. Agora que está andando vai viver esbarrando nas minhas coisas. Ela dizia olhando pro nada. -Se você repetir isso que falei pro Luan eu te mando embora daqui sem direito a nada. Ameaçou a pobre empregada. -Eu sei que você tem uma mãe doente, não ai querer que ela passe necessidades não é? Mantinha as ameaças.
-Não vou falar nada senhora. A pobre mulher abaixou a cabeça.
-Acho bom mesmo. Agora faz logo a porcaria da sopa dessa nojentinha. Lívia disse nervosa e saiu da cozinha.


Na casa de Jéssica...

-Faz tempo que você não sai Jéssica. Por favor vamos? Léo insistia pra que eu fosse jantar com ele essa noite.
-Eu não estou afim Léo.
-Por favor?
-Eu vou pensar está bem?
-Com carinho, pode ser?
-Está bem Léo. Eu vou pensar com carinho. Realmente estava precisando sair um pouco e já que Malu estava com o pai, não via mal nisso. Depois que Léo foi embora eu acabei cochilando na sala mesmo. Acordei horas depois e mandei uma mensagem avisando pro Léo que iria sair com ele.
-Senhora o que eu faço para o jantar? Neide apareceu na sala perguntando.
-Não precisa fazer nada Neide, eu vou sair. Disse e ela voltou para a cozinha. 
As horas se passaram e depois de tomar meu banho, me vesti.

Confesso que sair com Léo era sempre bom, mesmo tendo tempos que não fazíamos isso. Ele além de ter sido meu namorado era um ótimo amigo. Sei que ele sempre gostou de mim e só terminou nosso namoro por conta dos meus vícios e meus problemas.
-Você está cada dia mais linda. Ele disse enquanto esperávamos nosso pedido.
-E você sempre exagerado. Disse sem graça.
Terminamos nosso jantar e Léo foi me deixar e casa.
-Me deixa entrar? Me olhou assim que estacionou o carro.
-Melhor não né Léo.
-Só pra gente conversar, nada de mais.
-Mesmo assim é melhor não, amanhã eu acordo cedo.
-Vai mesmo voltar pras aulas de teatro?
-Vou! Eu preciso fazer alguma coisa né?
-Então tá. Amanhã nos vemos?
-Claro!
Me despedi de Léo e sai do carro, fiquei olhando até ele se afastar da minha casa. 
-Você tá saindo com esse cara? Me assustei ao ouvir a voz de Luan atrás de mim.
-Que susto seu idiota. Tá fazendo o que aqui? Olhei e ele parecia bêbado. Começou passar umas pessoas na rua então o puxei pra dentro, não queria que ninguém o visse ali aquela hora e ainda mais na situação que estava.
-Aconteceu alguma coisa com a Malu? Perguntei assim que entramos em minha casa.
-Ela está bem. Ele disse tropeçando nas palavras. -Você não me respondeu. Me olhou enquanto eu me sentava.
-O que?
-Você está saindo com aquele cara?
-E desde quando isso é da sua conta?
-Desde quando minha filha vive aqui com você. Não quero esses marmanjos perto dela. 
-Não enche o saco Luan. 
-Eu não conheço o cara e tenho direito de não querer ele perto da minha filha.
-Porque você não foi pra sua casa?
-Não sei também. Eu sai pra esfriar a cabeça e quando vi estava estacionado aqui.
-Brigou com sua mulher? Perguntei e ele admitiu.

Flashback On

-Agora você vive reclamando quando a Malu vem pra cá, vive reclamando quando eu ligo pra Jéssica pra saber da minha filha. 
-Jéssica, Jéssica. Sempre Jéssica. Essa garota vive rondando essa família. É na casa dos seus pais, é em festas da família é nas nossas discussões. 
-Ela é mãe da minha filha, entende de uma vez.
-Eu entendo. O que eu não entendo é essa sua necessidade de querer saber dela o tempo todo.
-Já disse que eu ligo pra saber da minha filha, do mesmo jeito que a Jéssica liga sempre pra saber como a Malu está quando ela vem ficar comigo.
-Outra coisa que eu não entendo. Passa o tempo todo com a filha e quando fica um diazinho longe quer saber como ela tá.
-Você não entende mesmo Lívia. Não entende e nunca vai entender.
-Nunca mesmo não é Luan. Já que você me tirou a chance de poder ser mãe. 

