Ele caminhou lindamente até mim, me dando um beijo suave.
-Que bom que deu tempo de você vir.
-Concordo! Disse me avaliando.
-O que foi agora?
-Não acha que tá faltando um pouco de pano ai? Se referiu ao meu vestido.
-Ah não Luan. Essa paranóia agora não. Bufei e ele me puxou para seu corpo.
-Não vou mais reclamar só porque hoje é um dia importante pra você, mas não acostuma não. Me deu outro beijo.
-Você também está lindo. Disse enquanto caminhávamos até o carro.
-Tenho que está a altura pra poder posar pras fotos com minha namorada empresária. Riu e eu tremi, tinha me esquecido que nosso namoro agora era publico e que teríamos que posar pras fotos juntos. No caminho até a boate, Luan ia se engraçando pro meu lado e toda hora "esquecia" a mão na minha coxa.
-Sabia que a visão daqui está espetacular. Luan disse encarando meu decote.
-Cala a boca seu tarado. Ri da cara dele. Chegamos na boate e minhas pernas tremeram, aquilo estava lotado de repórter. Luan saiu primeiro do carro e deu a volta abrindo a porta pra mim, todo galanteador.
-Tá nervosa? Perguntou me encarando. -Sua mão tá gelada. Riu divertido.
-É mais pela imprensa. Não tô acostumada com essas coisas. Luan apertou minha mão e seguimos em frente, se tinha que enfrentar aquele aquilo que fosse o mais rápido possível.
Como previ, a maioria das perguntas foi sobre nosso namoro e essas, deixei que Luan respondesse, as poucas que foram direcionadas a inauguração da boate eu mesma respondi. Tiramos algumas fotos e entramos. A pista já estava praticamente cheia e os camarotes não estavam diferentes.
-O pessoal já está lá em cima. Apontei o camarote que tinha deixado reservado pros nossos amigos.
-Vamos. Puxou minha mão.
Subimos para o camarote e Bruna e Marcela avançaram em mim me abraçando.
-Calma gente. Ria com a animação delas.
-Cara isso aqui tá maravilhoso. Bruna dizia empolgada.
-Já imagino uns go go Boys dançando ali. Marcela apontou o palco.
-Quando precisar é só falar que eu vou lá dar um showzinho. Luan riu.
-Cala a boca Luan. A gente tá falando de homem gostoso não de você. Marcela o encarou.
-Ala amor. Fala pra ela que não tem homem mais gostoso que eu.
-É Luan, não tem. Ri. -Mas você não vai dar showzinho nenhum naquele palco. A não ser cantando claro.
-Eu posso cantar enquanto tiro a roupa.
-Vai se ferrar Luan. Lhe dei um tapa no braço e fomos cumprimentar o resto do pessoal. Me surpreendi ao ver Simone ali e creio que Luan também não gostou de ver Léo. -Oi, oi pessoal. Cumprimentei geral e Luan fez o mesmo.
Fiquei um tempo com Luan e nossos amigos e depois tive que dar uma circulada pra ver como estavam as coisas.
-Lu, eu já venho.
-Onde você vai?
-Vou ver como estão as coisas nos outros ambientes.
-Eu vou com você.
-Tá maluco. Olho o tanto de gente que tem lá em baixo. Você vai chamar muito a atenção.
-Eu vou com ela Luan. Marcela se ofereceu.
-Grande ajuda você Marcela.
-Amor, aqui tem segurança e qual o problema de circular na minha própria boate? O encarei. -Relaxa eu vou ficar bem. Lhe dei um selinho e sai puxando Marcela. Dei uma olhada básica na pista e parece que todo mundo se divertia. Falei com alguns dos rapazes que cuidavam da segurança e subimos no outro camarote.
-Tá tudo muito lindo amiga.
-Graças a Deus está dando tudo certo. Agora vamos voltar antes que o Renan e o Luan tenham um troço. Puxei Marcela mas ela prendeu o pé no lugar. -O que foi? A encarei.
-Não é seu irmão ali? Apontou.
-Parece que sim. Encarei na direção onde ela apontava.
-E aquela que está com ele...
-É a Lívia? Me espantei ao ver Guilherme e Lívia no maior amasso.
-Desde quando? Marcela me encarou.
-Não faço ideia. Dei de ombros.
-Ele tá vindo pra cá.
-Vamos sair logo daqui. Tentei ser rápida mas não deu certo.
-Oi maninha. Guilherme disse eu virei o encarando.
-Oi. Disse seca.
-Parabéns! Sua boate tá show.
-Obrigada. Agradeci sem dar muita importância pra ele.
-Só precisamos saber quanto tempo vai durar né. Riu.
-Eu preciso ir Guilherme.
-Foi bom te ver também maninha. Puxei Marcela que ficou muda o tempo todo e voltamos pra junto do pessoal e a raiva subiu quando encontrei Simone conversando com Luan, muito animadinha pro meu gosto.
-Voltei amor. Entrei no meio dos dois e dei um beijo nele.
-Demoraram. Luan disse assim que encerramos o beijo e vi Simone torcer a boca.
-Tava resolvendo umas coisas. As meninas me chamaram pra dançar e eu fui. Estava muito divertido e já tinha dançado horrores, até sentir uma mão no meu ombro. Era um dos seguranças.
-Estão chamando a senhora no escritório.
-Eu já tô indo. Obrigada! Agradeci e ele saiu. -Eu tenho que ir gente. Deixei as meninas dançando e fui chamar Luan.
-Acho que eles chegaram. Vamos lá no escritório comigo.
-Vamos. Luan pegou minha mão e saímos do camarote. O pessoal responsável pela organização dos shows tinha conseguido fechar com Thaeme e Thiago e eles fariam a inauguração. Conversamos com eles por um tempo, foi tudo muito mais fácil, já que Luan os conhecia e combinou até de cantar uma música com eles. Eles seguiram para uma espécie de camarim que tinha ali do lado do escritório e eu e Luan ficamos a sós.
-Graças a Deus. Ele disse me puxando para seu corpo.
-O que foi?
-Não via a hora de ficar sozinho com você.
-Luan, aqui não. Disse assim que ele me encostou na parede e pousou sua mão na minha coxa, subindo meu vestido.
-Eu não vou aguentar esperar chegar em casa. Disse perto do meu ouvido e eu me arrepiei.
-Luan, a gente precisa ir. O show vai começar. Tentava o afastar mas era em vão.
-Só um pouquinho vai? Me encarou.
-Não Luan. Ri da cara que ele fazia.
-Sério? Perguntou e eu balancei a cabeça que sim. -Também quando você quiser eu não quero. Me soltou e eu gargalhei.
-Eu duvido.
-Paga pra ver.
-Vamos logo Luan, o show tá começando. Saímos do escritório e ficamos no palco. A dupla cantava e a galera curtia o show. -Eu vou lá ficar com as meninas. Disse no ouvido de Luan antes que ele fosse cantar com a dupla.
-Cadê o Luan? Bruna perguntou me vendo chegar sozinha.
-Vai cantar com eles depois volta. Respondi e fiquei perto da grade assistindo o show. Tentei curtir o máximo, mas ao olhar pro outro camarote vi Guilherme com Lívia novamente e aquilo estava me intrigando. Desde quando os dois estavam juntos, desde quando eles se conheciam pra falar a verdade. Ouvi a voz de Luan no palco e voltei a atenção pro show. Ele cantou apena uma música com eles e voltou pro camarote.
-Quer ir embora? Perguntei vendo que Luan já estava cansado.
-Eu tenho participação amanhã numa rádio.
-Eu não preciso ficar até fechar, se quiser podemos ir embora. Passei meus braços por seu pescoço o abraçando.
-Deixa o show acabar e gente vai. Me deu um selinho. Me virei ficando de costas pra ele, que me abraçou. Curtimos o show e assim que acabou nos despedimos do pessoal que ficaria. O caminho de volta foi bem mais tranquilo, já que Luan não fez nenhuma gracinha nem tentou avançar o sinal.