Flashback off

Ele não me contou o motivo da briga só disse que foi feia e que precisava esfriar a cabeça.
-Depois dessa discussão eu sai, parei numa boate, tomei umas doses e quando vi estava aqui.
-Então agora que você parece estar de sangue frio é melhor ir pra sua casa. Sua mulher deve estar te esperando e você devia estar na sua casa uma hora dessas.
-Eu acho que eu estou onde eu queria estar. Ele disse e me encarou, se aproximou de mim mas o empurrei.
-Eu vou ver se a Neide está em casa e pedir pra ela te fazer um café forte.Me levante e fui para a cozinha. Por sorte Neide dormiria em casa essa noite, pedi que ela fizesse o café e voltei pra sala, ele estava em pé de frente pra estante procurando alguma coisa.
-O que você quer ai?
-Não tem nada pra beber nessa casa não?
-Já pedi pra Neide fazer seu café.
-Eu não quero café nenhum eu quero uísque.
-Luan se você não sabe eu tive problemas com bebidas e depois de me tratar acha que eu teria uísque na minha casa? Ele me olhou e fez cara de tonto.
-Foi mal. Eu acho que vou pra casa. Ele disse e foi cambaleando ate a porta. 
-Luan espera. Chamei e não acreditei que estava prestes a fazer aquilo, mas eu não podia deixar ele dirigir no estado que estava e muito menos levá-lo, o que a esposa dele acharia ao me ver chegando lá com ele uma hora dessas e ainda por cima bêbado. 
-O que foi? Ele perguntou paranado antes de abrir a porta.
-É melhor você passar essa noite aqui. Disse e ele me olhou estranho. 
-Tá querendo que eu passe a noite aqui com você?
-No quarto de hospedes. Não vou deixar você dirigir nesse estado.
-Tem certeza que eu posso ficar?
-Tenho! Disse ainda com um pouco de duvida.
-Então tá. Ele voltou e se jogou no sofá. Neide trouxe o café e mesmo reclamando ele tomou. 
-Eu preciso dormir agora, vou sair cedo amanhã.
-Com aquele babaca de novo?
-Porque o Léo é um babaca?
-Não sei, mas deve ser.
-Deixa de ser idiota e vamos subir, vou te mostrar onde é o quarto.
Subimos e depois de deixar Luan no quarto de hospedes fui para o meu. Tomei um banho rápido e sai de lingerie, quando estava prestes a colocar o short do pijama a porta foi aberta.
-Opa! Ele disse parado, me olhando feito um bobo.
-Você é mesmo um idiota, não sabe bater na porta não?
-Desculpa eu não sabia que aqui era o seu quarto.
-E o que você quer? Perguntei já enrolada na toalha.
-Eu sai de casa sem jantar, tô morrendo de fome cara. 
-Pior que pedi pra Neide nem fazer janta hoje e agora?
-Acho que já achei o que quero comer aqui. Disse me olhando dos pés a cabeça.
-Tosco! Sai daqui que eu vou me vestir, daqui a pouco eu desço e procuro alguma coisa pra você comer. Ele saiu fechando a porta e eu pude colocar o meu pijama. 


Eai, vocês acham que deve acontecer alguma coisa com esses dois essa noite?
Luan pode estar meio bêbado mas não deixa de ser safado né? E essa Lívia, acho que ela vai dar um pouco de trabalho. Bem vindas leitoras novas.

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Criticas, sugestões, ideias? Fiquem a vontade.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

13

Lívia estava parada na entrada da cozinha e Luan permanecia com suas mãos em minha cintura, antes que ela voasse em mim, me afastei dele.
-Não vai me dizer o que está acontecendo aqui? Ela direcionou a pergunta a Luan mas mantinha seus olhos me fuzilando.
-A Jéssica tropeçou e eu a segurei, só isso. Luan deu a desculpa mais esfarrapada que lhe veio na mente e ela com certeza, fingiu que acreditou. 
-Eu não encontrei o que você me pediu e agora eu tenho que encontrar com a minha mãe. Ela se virou pra ele e eu fui limpar a bagunça que estava ali.
-Eu vou esperar a Mamusca, preciso desses papéis pra hoje.
-Tudo bem, então eu vou indo. Quando eu voltar, ainda vai estar em casa? Ela se aproximou dele.
-Provavelmente sim.
-Que bom! Assim podemos nos despedir direito. Disse se insinuando e lhe deu um beijo, saindo em seguida.
Continuei limpando a bagunça que tinha ficado no chão e quando me levantei vi que ele ainda estava ali me olhando.
-O que foi? Perguntei lavando o pano na pia.
-Desculpa por isso.
-Não tem problema. Só acho que não deve ficar me agarrando assim, ainda mais na casa dos seus pais e com sua mulher em um dos cômodos. Disse o fuzilando.
-Então se fosse em outro lugar ou se a Lívia não estivesse aqui não teria problema em te agarrar? Me olhou engraçado.
-Claro que tinha! Fui direta e ele desceu seu olhar dos meus olhos. -Por que tá me olhando com essa cara de idiota?
-É que sua blusa tá transparente por conta do refri e não tá dando pra manter a concentração aqui. Ele disse com cara de bobo e eu pude ver que realmente minha blusa estava transparente, deixando a mostra meu sutiã preto.
-Você é mais idiota do que eu pensava. Disse e logo Bruna entrou na cozinha.
-O que aconteceu aqui? Perguntou nos olhando.
-O idiota do seu irmão me fez derramar o refrigerante. Contei.
-E é por causa dessa blusa transparente ai que a Lívia saiu daqui bufando?
-Eu não sei de nada. Luan disse e saiu da cozinha.
-Pode me emprestar outra blusa? Perguntei a Bruna fazendo bico.
-Claro né! Bora lá no meu quarto e eu aproveito pra tomar um banho, tenho que sair daqui a pouco. Fomos para o quarto de Bruna e depois dela me entregar outra blusa foi tomar seu banho.
-Oh Bruna você sabe onde...Opa! Luan entrou com tudo no quarto enquanto eu trocava de blusa e acabou me pegando só de sutiã.
-Você não sabe bater na porta não garoto? Coloquei a blusa rapidamente.
-Não sei se você se lembra, mas eu tô na casa dos meus pais.
-Não importa, aqui é o quarto da Bruna e se ela estivesse aqui sem roupa? Como acha que ela ficaria?
-Garanto que não tão brava quanto você. Riu.
-Como você pode ser tão insuportável? O fuzilei e ele já estava perto de mim outra vez.
-E como você consegue ser tão insuportavelmente...linda. Sua respiração já estava mais fraca e quando me dei conta nossos corpos estavam colados, uma de suas mãos estava em minha cintura e com a outra me puxou pela nuca me beijando em seguida. Confesso que na hora me deu vontade de empurrá-lo e encher sua cara de tapas, mas meu corpo estava travado ali, presos por seus braços e por um instante achei que poderia ficar ali pra sempre. Ãn...Como assim Jéssica? Num choque de realidade um empurrei e em seguida virei a mão em sua cara.
-Idiota! Se você tem amor a sua vida, não encosta em mim nunca mais.
-Ah qual é Jéssica? Vai dizer que não gostou?
-Claro que não! Você é um escroto, imbecil.
-Não foi o que pareceu quando você enfiou a língua na minha boca. Me olhou desafiador e eu ameacei lhe dar outro tapa, mas ele segurou meu braço.
-Me larga! Disse entredentes e ele obedeceu, sai do quarto bufando e pude ouvir suas risadas. Fiquei esperando Bruna na sala e agradeci por ele não ter descido atrás de mim. Cara mais atrevido, idiota e sem noção. O xingava em pensamento e logo Bruna desceu.
-Que confusão foi aquela no meu quarto? Ela perguntou se sentando ao meu lado no sofá e eu a olhei sem entender. -Você e o Luan estavam brigando? Ouvi as vozes de vocês do banheiro.
-Seu irmão é um idiota! Disse.
-Nossa, me conta outra novidade. Mas porque estavam brigando?
-Porque?...Bom...Porque ele insiste que a festa da Malu seja do Bob esponja.
-Afe! Vocês dois conseguem ser mais infantil que a Malu. Bruna Bufou.
-Eu tenho que ir agora Bru! Mais tarde seu irmão vai levar a Malu pra casa e eu ainda tenho que fazer umas compras.
-Tudo bem! Mas quando é que você volta pra escola? Estamos ensaiando uma peça ótima.
-Acho que já dá pra deixar a Malu com uma babá né? Logo logo eu volto. Nos despedimos e fui pra minha casa odiando Luan mais do que odiava antes.

Num camarim em algum lugar do Brasil...

Terminei de arrumar meu cabelo e o atendimento as fãs começou, desde que Malu nasceu, além delas trazerem presentes pra mim, traziam pra ela também e agora com o aniversário dela e o natal chegando o numero de mimos era maior ainda.
-Agora é a ultima. Rober disse e a garota entrou, bastante emocionada e chorando muito, poderia se passar anos e anos e eu nunca me acostumaria com isso. Sequei suas lágrimas, a abracei forte e nos sentamos no sofá. Ela me entregou os presentes desejando feliz aniversário a Malu.
-Porque você não fala da mãe da Malu pra gente? Não sabemos nem o nome dela. A garota me olhava esperando minha resposta.
-Ela não quer aparecer sabe? 
-Mas como ela é?
-Ela é gente boa. Ri nervoso.
-Vocês se dão bem? Sei lá, do jeito que as coisas aconteceram.
-A gente se dá bem sim. Terminei de autografar sua camiseta e lhe entreguei.
-Luan? A garota chamou enquanto eu autografava um CD.
-Oi neguinha. Disse sem tirar minha concentração do que fazia.
-Se você não fosse casado, teria alguma chance de ficar com a mãe da Malu? É tão lindo uma família unida, juntos sempre! Ela disse me encarando e eu levantei os olhos para olha-la. Graças a Deus a porta foi aberta e Arleyde entrou não me dando chances de responder aquela pergunta.
-Luan você tem que ir agora. Arleyde disse e me despedi da fã.
-O que foi que está com essa cara? Testa perguntou me olhando pelo espelho.
-Nada ué. Disse dando mais um retoque em meu cabelo. -Eu tenho que ligar pra Jéssica e avisar que não volto amanhã.
-E pra que você tem que avisar a Jéssica?
-Quem falou em Jéssica? O olhei.
-Você!
-Eu?
-É! Você disse que tem que ligar pra Jéssica e avisar que não volta amanhã.
-Eu devo ter me enganado ou você que tá ouvindo coisas.
-Você disse sim. E quer um aviso? Perguntou e eu olhei sem lhe dar muita atenção. -Cuidado nas horas que você troca o nome da sua mulher. Isso pode dar confusão. Disse e saiu do camarim rindo. 

Na casa de Jéssica...