-Você tá bem? Perguntei segurando o riso, sabendo o motivo de toda aquela brabeza.
-Tô ótimo. Sorriu irônico.
Chegamos em casa e enquanto eu fui tomar água, Luan subiu. Passei no quarto de Malu que dormia como uma anjinha e fui para o meu quarto. Luan estava no banho. Tirei meu vestido ficando só de calcinha e entrei no banheiro.
-Lu. Chamei e ele colocou a cabeça pra fora do box, engolindo em seco quando me viu. -Posso tomar banho com você? Pedi manhosa.
-Eu já tô acabando Jéssica. Fechou a porta e eu ri de leve.
-Só um banho Luan. Entrei no box junto com ele.
-E porque não espera eu terminar pra você entrar?
-Tá fugindo de mim porque? Ri.
-Não tô fugindo de ninguém. Ele não me olhava.
-E porque não olha pra mim?
-Porque...por...Eu disse que aquando você quisesse eu não ia querer mais.
-Eu não tô querendo nada ué. Engoli o riso e ele pegou a toalha saindo do banheiro. Terminei meu banho, me enrolei na toalha e sai. Luan já estava deitado. Coloquei o menor pijama que eu tinha, passei um creme e me deitei. -Boa noite Luan. Lhe dei um selinho e virei pro outro lado. Já tinha se passado alguns minutos e pensei que ele já estava dormindo, mas me enganei.
-Amor. Me chamou.
-O que foi?
-Já tá dormindo?
-Tô tentando Luan, porque? Me virei pra ele que sorriu malicioso. -Você não disse que não queria mais?
-Eu sou muito fraco. Fez bico. -Vem cá vem. Me puxou ficando por cima de mim e matamos a vontade que era grande.
...
Bruna estava comigo na boate, precisava assinar umas coisas e ela foi comigo.
-No dia da inauguração eu vi uma coisa que me deixou intrigada. Comentei enquanto ela mexia no celular.
-O que foi?
-Você não acredita quem estava com meu irmão no maior amasso.
-Quem Jéssica? Perguntou curiosa.
-A Lívia.
-A Lívia? Me encarou espantada. -A ex do Luan?
-A própria.
-E desde quando eles se conhecem?
-Não faço ideia.
-A Lívia pode ter ido na boate dele? Deu de ombros.
-Pode ser.
-E ela falou com você?
-Não, só o Guilherme.
Passamos algumas horas ali e depois fomos buscar Malu na escola.
-Mamãe, eu quero sorvete. Ela pediu no caminho pra casa.
-Depois do almoço.
-Porque não pode ser agora?
-Porque você vai almoçar mocinha. Respondi e ela ficou de bico.
-O papai volta quando?
-Vai demorar. Porque?
-Porque ele deixa eu comer sorvete antes do almoço. Respondeu ainda emburrada.
-Vou ter uma conversinha muito séria com seu pai sobre isso. Bruna riu. Chegamos em casa, Bruna foi dar banho em Malu e eu fiquei esperando as duas pra podermos almoçar. Malu mesmo reclamando comeu tudo. Era gulosa feito o pai.
...
Luan tinha passado umas semanas fora de casa, Malu já me cobrava a presença do pai e eu não sabia mais o que fazer.
-Eu quero o meu papai. Ela chorava.
-Filha, seu pai tá trabalhando. Tentava acalmá-la.
-Mas eu quero ver ele. Tentei convencer Malu mas ela não parava de chorar. O celular tocou, era Bruna.
-Oi Bru. Atendi num suspiro.
-Nossa que animação. A Malu tá chorando porque?
-Saudade do pai.
-Tadinha Jéssica.
-O que eu posso fazer Bru.
-Quanto tempo ela não vê ele?
-Sei lá. Quase um mês.
-Jéssica, leva essa menina pra ver o pai.
-Eu não posso deixar a boate Bruna.
-E pode deixar sua filha desse jeito? Suspirei novamente. -Eu liguei pra avisar que o Léo conseguiu falar com aquele amigo dele. Uns dias atrás tinha pedido pro Léo ver se conseguia arrumar mais um segurança pra boate, já que um não tinha sido demitido.
-Fala pra ele ir de noite lá na boate conversar comigo. Conversamos mais um pouco e desligamos.
Malu se distraiu com um filme que passava na televisão e eu pude me concentrar no trabalho. Já que ela não teve aula, decidi ficar em casa durante o dia e ir pra boate só de noite, ela estava muito carente e não podia deixar ela sozinha. Fiquei revendo umas contas e quando percebi ela tinha dormido toda encolhida no sofá. Levei ela pro quarto e voltei ao trabalho.
...
Já era noite, estava terminando de me arrumar enquanto Malu jantava.
Terminei a maquiagem e ela entrou no meu quarto falando no meu celular.
-Tá falando com quem filha?
-Com meu pai. Sorriu. Pensei que ela estava brincando.-Ele quer falar com você. Ela me entregou o celular.
-Amor? Ouvi a voz de Luan e percebi que não era uma brincadeira.
-Oi amor? Ri.
-Qual a graça?
-Pensei que a Malu estava brincando com meu celular.
-Você vai pra boate hoje?
-Vou amor. Ouvi ele bufar. -Porque?
-Por nada.
-Quando você volta? A Malu tá morrendo de saudade.
-Só a Malu?
-Não amor. Ri. -Eu também.
-Eu não sei quando volto amor.
Conversamos mais um pouco e desliguei. Coloquei Malu pra dormir, falei com Neide e fui pra boate.
Já tinha conversado com o rapaz indicado por Léo e decidi contratá-lo. A casa estava cheia e eu passei a maior parte do tempo no escritório. Era quase 2 da manhã quando meu celular tocou, olhei no visor e era de casa.
-Neide?
-Oi Jéssica. Desculpa ligar essa hora mas é que a Malu tá queimando de febre.
-Eu estou indo Neide. Antes mesmo de desligar o celular, peguei minha bolsa e desci. Cheguei em casa e elas estavam na sala.
-O que você tem meu amor? Peguei ela que estava no colo de Neide e realmente ela estava muito quente.
-Eu já dei remédio mas não passa. Neide confessou.
-Tá doendo alguma coisa filha? Perguntei e ela negou.
-Eu ó quero o meu pai.
-Filha...
-Se eu fosse você levava essa menina pra ver o pai agora mesmo. Neide disse.
-Eu nem sei onde ele está. Suspirei e ela me entregou o telefone. Diquei o numero dele mas quem atendeu foi o Rober, dizendo que Luan tinha esquecido o celular com ele depois do show. Perguntei a ele onde eles estavam e depois de ouvir sua resposta desliguei. -Eles estão em Fortaleza. Bufei.
-Então é melhor você ir arrumar as malas pra poder sair amanhã cedinho. ME dei por vencida e subi com Malu. Coloquei algumas coisas numa mala e depois de muito custo, malu dormiu na minha cama.
Acordei e Malu ainda dormi, coloquei minha mão em sua testa e ela ainda estava quente. Tomei um banho rápido e me vesti.
Terminei de me arrumar e liguei pro Léo.
-Oi magrela, aconteceu alguma coisa?
-Não. Eu queria te pedir um favor.
-Manda.
-Eu vou precisar passar uns dias fora, tem como você cuidar da boate pra mim?
-Só isso? Pensei que ia ter que matar alguém. Brincou.
-Bobo. Ri. Você pode?
-Claro que eu posso. Mas aconteceu alguma coisa?
-A Malu tá com saudade do pai e vou ter que levar ela pra vê-lo.
Combinamos dele vir buscar a chave na minha casa, malu acordou e depois do banho descemos pra tomar café.
-Eu não quero comer mamãe. Ela reclamou.