-Que horas você vai comprar a roupa da Malu? Marcela perguntava enquanto devorava meu pote de sorvete.
-Mais tarde. Porque?
-Porque eu queria ir com você. Fez bico.
-É só ir ué.
-Mais tarde eu não posso. Vou sair.
-Vai sair com quem? Perguntei e ela não quis responder. -Vai ficar de segredinho comigo agora Marcela? A fuzilei.
-Não é segredo, só não quero tomar esporro.
-Ah claro! Com quem mais você sairia se não fosse com o babaca do meu irmão.
-Tá vendo? Vai começar.
-Tudo bem Marcela! Quer insistir nisso? Vai em frente! Só não venha dizer que eu não avisei. Marcela ficou em casa até umas 15hrs e depois foi embora. Fiquei brincando com Malu na sala e logo ela pegou no sono, a levei para seu quarto e fui tomar um banho. Ia aproveitar que ela estava dormindo, deixá-la com Neide e ir ao shopping comprar a roupinha que ela usará em sua festa. Terminei meu banho e me vesti.

Peguei a bolsa e a chave do carro e desci.
-Neide? Chamei e ela apareceu.
-Sim senhora?
-Eu vou dar uma saidinha, você olha a Malu pra mim?
-Claro!
-O pai dela ficou de vir buscá-la hoje mas não disse a hora, se ele chegar as coisas dela já estão arrumadas no quarto.
-Tudo bem senhora. Sai e quando dei partida no carro e ele não quis funcionar.
-Era só o que faltava agora. Disse saindo do carro e vi outro estacionar na entrada de casa, olhei e vi que era Luan. -Saco! Reclamei.
-Eai. Ele disse saindo do carro.
-Oi. Disse seca.
-Chegando ou saindo?
-Ia sair mais a porcaria do carro não quer funcionar.
-Já sabe o que é?
-Não sou mecânica. O fuzilei.
-Calma esquentadinha. Só tô perguntando. Onde você estava indo?
-No shopping comprar a roupinha da Malu pra festa.
-Eu te levo.
-Não precisa.
-Não precisa ou não quer?
-Nem uma coisa nem outra.
-Eu não vou te dar o prazer de ganhar outro beijo meu, fica tranquila.
-Prazer? Ri sarcástica. -Quer mesmo saber o que senti com sue beijo?
-Não! Vai aceitar minha carona ou não?
-Já que não tem escolha né? Entramos no carro e seguimos para o shopping. -Não vai causar tumulto sua presença num shopping sem segurança nenhum?
-Espero que não. Respondeu sem tirar a atenção da estrada.  -Como estão as coisas da festa?
-Tá quase tudo pronto. Até sábado vai ficar tudo lindo. E você conseguiu afastar seus amigos paparazzi?
-Eu fiz o que pude, mas sempre tem algum querendo alguma foto.
-Espero que nenhum me fotografe.
-Qual seu problema em aparecer?
-Problema? Todos! Chegamos no shopping e antes de descer ele colocou um óculos escuro e um boné e saiu.
-Acha mesmo que ninguém vai te reconhecer assim? Perguntei e ele não respondeu. Caminhamos por algumas lojas e como imaginei, todas as vendedoras o reconheceram, ,as ele com aquela cara de bom moço conseguia que elas não fizessem alarde pra não chamar a atenção. Depois de rodar o shopping quase todo, entramos no que me parecia ser a ultima loja infantil dali.
-É vestido pra festa né? A vendedora perguntou e eu confirmei. -Qual a idade?
-Um ano. Disse e ela pegou uma porção de vestidos e pra variar Luan ficava se metendo.
-Para de encher e me deixa escolher o vestido em paz. O olhava nervosa.
-Eu quero ajudar poxa, sou o pai tenho direito.
-Você tem direito de calar a boca isso sim. Cara chato!
-Esse aqui é bonito ó. Disse levantando um amarelo.
-Você não gosta tanto do Bob esponja? Compra esse ai e veste você, vai ficar igualzinho. Disse  e ele fez careta. -Eu queria um rosa mais clarinho. Pedi a vendedora. 
-Eu vou ver se tem. Ela disse e foi olhar nas prateleiras.
-Eu ainda prefiro o amarelo.
-Luan cala a boca OK? Se eu soubesse que você ia me encher desse jeito teria vindo de taxi.
-Você não ia desperdiçar a chance de ficar passeando comigo que eu sei.
-Dá pra você parar de ficar se achando. Tá ficando feio já.
-Feio é você ficar negando ai. Ele dizia num tom divertido o que me deixava mais nervosa ainda. Ia responder mas uma vendedora se aproximou.
-Se não quer chamar a atenção pra você e sua esposa é melhor pararem com essa discussão, tá todo mundo olhando. Ela disse baixo e eu quis voar em seu pescoço. Como assim esposa? Ela só pode tá ficando maluca. 
-Desculpa! É que ela é esquentadinha. Luan disse e a garota saiu.
-Esquentadinha é o cara...
-Olha a boca garota.
-Porque não disse que não sou sua esposa?
-O que eu ia ganhar com isso? Deu de ombros.
-Idiota! Disse.
-Ela devia saber que você não é minha esposa. Todo mundo sabe.
-Você se acha mesmo né? Acha que todo mundo é seu fã?
-Não! Mas tem fotos minhas com a Lívia em vários sites por ai e ela é bem diferente de você. Paramos com aquela discussão com a vendedora nos chamando.
-Tem esses assim senhora. Ela me mostrou mais alguns modelos e eu acabei pegando três diferentes. No dia da festa resolveria qual ela usaria, só o que queria era voltar pra casa e não ter mais que olhar pra Luan até o dia da festa.
-Pode deixar que eu pago. Luan disse.
-Não! Eu pago. Disse tirando o cartão da carteira.
-Para de ser chata, eu pago.
-Já disse que não.
-Que tal a senhora pagar os sapatos e seu marido os vestidos? A vendedora disse e Luan vendo que eu estava prestes a explodir e seria capaz de causar um escândalo na loja me olhou como se pedisse por favor.
-Tudo bem! Respirei fundo e aceitei a proposta da vendedora, escolhi três pares de sapatinhos e paguei. Pegamos as sacolas e agradeci por poder sair daquele lugar.
-Já comprou seu vestido? perguntou enquanto íamos pro estacionamento.
-Não!
-E porque não compra agora?
-Porque quero sair desse inferno. O que leva as pessoas pensarem que somos casados?
-Talvez porque estávamos numa loja de bebê comprando roupas pra nossa filha? Perguntou retoricamente.
-Bando de idiotas. Bufei. 