-Você não quer comer? É, tá mesmo doente. Zombei. -Come um pouquinho filha. Ela fez careta. -Um pão de queijo? Você adora.
-Eu não quero.
-Se você não comer a gente não vai ver o papai então. Mesmo fazendo birra ela comeu um pouco. Léo insistiu e acabou nos levando até o aeroporto. Nosso voo saiu rápido e logo Malu mataria a saudade do pai, e eu também.
Tadinha da Malu gente :\\
Eu ia postar ontem mas não terminei o capitulo, fiquei empolgada com o DVD #QuemNão rsrsrsrs
Lucianna Carvalho, muito feliz que você voltou e se você sumir de novo vou te socar.
Vocês acham mesmo que o irmão da Jéssica tá armando pra cima dela? Será minha gente? rsrsrs
quarta-feira, 15 de abril de 2015
sexta-feira, 10 de abril de 2015
44
Peguei as louças e levei pra colocar na mesa do lado de fora onde seria servido o almoço, Luan conversava com alguns dos meninos que tinham chegado e me mandou um beijo quando passei por eles.
-Eu acho melhor contar logo pro Luan que o Léo vem, assim ele já fica preparado. Sugeri e Bruna fez uma careta.
-Acha que ele vai pirar?
-Estamos falando do Luan, então... Dei de ombros.
-Você podia fazer isso por mim. Pediu manhosa.
-Eu?
-Por favor?
-Tá bom Bruna. Mas vai ficar me devendo. Ela sorriu vitoriosa e eu sai pra chamar o Luan. -Lu, preciso falar com você. Chamei e ele avisou os meninos que já voltava.
-O que foi?
-Vamos lá no quarto rapidinho. Peguei em sua mão.
-Depois eu que sou tarado. Riu.
-Não é nada disso seu bobo. Chegamos no quarto e fechei a porta.
-Tô ficando com medo dessa conversa. Disse sentando na cama. -Fala logo.
-Você sabe que a Bruna chamou a Marcela e o Renan, não sabe?
-Sei! Mas o que tem isso?
-E você também sabe que a Bruna e o Rafael terminaram o namoro, não sabe?
-Eu sei Jéssica, eu sei de tudo isso, mas e daí?
-E daí que ela está solteira. Estava me enrolando toda.
-Fala de uma vez porra. Se exaltou. -Desculpa, mas você tá me deixando nervoso com toda essa enrolação.
-Tá bom Luan, eu falo. A Bruna chamou o Léo também.
-Como é que é?
-Pensei que já tivesse notado que ela está afim dele.
-Era só isso que faltava, só isso.
-Luan, não vai dar piti quando ele chegar, pelo amor de Deus.
-Não garanto nada. Só espero que ele não venha se engraçar pro seu lado.
-Luan ele está com sua irmã. Ele bufou mais algumas vezes e voltamos para o andar de baixo. Luan passou por Bruna na cozinha e juro que se olhar matasse, Bruna já estaria morta e enterrada.
-Não preciso nem dizer o que ele achou disso tudo, preciso? A encarei.
-Ele vai ter que se conformar. Ela deu de ombros mas percebi que estava nervosa. Ouvi barulhos vindo da sala e quando cheguei lá, me deparei com Rober entrando.
-Olha só quem encontrei por ai. Ele acabou de dizer e Marcela, Renan e Léo entrando.
-Oi gente. Cumprimentei os quatro.
A festa estava bastante animada e como eu previa, os amigos do Luan vieram com suas "amigas" . Luan quando viu Léo, fechou a cara mas depois se distraiu com seus amigos e nem deu bola pra presença dele.
-Mamãe eu quero carne. Malu pediu enquanto eu conversava com Marcela, Bruna e suas amigas.
-Pede lá pro seu pai filha, ele que tá cuidando do churrasco. Malu saiu correndo junto com outras crianças que estavam ali.
-Como foram as coisas em Nova Iorque? Marcela perguntou depois de um tempo.
-Conseguimos providenciar tudo o que precisávamos.
-Então logo mais teremos uma boate nova em São paulo? Comemorou e eu ri.
O povo dançava e fazia uma tremenda algazarra no meio do quintal e na piscina, Luan conversava com uns garotos enquanto cuidava das carnes e quando Marcela e Bruna decidiram se jogar na agua, eu me juntei ao meu namorado. Me aproximei dele que me puxou colando nossos corpos e me deu um cheiro no pescoço.
-Não quer beber nada? Ele perguntou em meu ouvido e eu neguei.
-Quando é que sai casório ai? Max perguntou rindo e uma das garotas que estava no meio da roda torceu a boca.
-Tá cedo ainda né? Ri. -Começamos namorar agora.
-Por mim eu casava fácil. Luan Disse. -Só tô esperando ela pedir minha mão. Concluiu e nós gargalhamos.
-Eu não sabia nem que você já estava namorando. Uma das garotas comentou. -Tem pouco tempo que você se divorciou não é? Concluiu seu comentário.
-A gente ainda não assumiu publicamente nosso namoro, só as pessoas mais próximas que sabem. Luan disse.
-E além do mais, o que ninguém sabe, ninguém estraga. Disse.
-Você tem medo da reação das fãs dele? A garota que torceu a boca perguntou.
-Não! Fui direta.
-E nem precisa ter né? Tenho certeza que elas vão aceita de boa. Luan disse. O povo se afastou pra dançar um pouco e eu fiquei com Luan.
-Porque não vai dançar com as meninas?
-Daqui a pouco eu vou. Sorri. Malu se aproximou e ficou um pouco com a gente ali, até sair correndo novamente pelo quintal.
-Daqui a pouco ela cai de novo. Luan comentou rindo.
Depois que almoçamos, o pessoal fez uma roda e começaram tocar umas musicas.
-Mamãe, eu tô com sono. Malu reclamou em meu colo.
-Lu, eu vou levar a Malu pra dormir. Disse em seu ouvido enquanto ele cantava alguma música. Ele sorriu concordando e eu subi para o quarto. -Vamos tomar um banho primeiro né?
-Ah não mamãe, eu tô com sono. Reclamou.
-Mas vai tomar banho sim, porquinha. Mesmo reclamando dei um banho em Malu e ela logo adormeceu. Dei uma ajeitada no meu cabelo e desci, Luan não estava mais na roda, procurei e o encontrei pegando uma bebida.
-Tá bom de beber né?
-Só mais um pouquinho. Fez bico. -Não vai tomar nada?
-Depois. O abracei.
A música ia rolando solta, Luan encostou em alguma coisa e me puxou encostando nossos corpos, ele já estava meio animadinho por conta da bebida.
-Acho que eu já tô bêbado. Reclamou.
-Você acha? Eu tenho certeza. Ri.
-É sério, ou é isso ou eu tô vendo coisas.
-Tá falando de que? Perguntei e ele indicou com a cabeça, me virei olhando na direção onde ele apontava e Bruna estava beijando Léo.
-Eu vou lá. Ameaçou sair mas o apertei no abraço.
-Para com isso Lu, deixa os dois.
-Como deixa Jéssica? A Bruna só pode tá de brincadeira, tanto cara aqui e ela tem que se engraçar com esse ai?
-Deixa sua irmã Luan. Não sei porque tanta implicância com o coitado?
-Jura que não sabe? Me encarou.
-Ele está com sua irmã, não está? Não tem que ficar com ciumes do meu passado. Vamos aproveitar o presente. Selei seus lábios. Continuamos no nosso canto, Luan bebia e fazia ainda mais palhaçadas, vez ou outra lançava um olhar mortal pra Bruna que me olhava como se pedisse socorro. Estávamos perto de onde ficavam as bebidas e logo Léo se aproximou.
-E ai magrela? Ele chegou me cumprimentando normalmente.
-É Jéssica. Luan disse ríspido.
-Oi?
-O nome dela é Jéssica.
-Desculpa, eu só queria...
-Você não tem que que querer nada. Luan ia pra cima dele, mas o segurei.
-Luan para com isso. Pedi.
-Além do cara chegar aqui se engraçando pra minha irmã ainda vem cheio de intimidade pra cima de você? Me solta Jéssica. Luan ficava cada vez mais nervoso, os meninos apareceram para acabar com aquela cena dele.
-Vem Léo. Bruna chegou puxando ele pra dentro da casa.
-Tá maluco boi? Testa encarava o amigo.
-Cara folgado.
-Folgado Luan, ele não fez nada, nem falou com você.
-Mas é folgado, quem ele pensa que é pra chegar aqui chamando minha namorada de magrela. Magrela é o caralho, você não é magrela, você é gostosa. Ele disse aparentando já estar mais pra lá do que pra cá.
-Então se ele chegasse me chamando de gostosa você não iria ar esse show?
-A Jéssica vai se ferrar. Puxou o braço se soltando de mim e foi pro outro lado do quintal.
-Patrãozinho passou um pouco dos limites. Rober comentou.
-Um pouco é bondade sua Roberval. Ele vai ter que se desculpar com o Léo.
-Eu duvido muito que ele faça isso. Vou lá falar com o pinguço. Rober saiu andando na direção do amigo e eu entrei, encontrei Bruna com Léo na sala.
-Não liga pro piti do Luan não Léo, ele tá bêbado. Disse me sentando ao lado dele.
-Ele é um idiota isso sim. Bruna disse irritada.
-Eu não ligo não Jéssica. Sorriu sincero. -Cadê a Marcela? Perguntou mudando de assunto.
-Ela e o Renan sumiram tem um tempo já. respondi encarando Bruna desconfiada. Fiquei mais um tempinho ali com eles e voltei pra fora, Luan estava cantando com os meninos. Fiquei encostada num canto os olhando e o resto do pessoal dançava. Luan olhou pra mim e mandou um beijo, terminou a música que cantava e veio em minha direção cantarolando a música que rolava.
-Nossa, nossa assim você me mata, ai seu te pego, ai ai se eu te pego. Ele cantarolava e fazia uma coreografia enquanto chegava perto de mim. -Ai se eu te pego morena. Concluiu, me abraçando e falando m meu ouvido.
-Você tá tentando me seduzir? O encarei.
-Consegui?
-Sinto muito, mas não. Respondi e ele fez bico. -Na situação que você tá, creio não sobe nada ai. Zombei.
-Tá duvidando da minha capacidade?
-Não, só acho que depois de beber tanto é só deitar e pegar no sono.
-Isso é fácil de resolver. Só fazer em pé.
-Cala a boca Luan.
-Vamos ali no cantinho que eu mostro pra você se não sobe.
-Para de ser besta.
-Eu nem bebi tanto, só três copinhos.
-Três copinhos de uísque, três de vodca, três caipirinhas, sem contar no tanto de cerveja.
-Foi tudo isso mesmo?
-O que eu consegui contar.
-Cadê a Malu?
-Ainda tá dormindo.
Ficamos curtindo um pouquinho ali, Bruna voltou com Léo para junto do pessoal e Luan continuava encarando os dois. -Bora dançar? Puxei Luan antes que ele resolvesse armar outro barraco.
-Oi gata. Marcela chegou dando um tapa em minha bunda.
-Ai sua vaca. Reclamei.
-Ou, só eu posso fazer isso.
-Vai pensando Luanzinho. Jéssica e eu temos uma historia de amor muito antiga. Ela saiu puxando Renan pra junto do pessoal e Luan ficou me encarando.
-O que foi?
-Nada. Continuamos dançando e ele parou um pouco me olhando. -Posso fazer uma pergunta?
-Vai Luan.
-Antigamente, assim, quando você fazia aquelas loucuras, você já...Fez uma pausa me encarando.
-Eu já o que?
-Você já ficou com mulher?
-Cala a boca Luan, tá ficando maluco?
-Ah, sei lá, você e a Marcela...
-A Marcela é uma retardada e você mais ainda por ficar dando trela pro que ela fala.
-Então nunca?
-Não Luan, eu nunca fiquei com mulher. Eu hein.
-Ah que bom, porque nos meus sonhos você já...
-Você anda sonando que eu tô me pegando com outra mulher?
-Só uma vez. Disse e voltou me embalar na dancinha. -Naquele dia que a gente brigou lá em casa, depois que você foi embora, eu cochilei e sonhei que você e a Simone tava se pegado na minha cama. Disse inocente.
-Como é que é Luan?
-Foi só um sonho amor. Me soltei dele e entrei deixando ele com cara de taxo no meio do pessoal. Se não bastasse ele sonhar uma coisa dessas ainda tinha que ser com a Simone? Era só o que faltava. Passei no quarto e Malu ainda dormia. Usei o banheiro e depois de arrumar Malu na cama, sai do quarto.
-dá pra vocês dois fazer isso ai no quarto? Disse assustando Marcela e Renan que se pegavam no corredor.
-Ops, foi mal amiga. É que não deu tempo. Ela parecia meio bêbada.
-Tem um quarto bem na frente vocês e não deu tempo?
-Pra você ver. Ela deu de ombros e puxou Renan pro quarto.
...
As pessoas começaram ir embora, exceto Marcela, Renan e Léo que ficariam pra ir embora com a gente.
-Bora dormir né pessoal. Tem gente aqui que não tá mais se aguentando em pé. Encarei Luan. Bruna se manifestou e levantou primeiro pra subir.
-Não vai subir com a Bruna Marcela? Luan perguntou.
-Pra que?
-Ué, pra dormir.
-E quem disse que eu vou dormir com a Bruna?
-Não vão dormir no mesmo quarto?
-Até parece que eu vou deixar de dormir com meu namorado pra dormir com a Bruna. Ela disse e Luan a encarou.
-Vamos subir Luan, deixa eles se resolverem ai. Sai puxando Luan antes que piorasse as coisas.
-Mas Jéssica...
-Deixa Jéssica dormir com ela e você dorme com o Léo. Marcela sugeriu.
-Vai se ferrar.
-Anda Luan. Chamei e subimos com Malu. -Que cara é essa? Perguntei vendo que ele estava emburrado.
-A Bruna não vai dormir com aquele cara, vai? Me encarou.
-Acho que não necessariamente dormir.
-Jéssica? Me encarou.
-Vai tomar banho Luan.
-Mas minha irmã...
-Sua irmã já é bem crescidinha, agora vai. Luan resmungou mais um pouco e entrou no banheiro enquanto Malu ria do jeito desengonçado que ele andava.
...
Chegamos em São Paulo, Luan me deixou em casa com Malu e foi pra casa dele.
-Mamãe, quando é que meu quarto vai ficar pronto? Malu perguntou se jogando em minha cama.
-Essa semana filha. Eu tive que adiar a pintura porque iria viajar.
-Tá demorando muito. Reclamou.
-Espera só mais um pouquinho tá bom? Ela concordou. Depois de desfazer as malas descemos. -Preciso ir no mercado. Encarei Malu depois de abrir a geladeira e encontrá-la vazia.
-Então vamos. Malu sugeriu. Peguei a bolsa, a chave do carro e saímos. Comprei o que faltava e umas coisas congeladas pra fazer para o jantar, já que Neide só viria amanhã, chegamos em casa e Luan já estava lá.
-Onde vocês estavam?
-No mercado. Disse erguendo as sacolas.
-Liguei e você não atendeu.
-Esqueci o celular. torci a boca indo para a cozinha.
-Papai me ajuda montar esse quebra-cabeça? Malu pediu.
-Agora filha?
-Agora papai.
-Eu tô...