Enfim a festa de Malu chegou, as coisas no salão já estavam prontas, dei uma ultima checada por lá e fui pra casa, cheguei e Bruna estava lá com sua mãe.
-Oi gente. Disse entrando.
-Desculpa ir invadindo assim sua casa. Dona Marizete dizia.
-Sem problemas, mas que vieram fazer aqui? Me sentei ao lado de Bruna.
-Imaginamos que estivesse cheia de coisas pra fazer e viemos ajudar com a Malu.
-Nossa! Não sabem como isso vai ajudar. Ainda tenho que ir fazer as unhas.
-Então pode ir querida. Eu arrumo a Malu e quando você chegar se arruma.
-Sério?
-Vamos Jéh. Se minha mãe tá dizendo é melhor a gente ir logo. Bruna disse.
-Então venham comigo até o quarto que eu vou mostrar os vestidos.
-Os vestido? Bruna perguntou.
-É que eu fiquei em duvida e acabei comprando três. Ri. -E por um lado é até bom, vou levar outro na bolsa e se caso ela sujar é só trocar. Disse enquanto íamos para o quarto de Malu.
-Uma mãe prevenida vale por duas. Brincou dona Marizete.

[...]

Chegamos em casa e Malu já estava arrumada com dona Marizete na sala.

-Ain minha princesinha, como você tá linda. Disse a pegando no colo e a enchendo de beijos e ela ria.
-Puxou a tia pra ser tão linda assim. Bruna disse se gabando.
-Cala a boca Bruna. Disse. -Obrigada dona Marizete. Agradeci.
-Sem formalidades Jéssica. Fiquei babando mais um pouco em minha filha e subi para me arrumar.
Tomei um banho caprichado e sai. Gritei Bruna que apareceu rapidinho.
-O que quer com minha pessoa? Perguntou se jogando em minha cama.
-Presta pra alguma coisa e faz uma maquiagem em mim. Disse me sentando frente a penteadeira. Bruna bufou mas eu sabia que era charme, ela adorava fazer maquiagens nos outros. Demorou um pouco mas ficou linda.
-Pronto! Ela disse finalizando a make, me virei para o espelho e analisei a obra de Bruna.
-Nossa, tá perfeita! Disse me olhando no espelho.
-Eu sei né amiga, fui eu quem fiz. Ela disse se achando. Lhe joguei alguma coisa que estava na penteadeira e me levantei.
-Eu vou me vestir, vocês não vão se arrumar?
-Vamos sim. Vou trazer a Malu aqui pro quarto tá?
-Tudo bem. Disse e fui pegar meu vestido no closet. Bruna trouxe Malu e a deixou brincando em minha cama enquanto eu me vestia de olho nela. 
Enquanto esperava Marcela e Léo para irmos para o salão, me sentei ao lado de Malu e comecei vasculhar minhas fotos no celular, encontrei uma que tirei com Malu e postei em meu instagram.
Filha...

Eu te amo antes e depois de todos os acontecimentos, na profunda imensidade do vazio, e a cada lágrima dos meus pensamentos. 
Eu te amo, em todos os ventos que cantam, em todas as sombras que choram, na extensão infinita do tempo, até a região onde os silêncios moram. 
Eu te amo, em todas as transformações da vida, em todos os caminhos do medo, na angústia da verdade perdida, e na dor que se veste em segredo. 
Eu te amo, em tudo que estas presente, no olhar dos outros que te alcançam, em tudo que ainda estas ausente. 
Eu te amo, desde a criação das águas, desde a ideia do fogo, e antes do primeiro riso e da primeira mágoa. 
Eu te amo perdidamente, desde a grande nebulosa, até depois que o universo cair sobre mim suavemente. <3’ Feliz aniversário meu amor.


Fiquei olhando a foto e vi que Luan tinha curtido, entrei em seu perfil e vi que ele também havia postado uma foto mais cedo.




Fiquei olhando a foto e quando ia ler a legenda Marcela entrou feito um furacão no quarto.
-Isso, assusta minha filha mesmo. Disse pegando Malu que havia se assustado com o barulho de Marcela. 
-Foi mal. Ela disse. Estão prontas?
-Estamos!
-Então vamos. Olha só como minha afilhada está linda. Ela disse beijando o rosto de Malu. Seguimos para a festa e estava tudo muito lindo, Luan e sua família chegaram em seguida e o fotografo nos pediram pra posar pra fotos com Malu.
-Só os pais primeiro. O fotografo disse a Lívia que queria se meter na foto. Eu e Luan fomos para trás da mesa e ele bateu algumas fotos. 


Chega né? kkkkk Tava ficando muito grande e eu decidi deixar pro próximo. #NemSouMá kkkkkk
EEEEEEEEEEEEEE teve beijo, meio xoxo mas teve kkkkkk
Me digam o que vcs estão achando e quem quiser pode fazer como a Giovanna Simon, a ideia da discussão dos dois na loja e a vendedora achar que eles eram um casal foi dela. Ideia dada, ideia anotada e ideia colocada em prática. Quem quiser pode dar ideias também, prometo que vou procurar um lugar e encaixar cada uma. Valeu e por hoje é isso.
Ahh vcs não me disseram se está normal pra comentar, respondam que se não tiver eu tento arrumar. Agora tchau!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

12

O tempo passou tão depressa que nem percebi, só me dei conta quando estava organizando as coisas para a festa de primeiro aninho de Malu. 
-Não Luan, a festa vai ser na minha casa. Já discutimos isso antes. Tentava explicar pela milésima vez a Luan pelo telefone.
-Discutimos mas não resolvemos nada Jéssica! Minha casa é maior que a sua e pode acomodar muito melhor os convidados.
-Eu não quero saber de mais na...Ouvi um barulho e logo outra voz soava em meus ouvidos.
-Escuta aqui vocês dois. Bruna começou falar. -Eu tô a semanas ouvindo essa mesma ladainha de vocês e não tô mais aguentando.
-Mas Bruna... Tentei falar mas ela me interrompeu.
-Olha, o que vocês acham de fazer a festa da Malu num salão de festas, um lugar neutro, assim vocês param de vez com essa discussão idiota. Bruna concluiu e eu pude ouvir a voz de Luan no outro lado da linha, mas não entendi o que ele disse.
-O que seu irmão tá falando ai?
-Ele concordou de fazer a festa num salão. E você o que acha?
-Eu acho que...
-Por favor Jéh, vamos parar com essa discussão de uma vez? Ouvi Bruna implorar.
-Ok Bru! Pede pro seu irmão passar aqui mais tarde e a gente conversa sobre isso. Pedi e ouvi ela dando o recado a Luan.
-Ele disse pra você vir aqui.
-Tá vendo como ele é? Diz que eu não posso sair e se ele quiser ele que venha.
-Porra! Vocês dois são chatos viu. 
-Também te amo Bruna, Tchau. Disse e desliguei de uma vez antes que ficássemos naquela ligação o dia inteiro.
Passei o dia inteiro em casa com Malu que já estava quase andando.
-Será que o traste do seu pai vai aparecer aqui hoje? Conversava com minha filha.
-Papa. Ela balbuciava batendo palminhas, o que me dava nos nervos, pois passo a maior parte do tempo com ela e a primeira palavra que ela diz é papa.
-Neide? Chamei e logo a mulher apareceu. Eu tentei nos primeiros dias me virar sozinha em casa, mas como Marcela disse, eu não sabia fazer nada, então tive que apelar e contratar uma empregada pra cuidar da casa e da comida.
-Sim senhora?
-Eu vou dar banho na Malu, pode servir o almoço. Disse e subi. Estava na metade da escada quando ouvi a porta sendo aberta.
-Ôh de casa? Marcela entrou gritando. -Ah vocês estão ai? 
-Onde mais estaríamos? A olhei de canto de olho.
-Coloco mais um prato na mesa senhora? Neide perguntou divertida, já sabendo que Marcela ficaria para o almoço.
-Óbvio né? A intrometida da minha amiga respondeu e me acompanhou até o quarto. -Porque tá com essa cara?
-Que cara? Perguntei entrando no quarto de Malu.
-Parece nervosa.
-E como não ficar? O Luan me tira do sério. Coloquei Malu no berço e fui até seu banheiro encher a banheira.
-Ah amiga me conta uma novidade. A olhei sem entender. -Aquele homem tira qualquer mulher do sério. Suspirou e eu lhe joguei água. -Tá maluca? Me olhou brava.
-Pra apagar esse seu fogo ai.
-Sinto cheiro de ciumes?
-Cala a boca Marcela. Não sei se você lembra, mas ele é casado.
-O que não me impede de achar ele um delicia. Ah por favor, vai dizer que você não acha? Me olhava esperando uma resposta.
-Não. Disse a fuzilando.
-Sei que tá mentido. Te conheço guria. Ela ria enquanto voltávamos para o quarto.
-Tá, ele é bonitinho. Admiti.
-Bonitinho? Ela perguntou espantada.
-É Marcela! Não acho ele isso tudo também.
-Eu vou no oftalmologista amanhã, quer ir comigo? 
-Idiota. Disse e encerrei esse assunto. Dei banho em Malu e logo descemos pra almoçar.
-Como estão as coisas pra festa? Marcela peguntou.
-Não estão né.
-Como assim?
-O idiota do Luan só atrasa as coisas. Eu queria que fosse aqui, ele quer que seja na casa dele e a Bruna deu a ideia de ser num salão de festas.
-Eu acho a ideia do salão de festas melhor. 
-Eu também achei, pedi pra ele vir aqui pra gente poder conversar sobre isso e até agora nada dele.
-Por isso essa cara de brava? Ela perguntou rindo.
-Eu disse que ele me tira do sério. Terminamos nosso almoço e Marcela como uma madrinha dedicada que é, levou Malu para brincar no parquinho perto de casa, ela me chamou mas não estava afim de sair..