-Vai Luan. Disse o interrompendo antes que ele inventasse uma desculpa. Luan pegou Malu no colo e foram pra sala. Improvisei alguma coisa com os congelado que comprei e depois de umas horas o jantar estava pronto. -Vão lavar as mãos pra jantar. Disse aparecendo na sala. Os dois subiram e eu terminei de arrumar a mesa.
-Você que fez isso? Luan perguntou encarando a comida na mesa.
-Foi. Disse e ele olhou as embalagens na pia.
-Quase me enganou. Riu e se sentou.
-Eu tirei da embalagem e coloquei no forno, então eu quem fiz. Me defendi e ele gargalhou.
...
O quarto de Malu já estava pronto e ela estava tão encantada que nem queria sai mais de lá.
-Filha a gente precisa ir comprar seus materiais. Disse entrando no quarto.
-Eu não quero ir mamãe. Continuou brincando e nem me olhou.
-Tem certeza? Semana que vem você já vai pra escola.
-Vai você, eu fico com a Neide.
-Tá bom então, se comporta. Dei um beijo em minha filha e desci. -Neide, eu vou dar um saidinha.
-Pode ir tranquila, eu tomo conta da Malu.
-Ela nem vai sai daquele quarto. Sai rindo.
Comprei tudo o que Malu precisaria levar para a escola e voltei pra casa. -Cadê a Malu? Perguntei a Neide assim que entrei e ela me olhou como se fosse óbvio. -Eu disse que ela não ia sair de lá.
Aproveitei que Malu estava entretida com suas coisas e fui pro meu quarto ver uns e-mails, os preparativos pra inauguração da boate já estavam sendo finalizados e eu precisava estar por dentro de tudo. Meu celular apitou uma mensagem e era Marcela.
-*Você tá linda amiga :)
Li e não entendi.
-*Bebeu Marcela?
Mandei e ela logo respondeu.
-*Não tá se vendo na TV?
Como assim TV? Pergunte do que ela estava falando e ela me indicou o canal, liguei a televisão e lá estava, uma foto minha com Luan e o título da matéria era:
"Luan Santana posta foto apresentando sua nova namorada!"
Fiquei paralisada diante daquilo e só depois que a matéria terminou que eu voltei ao meu estado normal, peguei o telefone e liguei pra ele.
-Oi morena. Ele atendeu rapidamente.
-Você é maluco?
-Não, poque?
-Como porque? Como você posta uma foto nossa assim sem em avisar?
-Ah morena, eu cansei de ficar escondendo e se eu fosse ficar esperando por você a gente não ia assumir nunca.
-Mas Luan, custava ter me comunicado primeiro?
-Você ficou com raiva?
-Não, só me assustei quando vi minha cara estampada na televisão.
-Fica tranquila, muita gente já desconfiava.
-Suas fãs já desconfiavam você quer dizer.
-Elas são foda cara, não dá pra esconder nada delas não. Ele ria.
-Espero que isso não nos traga problemas.
-Não vai amor, fica tranquila. Conversamos mais um pouco e desligamos.
...
Meu namoro com Luan era noticia em todos os meios de comunicação existente. Não aguentava mais ver minha cara estampada em todo lugar, a repercussão até que estava sendo positiva e o numero de fãs que não tinham aceitado era minima.
-Eu disse que elas iam gostar.
-Aceitar Luan. Corrigi.
-E não é a mesma coisa?
-Claro que não, elas me aceitaram mas nada garante que elas gostam de mim.
...
Já estava tudo pronto pra inauguração da boate, Luan estava viajando e não garantiu se poderia vir, fiquei chateada claro, mas entendo que é seu trabalho. Estava uma pilha de nervos e depois de deixar Malu na escolinha, que por sinal ela estava adorando, fui até a boate ver como estavam as coisas.
-Deixaram isso aqui pra senhora. O rapaz que estava ajustando os equipamentos do DJ me disse me entregando um buquê de flores.
-Obrigada! Agradeci e ele voltou ao seu trabalho. Achei o bilhete li.
*Seja bem vinda ao ramo maninha.
Fiquei surpresa e sem saber como ele havia descoberto que eu era dona daquele lugar, ignorei esse fato e voltei as minhas obrigações. A parte onde seria usada como meu escritório ficava do lado oposto ao camarote, subi até lá e liguei para algumas pessoas.
Estava voltando pra casa quando recebi a ligação de Marcela.
-Fala. Atendi.
-Onde você tá?
-Voltando pra casa, porque?
-Tô indo pra lá então. Desligou sem me dar tempo de falar qualquer coisa. Me despedi do pessoal e voltei pra minha casa.
Cheguei e Marcela já estava chegando.
-O que aconteceu que não dava pra esperar até de noite pra me ver? Saudade? Zombei.
-Idiota. Me mostrou o dedo. -Vim te chamar pra ir no salão comigo.
-Eu já fui ontem.
-Ontem eu não podia ir, estava com o Renan.
-Eu sei, por isso não te chamei, quando você está com ele esquece do resto do mundo.
-Não é assim também.
-Atá que não é.
-Você vai comigo ou não?
-Vou só porque é no shopping e eu preciso comprar um vestido.
-Ainda não comprou?
-Não tive tempo.
-Então vamos logo.
...
Terminei meu banho e quando sai Malu estava deitada em minha cama.
-Mamãe, porque eu não posso ir?
-Porque é hora de criança dormir.
-Mas eu não tô com sono.
-Já expliquei que a mamãe vai trabalhar e não vou poder ficar cuidando de você filha. Ela continuou emburrada. -Amanhã a gente vai no cinema, pode ser?
-O papai também vai?
-Não sei filha. Malu ficou deitada assistindo e eu fui me vestir.
Dei um beijo em Malu que continuava emburrada, mas não chorou, peguei minha bolsa a chave do carro e desci, depois de passar algumas instruções a Neide, sai. Me surpreendi ao ver Luan saindo de sua ferrari branca, lindo como sempre.
Ufa!!! Até que enfim a boate vai ser inaugurada.
O que foi Luan com ciumes do Léo e da Bruna minha gente, esquentadinho ele né? rsrsrs.
Bem vinda Beatriz Costa! Apareça mais vezes kkkk
-Eu acho melhor contar logo pro Luan que o Léo vem, assim ele já fica preparado. Sugeri e Bruna fez uma careta.
-Acha que ele vai pirar?
-Estamos falando do Luan, então... Dei de ombros.
-Você podia fazer isso por mim. Pediu manhosa.
-Eu?
-Por favor?
-Tá bom Bruna. Mas vai ficar me devendo. Ela sorriu vitoriosa e eu sai pra chamar o Luan. -Lu, preciso falar com você. Chamei e ele avisou os meninos que já voltava.
-O que foi?
-Vamos lá no quarto rapidinho. Peguei em sua mão.
-Depois eu que sou tarado. Riu.
-Não é nada disso seu bobo. Chegamos no quarto e fechei a porta.
-Tô ficando com medo dessa conversa. Disse sentando na cama. -Fala logo.
-Você sabe que a Bruna chamou a Marcela e o Renan, não sabe?
-Sei! Mas o que tem isso?
-E você também sabe que a Bruna e o Rafael terminaram o namoro, não sabe?
-Eu sei Jéssica, eu sei de tudo isso, mas e daí?
-E daí que ela está solteira. Estava me enrolando toda.
-Fala de uma vez porra. Se exaltou. -Desculpa, mas você tá me deixando nervoso com toda essa enrolação.
-Tá bom Luan, eu falo. A Bruna chamou o Léo também.
-Como é que é?
-Pensei que já tivesse notado que ela está afim dele.
-Era só isso que faltava, só isso.
-Luan, não vai dar piti quando ele chegar, pelo amor de Deus.
-Não garanto nada. Só espero que ele não venha se engraçar pro seu lado.
-Luan ele está com sua irmã. Ele bufou mais algumas vezes e voltamos para o andar de baixo. Luan passou por Bruna na cozinha e juro que se olhar matasse, Bruna já estaria morta e enterrada.