A noite chegou e depois de colocar Malu pra dormir fui para a sala assistir um filme. Já tinha dispensado Neide então fui tentar fazer uma pipoca. Coloquei o pacote no micro-ondas e liguei no tempo que indicava na embalagem, coloquei numa vasilha e temperei com sal. Fui para sala e assim que dei play no filme a campainha tocou.
-Merda! Resmunguei. Me arrastei até a porta sem me importar em estar de pijama, já imaginava que seria Marcela que com certeza deve ter sentido o cheiro da pipoca a quilômetros de distancia. -Isso é hora Marce...Parei ao ver quem estava na porta. -O que quer aqui? Perguntei.
-Você disse pra eu vir. Ele respondeu pousando seus olhos no decote do meu pijama.
-E você vem uma hora dessas?
-Só tive tempo agora. Não vai me convidar pra entrar?
-Fazer o que não é? Disse e lhe dei espaço, fechando a porta em seguida.
-Tô te atrapalhando? Ele perguntou olhando pra tv.
-Eu ia assistir um filme. Me sentei e ele fez o mesmo. -Agora pode falar o que veio fazer aqui uma hora dessas?
-Vim conversar sobre a festa da Malu. Ele disse pegando um punhado de pipoca e levando a boca mas cuspiu em seguida. -Que porra é essa? 
-Tá maluco é? Chega aqui na casa dos outros quase meia noite e ainda fica cuspindo no meu chão?
-Você colocou um pacote de sal aqui foi? Eu preciso de água. Disse se levantando e indo em direção a cozinha, como se a casa fosse dele. Folgado! Peguei um pouco da pipoca e...Porra, aquilo estava realmente horrível. Nem pra isso eu presto. Fui até a cozinha e o vi parado em frente a geladeira devorando toda a minha água.
-Me dá isso aqui. Disse pegando a garrafa da mão dele.
-Você comeu aquilo? Perguntou me olhando curioso.
-Comi e não está tão ruim assim como você diz. Menti e tomei minha água.
-Só podia ser maluca mesmo. Disse e voltou pra sala.
-Dá pra parar de agir como se estivesse na sua casa e falar de vez o que veio falar. O acompanhei e depois dele se sentar me sentei também.
-Já disse! Vim falar da festa da Malu.
-Ok! Manda.
-A ideia da Bruna de fazer a festa num salão é ótima, o que você acha? Me olhou.
-Eu concordo.
-Então combinado! Eu posso contratar os organizadores pra cuidar da decoração e das outras coisas?
-Pode! Mas a gente tem que decidir a decoração.
-Não precisa, eu já sei do que vai ser.
-Do que?
-Do bob esponja.
-Que? Nada disso.
-Claro que vai! 
-Nem pensar. A decoração vai ser das princesas, nada de bob esponja.
-Vai começa tudo de novo?
-Vou começar sim. Minha filha não vai ter um festa decorada com porcaria de esponja nenhuma.
-Esse bando de princesas são patéticas.
-E esse troço amarelo é ridículo. Ficamos naquela discussão por alguns minutos e claro que eu ganhei aquela batalha, jamais deixaria que o tema da festa da minha filha fosse o tosco do bob esponja.
-Você é sempre encrenqueira assim ou dei azar hoje? 
-Eu trato cada pessoa da maneira que ela merece.
-E porque eu mereço que você me trate assim? O que eu  te fiz?
-Você? Cruzou meu caminho. Só isso.
-Desculpa, mas se eu soubesse que teria que conviver com você não teria nem te olhado.
-É o que dá, estar no lugar errado e na hora errada.
-Basta saber quem de nós dois né?
-Eu não estava no lugar errado, era inauguração do restaurante do meu pai e você foi cruzar meu caminho na boate do meu irmão então, eu estava no meu ambiente, você que não devia estar lá.
-Mas eu estava e você quem me procurou. Me olhou desafiador.
-A gente só se arrepende das burradas depois que já foram feitas.
-Se arrepende de ter tido a Malu?
-Não! Me arrepende de ter sido com você.
-Pelo que eu sei você ia pra cama com qualquer um, acho que não é tão mal assim eu ser pai da sua filha.
-Você vai me ofender dentro da minha própria casa?
-Desculpa?
-Ok! Você não disse nenhuma mentira. Isso é um fardo que eu vou ter que carregar pro resto da minha vida.
-Desculpa, eu não devia ter falado aquilo.
-Já disse que tudo bem Luan. Agora você precisa ir.
-Preciso?
-Claro que precisa. Olha a hora, sua mulher deve estar preocupada com você.
-Ela está acostumada.
-Não importa. Eu estou com sono.
-Tudo bem. Amanhã eu venho buscar a Malu pra ficar umas horinhas com ela antes de viajar.
-Tá bom, agora vai. O levei até a porta e ele se foi. Desisti de assistir o filme, arrumei aquela zona de pipoca no chão e subi. Dei uma olhada em Malu no seu quarto e depois de me certificar que estava tudo bem fui dormir.


Os dias se passaram e a festa de Malu estava se aproximando, Bruna havia me ligado me convidando pra ir em sua casa pois precisava da minha ajuda em alguma coisa que não quis me contar no telefone. Como Malu estava com Luan decidi ir. Tomei um banho e me vesti.
Peguei minha bolsa e a chave do carro e fui para a casa de Bruna. Cheguei e logo minha entrada no condomínio foi autorizada, Bruna já me esperava na porta de sua casa.
-Que bom que chegou. Ela disse animada antes mesmo de eu sair do carro.
-Nossa, quanta euforia em me ver. Disse fechando a porta.
-Engraçadinha. Vem! Ela pegou em minha mão e me puxou pra dentro da casa. Seus pais já sabiam que eu era a mãe de Malu e sempre me receberam bem em sua casa. Claro, que se soubessem da verdade, porque eu deixei Malu com Luan, eles talvez não quisessem nem me ver pintada de ouro, muito menos na companhia de Bruna.
-Boa tarde! Cumprimentei dona Marizete que apareceu na sala.
-Boa tarde Jéssica. Ela respondeu sempre gentil. -Cadê a Malu?
-Está com o Luan, ele foi buscá-la cedo pra ficar um tempinho com ela antes de viajar. Disse e Bruna me puxou pela escada. -Nossa senhora Bruna.  O que você quer afinal? Perguntei me sentando.
-Que você me ajude.
-No que?
-Eu tô pensando em sair de casa. Fez careta.
-Tá maluca é?
-É sério Jéssica. Eu quero morar sozinha, ter meu canto entende?
-Não! Seus pais são maravilhosos, você tem tudo aqui pra que morar sozinha?
-Eu pensei que você pudesse me ajudar.
-Pensou errado Bruna.
-Eu vou falar com meus pais depois, se eles permitirem você me ajuda escolher um apartamento?
-Ajudo! Desde que eles permitam. Disse ela fez outra careta.
Ficamos em seu quarto conversando por muito tempo, sua mãe apareceu dizendo que precisava sair e assim Bruna inventou de assistirmos um filme na sala. 
-me ajuda com a pipoca e o brigadeiro? Ela disse indo pra cozinha.
-Da ultima vez que fiz isso quase ganho uma hipertensão.
-Credo!
-É sério, queira tudo, menos que eu me aproxime da cozinha.
-Mas seu pai não é chefe de cozinha? Dono de restaurante?
-Pois é! Eu não herdei nenhum talento dessa parte da família. Brinquei. Bruna preparou as coisas e eu ajudei no que podia. Pegamos tudo e fomos para a sala.Estava na metade do filme quando ouvimos a porta ser aberta.
-O que é isso aqui? Lívia entrou acendendo a luz.
-Apaga isso ai Lívia. Bruna se irritou.
-Ah! Não sabia que estava com visitas.
-A Jéssica não é só visita. Ela é mãe da Malu e é sempre bem vinda aqui. Bruna disse e eu soltei fogos por dentro. Essa mulher nunca me desceu.
-Ok! Sua mãe está ai?
-Saiu.
-O Luan pediu pra pegar umas coisas que estão no antigo quarto dele. Posso?
-A vontade. Bruna disse e Lívia subiu.
-Não precisava ter falado daquele jeito com ela. 
-Não falei nada de mais.
-Não sabia que não se davam bem.
-Não vou muito com a cara dela. Deu de ombros e continuamos assistindo o filme e novamente abriram a porta, dessa vez era Luan.
-Porra, será que não vamos terminar de assistir esse filme nunca? Bruna se irritou outra vez.
-Foi mal Piroca, eu não sabia.
-Sua mulher tá lá em cima se é o que quer saber.
-Não vim atrás da Lívia. Ele disse.
-Cadê a Malu? Perguntei.
-Minha mãe passou lá e a levou para o mercado. Ficamos assistindo o filme e Bruna me pediu pra ir pegar mais refrigerante. Abri a geladeira e enchi os copos, quando estava virando pra voltar pra sala esbarrei em alguém. Olhei e era Luan, ele tinha suas mãos em minha cintura me segurando como se me impedisse de cair, olhei na direção de seus olhos e ele olhava na direção dos meus. Antes que pudesse acontecer alguma coisa, se é que ia acontecer alguma coisa, fomos interrompidos por uma voz.
-O que está acontecendo aqui?


Ferrou? Será que ia ter beijo? Será? 
Vocês querem capítulos e eu quero comentários, como fica?
No capitulo anterior teve 442 visualizações e só 17 comentários, tá certo isso produção?
Ideias, criticas, sugestões. Mandem ai, estou aceitando.
O bangue de comentar tá normal? #RESPONDAM!
Pra quem quiser ver a casa nova da Jéssica é só clicar AQUI