-Não preciso nem dizer o que ele achou disso tudo, preciso? A encarei.
-Ele vai ter que se conformar. Ela deu de ombros mas percebi que estava nervosa. Ouvi barulhos vindo da sala e quando cheguei lá, me deparei com Rober entrando.
-Olha só quem encontrei por ai. Ele acabou de dizer e Marcela, Renan e Léo entrando.
-Oi gente. Cumprimentei os quatro.
A festa estava bastante animada e como eu previa, os amigos do Luan vieram com suas "amigas" . Luan quando viu Léo, fechou a cara mas depois se distraiu com seus amigos e nem deu bola pra presença dele.
-Mamãe eu quero carne. Malu pediu enquanto eu conversava com Marcela, Bruna e suas amigas.
-Pede lá pro seu pai filha, ele que tá cuidando do churrasco. Malu saiu correndo junto com outras crianças que estavam ali.
-Como foram as coisas em Nova Iorque? Marcela perguntou depois de um tempo.
-Conseguimos providenciar tudo o que precisávamos.
-Então logo mais teremos uma boate nova em São paulo? Comemorou e eu ri.
O povo dançava e fazia uma tremenda algazarra no meio do quintal e na piscina, Luan conversava com uns garotos enquanto cuidava das carnes e quando Marcela e Bruna decidiram se jogar na agua, eu me juntei ao meu namorado. Me aproximei dele que me puxou colando nossos corpos e me deu um cheiro no pescoço.
-Não quer beber nada? Ele perguntou em meu ouvido e eu neguei.
-Quando é que sai casório ai? Max perguntou rindo e uma das garotas que estava no meio da roda torceu a boca.
-Tá cedo ainda né? Ri. -Começamos namorar agora.
-Por mim eu casava fácil. Luan Disse. -Só tô esperando ela pedir minha mão. Concluiu e nós gargalhamos.
-Eu não sabia nem que você já estava namorando. Uma das garotas comentou. -Tem pouco tempo que você se divorciou não é? Concluiu seu comentário.
-A gente ainda não assumiu publicamente nosso namoro, só as pessoas mais próximas que sabem. Luan disse.
-E além do mais, o que ninguém sabe, ninguém estraga. Disse.
-Você tem medo da reação das fãs dele? A garota que torceu a boca perguntou.
-Não! Fui direta.
-E nem precisa ter né? Tenho certeza que elas vão aceita de boa. Luan disse. O povo se afastou pra dançar um pouco e eu fiquei com Luan.
-Porque não vai dançar com as meninas?
-Daqui a pouco eu vou. Sorri. Malu se aproximou e ficou um pouco com a gente ali, até sair correndo novamente pelo quintal.
-Daqui a pouco ela cai de novo. Luan comentou rindo.
Depois que almoçamos, o pessoal fez uma roda e começaram tocar umas musicas.
-Mamãe, eu tô com sono. Malu reclamou em meu colo.
-Lu, eu vou levar a Malu pra dormir. Disse em seu ouvido enquanto ele cantava alguma música. Ele sorriu concordando e eu subi para o quarto. -Vamos tomar um banho primeiro né?
-Ah não mamãe, eu tô com sono. Reclamou.
-Mas vai tomar banho sim, porquinha. Mesmo reclamando dei um banho em Malu e ela logo adormeceu. Dei uma ajeitada no meu cabelo e desci, Luan não estava mais na roda, procurei e o encontrei pegando uma bebida.
-Tá bom de beber né?
-Só mais um pouquinho. Fez bico. -Não vai tomar nada?
-Depois. O abracei.
A música ia rolando solta, Luan encostou em alguma coisa e me puxou encostando nossos corpos, ele já estava meio animadinho por conta da bebida.
-Acho que eu já tô bêbado. Reclamou.
-Você acha? Eu tenho certeza. Ri.
-É sério, ou é isso ou eu tô vendo coisas.
-Tá falando de que? Perguntei e ele indicou com a cabeça, me virei olhando na direção onde ele apontava e Bruna estava beijando Léo.
-Eu vou lá. Ameaçou sair mas o apertei no abraço.
-Para com isso Lu, deixa os dois.
-Como deixa Jéssica? A Bruna só pode tá de brincadeira, tanto cara aqui e ela tem que se engraçar com esse ai?
-Deixa sua irmã Luan. Não sei porque tanta implicância com o coitado?
-Jura que não sabe? Me encarou.
-Ele está com sua irmã, não está? Não tem que ficar com ciumes do meu passado. Vamos aproveitar o presente. Selei seus lábios. Continuamos no nosso canto, Luan bebia e fazia ainda mais palhaçadas, vez ou outra lançava um olhar mortal pra Bruna que me olhava como se pedisse socorro. Estávamos perto de onde ficavam as bebidas e logo Léo se aproximou.
-E ai magrela? Ele chegou me cumprimentando normalmente.
-É Jéssica. Luan disse ríspido.
-Oi?
-O nome dela é Jéssica.
-Desculpa, eu só queria...
-Você não tem que que querer nada. Luan ia pra cima dele, mas o segurei.
-Luan para com isso. Pedi.
-Além do cara chegar aqui se engraçando pra minha irmã ainda vem cheio de intimidade pra cima de você? Me solta Jéssica. Luan ficava cada vez mais nervoso, os meninos apareceram para acabar com aquela cena dele.
-Vem Léo. Bruna chegou puxando ele pra dentro da casa.
-Tá maluco boi? Testa encarava o amigo.
-Cara folgado.
-Folgado Luan, ele não fez nada, nem falou com você.
-Mas é folgado, quem ele pensa que é pra chegar aqui chamando minha namorada de magrela. Magrela é o caralho, você não é magrela, você é gostosa. Ele disse aparentando já estar mais pra lá do que pra cá.
-Então se ele chegasse me chamando de gostosa você não iria ar esse show?
-A Jéssica vai se ferrar. Puxou o braço se soltando de mim e foi pro outro lado do quintal.
-Patrãozinho passou um pouco dos limites. Rober comentou.
-Um pouco é bondade sua Roberval. Ele vai ter que se desculpar com o Léo.
-Eu duvido muito que ele faça isso. Vou lá falar com o pinguço. Rober saiu andando na direção do amigo e eu entrei, encontrei Bruna com Léo na sala.
-Não liga pro piti do Luan não Léo, ele tá bêbado. Disse me sentando ao lado dele.
-Ele é um idiota isso sim. Bruna disse irritada.
-Eu não ligo não Jéssica. Sorriu sincero. -Cadê a Marcela? Perguntou mudando de assunto.
-Ela e o Renan sumiram tem um tempo já. respondi encarando Bruna desconfiada. Fiquei mais um tempinho ali com eles e voltei pra fora, Luan estava cantando com os meninos. Fiquei encostada num canto os olhando e o resto do pessoal dançava. Luan olhou pra mim e mandou um beijo, terminou a música que cantava e veio em minha direção cantarolando a música que rolava.
-Nossa, nossa assim você me mata, ai seu te pego, ai ai se eu te pego. Ele cantarolava e fazia uma coreografia enquanto chegava perto de mim. -Ai se eu te pego morena. Concluiu, me abraçando e falando m meu ouvido.
-Você tá tentando me seduzir? O encarei.
-Consegui?
-Sinto muito, mas não. Respondi e ele fez bico. -Na situação que você tá, creio não sobe nada ai. Zombei.
-Tá duvidando da minha capacidade?
-Não, só acho que depois de beber tanto é só deitar e pegar no sono.
-Isso é fácil de resolver. Só fazer em pé.
-Cala a boca Luan.
-Vamos ali no cantinho que eu mostro pra você se não sobe.
-Para de ser besta.
-Eu nem bebi tanto, só três copinhos.
-Três copinhos de uísque, três de vodca, três caipirinhas, sem contar no tanto de cerveja.
-Foi tudo isso mesmo?
-O que eu consegui contar.
-Cadê a Malu?
-Ainda tá dormindo.
Ficamos curtindo um pouquinho ali, Bruna voltou com Léo para junto do pessoal e Luan continuava encarando os dois. -Bora dançar? Puxei Luan antes que ele resolvesse armar outro barraco.
-Oi gata. Marcela chegou dando um tapa em minha bunda.
-Ai sua vaca. Reclamei.
-Ou, só eu posso fazer isso.
-Vai pensando Luanzinho. Jéssica e eu temos uma historia de amor muito antiga. Ela saiu puxando Renan pra junto do pessoal e Luan ficou me encarando.
-O que foi?
-Nada. Continuamos dançando e ele parou um pouco me olhando. -Posso fazer uma pergunta?
-Vai Luan.
-Antigamente, assim, quando você fazia aquelas loucuras, você já...Fez uma pausa me encarando.
-Eu já o que?
-Você já ficou com mulher?
-Cala a boca Luan, tá ficando maluco?
-Ah, sei lá, você e a Marcela...
-A Marcela é uma retardada e você mais ainda por ficar dando trela pro que ela fala.
-Então nunca?
-Não Luan, eu nunca fiquei com mulher. Eu hein.
-Ah que bom, porque nos meus sonhos você já...
-Você anda sonando que eu tô me pegando com outra mulher?
-Só uma vez. Disse e voltou me embalar na dancinha. -Naquele dia que a gente brigou lá em casa, depois que você foi embora, eu cochilei e sonhei que você e a Simone tava se pegado na minha cama. Disse inocente.
-Como é que é Luan?
-Foi só um sonho amor. Me soltei dele e entrei deixando ele com cara de taxo no meio do pessoal. Se não bastasse ele sonhar uma coisa dessas ainda tinha que ser com a Simone? Era só o que faltava. Passei no quarto e Malu ainda dormia. Usei o banheiro e depois de arrumar Malu na cama, sai do quarto.
-dá pra vocês dois fazer isso ai no quarto? Disse assustando Marcela e Renan que se pegavam no corredor.
-Ops, foi mal amiga. É que não deu tempo. Ela parecia meio bêbada.
-Tem um quarto bem na frente vocês e não deu tempo?
-Pra você ver. Ela deu de ombros e puxou Renan pro quarto.
...
As pessoas começaram ir embora, exceto Marcela, Renan e Léo que ficariam pra ir embora com a gente.
-Bora dormir né pessoal. Tem gente aqui que não tá mais se aguentando em pé. Encarei Luan. Bruna se manifestou e levantou primeiro pra subir.
-Não vai subir com a Bruna Marcela? Luan perguntou.
-Pra que?
-Ué, pra dormir.
-E quem disse que eu vou dormir com a Bruna?
-Não vão dormir no mesmo quarto?
-Até parece que eu vou deixar de dormir com meu namorado pra dormir com a Bruna. Ela disse e Luan a encarou.
-Vamos subir Luan, deixa eles se resolverem ai. Sai puxando Luan antes que piorasse as coisas.
-Mas Jéssica...
-Deixa Jéssica dormir com ela e você dorme com o Léo. Marcela sugeriu.
-Vai se ferrar.
-Anda Luan. Chamei e subimos com Malu. -Que cara é essa? Perguntei vendo que ele estava emburrado.
-A Bruna não vai dormir com aquele cara, vai? Me encarou.
-Acho que não necessariamente dormir.
-Jéssica? Me encarou.
-Vai tomar banho Luan.
-Mas minha irmã...
-Sua irmã já é bem crescidinha, agora vai. Luan resmungou mais um pouco e entrou no banheiro enquanto Malu ria do jeito desengonçado que ele andava.
...
Chegamos em São Paulo, Luan me deixou em casa com Malu e foi pra casa dele.
-Mamãe, quando é que meu quarto vai ficar pronto? Malu perguntou se jogando em minha cama.
-Essa semana filha. Eu tive que adiar a pintura porque iria viajar.
-Tá demorando muito. Reclamou.
-Espera só mais um pouquinho tá bom? Ela concordou. Depois de desfazer as malas descemos. -Preciso ir no mercado. Encarei Malu depois de abrir a geladeira e encontrá-la vazia.
-Então vamos. Malu sugeriu. Peguei a bolsa, a chave do carro e saímos. Comprei o que faltava e umas coisas congeladas pra fazer para o jantar, já que Neide só viria amanhã, chegamos em casa e Luan já estava lá.
-Onde vocês estavam?
-No mercado. Disse erguendo as sacolas.
-Liguei e você não atendeu.
-Esqueci o celular. torci a boca indo para a cozinha.
-Papai me ajuda montar esse quebra-cabeça? Malu pediu.
-Agora filha?
-Agora papai.
-Eu tô...
-Vai Luan. Disse o interrompendo antes que ele inventasse uma desculpa. Luan pegou Malu no colo e foram pra sala. Improvisei alguma coisa com os congelado que comprei e depois de umas horas o jantar estava pronto. -Vão lavar as mãos pra jantar. Disse aparecendo na sala. Os dois subiram e eu terminei de arrumar a mesa.
-Você que fez isso? Luan perguntou encarando a comida na mesa.
-Foi. Disse e ele olhou as embalagens na pia.
-Quase me enganou. Riu e se sentou.
-Eu tirei da embalagem e coloquei no forno, então eu quem fiz. Me defendi e ele gargalhou.
...
O quarto de Malu já estava pronto e ela estava tão encantada que nem queria sai mais de lá.
-Filha a gente precisa ir comprar seus materiais. Disse entrando no quarto.
-Eu não quero ir mamãe. Continuou brincando e nem me olhou.
-Tem certeza? Semana que vem você já vai pra escola.
-Vai você, eu fico com a Neide.
-Tá bom então, se comporta. Dei um beijo em minha filha e desci. -Neide, eu vou dar um saidinha.
-Pode ir tranquila, eu tomo conta da Malu.
-Ela nem vai sai daquele quarto. Sai rindo.
Comprei tudo o que Malu precisaria levar para a escola e voltei pra casa. -Cadê a Malu? Perguntei a Neide assim que entrei e ela me olhou como se fosse óbvio. -Eu disse que ela não ia sair de lá.
Aproveitei que Malu estava entretida com suas coisas e fui pro meu quarto ver uns e-mails, os preparativos pra inauguração da boate já estavam sendo finalizados e eu precisava estar por dentro de tudo. Meu celular apitou uma mensagem e era Marcela.
-*Você tá linda amiga :)
Li e não entendi.
-*Bebeu Marcela?
Mandei e ela logo respondeu.
-*Não tá se vendo na TV?
Como assim TV? Pergunte do que ela estava falando e ela me indicou o canal, liguei a televisão e lá estava, uma foto minha com Luan e o título da matéria era:
"Luan Santana posta foto apresentando sua nova namorada!"
Fiquei paralisada diante daquilo e só depois que a matéria terminou que eu voltei ao meu estado normal, peguei o telefone e liguei pra ele.
-Oi morena. Ele atendeu rapidamente.
-Você é maluco?
-Não, poque?
-Como porque? Como você posta uma foto nossa assim sem em avisar?
-Ah morena, eu cansei de ficar escondendo e se eu fosse ficar esperando por você a gente não ia assumir nunca.
-Mas Luan, custava ter me comunicado primeiro?
-Você ficou com raiva?
-Não, só me assustei quando vi minha cara estampada na televisão.
-Fica tranquila, muita gente já desconfiava.
-Suas fãs já desconfiavam você quer dizer.
-Elas são foda cara, não dá pra esconder nada delas não. Ele ria.
-Espero que isso não nos traga problemas.
-Não vai amor, fica tranquila. Conversamos mais um pouco e desligamos.
...
Meu namoro com Luan era noticia em todos os meios de comunicação existente. Não aguentava mais ver minha cara estampada em todo lugar, a repercussão até que estava sendo positiva e o numero de fãs que não tinham aceitado era minima.
-Eu disse que elas iam gostar.
-Aceitar Luan. Corrigi.
-E não é a mesma coisa?
-Claro que não, elas me aceitaram mas nada garante que elas gostam de mim.
...
Já estava tudo pronto pra inauguração da boate, Luan estava viajando e não garantiu se poderia vir, fiquei chateada claro, mas entendo que é seu trabalho. Estava uma pilha de nervos e depois de deixar Malu na escolinha, que por sinal ela estava adorando, fui até a boate ver como estavam as coisas.
-Deixaram isso aqui pra senhora. O rapaz que estava ajustando os equipamentos do DJ me disse me entregando um buquê de flores.
-Obrigada! Agradeci e ele voltou ao seu trabalho. Achei o bilhete li.
*Seja bem vinda ao ramo maninha.
Fiquei surpresa e sem saber como ele havia descoberto que eu era dona daquele lugar, ignorei esse fato e voltei as minhas obrigações. A parte onde seria usada como meu escritório ficava do lado oposto ao camarote, subi até lá e liguei para algumas pessoas.
Estava voltando pra casa quando recebi a ligação de Marcela.
-Fala. Atendi.
-Onde você tá?
-Voltando pra casa, porque?
-Tô indo pra lá então. Desligou sem me dar tempo de falar qualquer coisa. Me despedi do pessoal e voltei pra minha casa.
Cheguei e Marcela já estava chegando.
-O que aconteceu que não dava pra esperar até de noite pra me ver? Saudade? Zombei.
-Idiota. Me mostrou o dedo. -Vim te chamar pra ir no salão comigo.
-Eu já fui ontem.
-Ontem eu não podia ir, estava com o Renan.
-Eu sei, por isso não te chamei, quando você está com ele esquece do resto do mundo.
-Não é assim também.
-Atá que não é.
-Você vai comigo ou não?
-Vou só porque é no shopping e eu preciso comprar um vestido.
-Ainda não comprou?
-Não tive tempo.
-Então vamos logo.
...
Terminei meu banho e quando sai Malu estava deitada em minha cama.
-Mamãe, porque eu não posso ir?
-Porque é hora de criança dormir.
-Mas eu não tô com sono.
-Já expliquei que a mamãe vai trabalhar e não vou poder ficar cuidando de você filha. Ela continuou emburrada. -Amanhã a gente vai no cinema, pode ser?
-O papai também vai?
-Não sei filha. Malu ficou deitada assistindo e eu fui me vestir.
Dei um beijo em Malu que continuava emburrada, mas não chorou, peguei minha bolsa a chave do carro e desci, depois de passar algumas instruções a Neide, sai. Me surpreendi ao ver Luan saindo de sua ferrari branca, lindo como sempre.
Ufa!!! Até que enfim a boate vai ser inaugurada.
O que foi Luan com ciumes do Léo e da Bruna minha gente, esquentadinho ele né? rsrsrs.
Bem vinda Beatriz Costa! Apareça mais vezes kkkk
segunda-feira, 6 de abril de 2015
43
Jéssica On
Os dias que passei em Nova Iorque poderiam ter sido perfeitos, se não fosse o fato de não ter falado com Luan desde a nossa discussão, fora isso, correu tudo bem, tão bem que poderia voltar pra casa antes do tempo previsto, já que tínhamos conseguido providenciar tudo que precisávamos. O pessoal que foi comigo decidiu ficar o resto dos dias que teríamos ali, mas como eu não estava em clima de curtição, decidi voltar pra casa.
-Sério que você já está voltando? Bruna se animou assim que disse a ela que voltaria pra casa. Apesar de não ter ligado nem mandado mensagem pra Luan nenhum desses dias, tinha que manter um contato com Bruna por conta da minha filha.
-Sério Bru, já terminamos o que tinha pra fazer aqui.
-Que ótimo então, vem pra ficar com a gente?
-Não sei não Bru, o clima entre seu irmão e eu não está dos melhores. Suspirei.
-Por isso mesmo. Você e assim vocês conversam e resolvem de uma vez esse assunto.
-Não sei Bruna, quando eu chegar em casa, penso no assunto.
-Eu nunca vi duas criaturas tão cabeça dura quanto vocês. nenhum dos dois quer dar o braço a torcer, assim fica difícil. Reclamou.
-Eu vou pensar tá Bru? Ri com seu nervosismo. -E como está minha filha?
-Tá brincando com o Pi e o Puff lá fora.
-Dá um beijão nela ai por mim tá?
-Dou sim. E não vai mandar nenhum beijo pro seu namorado?
-Não Bruna, não vou mandar beijo nenhum pra ele. E não fala pra ele sobre eu ir ficar com vocês tá, vai que ele cria uma expectativa e eu não vou.
-Eu não vou contar não, assim ele fica surpreso quando você chegar.
-Se eu for Bruna, se eu for. Conversamos mais um pouco e desliguei.
...
Cheguei em casa exausta e agradeci por Neide não estar, precisava ficar um pouco sozinha e colocar as ideias no lugar. A ideia de ir pra chácara me perturbava a cada instante mas o medo de chegar lá e Luan me ignorar era maior. Tomei um banho e me joguei na cama.
Fechei os olhos na tentativa frustrada de dormir e relaxar um pouco, mas era impossível, a imagem de Luan não saia da minha cabeça e lembranças dos momentos que tivemos juntos vieram a tona.
Flashback on
-Oi. Um cara disse próximo a mim. E na minha situação não podia identificar quem era.
-E ai. Disse sem me importar.
-O que uma moça linda como você faz aqui sozinha?
-Valeu pelo moça. Ri. E o que eu poderia estar fazendo no bar de uma boate?
-Ah claro! Ele riu sem graça e pra falar a verdade eu queria mais é que ele calasse a boca. -É...você tá sozinha?
-Vem cá. O olhei. -Eu sei muito bem o que você tá querendo e por enquanto eu não tô afim. Eu cheguei faz pouco tempo, quero beber e me divertir. Quando eu não estiver mais aguentando e se eu não encontrar algo melhor que você eu te procuro. Lucy me entregou minha bebida e eu sai dali deixando o babaca de boca aberta.
Ri me lembrando do dia que nos conhecemos, de como terminou aquela noite e de tudo o que aconteceu depois que sai daquele apartamento.
-Eu passei mal outra vez. Olhei pra ela.
-Isso que dá ficar bebendo desse jeito.
-Marcela, quantos dias faz que eu não bebo?
-Não sei.
-Desde que minha avó morreu. Tomei aquele porre no dia e nunca mais bebi nada.
-E porque você passou mal então?
-Eu fui no médico. Abaixei a cabeça.
-E o que ele disse? Permaneci em silencio e de cabeça baixa. -O que você tem Jéssica? Pelo amor de Deus me diz que você não está com nenhuma doença grave. Se levantou desesperada. Respirei fundo e olhei pra ela.
-Eu tô grávida. Deixei as lágrimas caírem.
Foi ai que minha vida mudou, decisões e mais decisões precisaram ser tomadas e não me arrependo de nenhuma delas.
-Eu sei que você vai ficar chateada comigo, mas eu preciso te perguntar uma coisa.
-Pergunta.
-Você sabe quem é o pai dessa criança?
-Claro que eu sei. Disse e ela ficou me olhando. -Mas isso não vem ao caso. Ele nunca vai saber que essa criança existe.
Acho que essa foi a única falha que tive em toda essa história, tentar esconder de Luan que ele tinha uma filha não foi a melhor ideia, mesmo porque precisaria de sua ajuda pra dar inicio a minha nova vida.
-Tá fazendo o que? Marcela perguntou me olhando arrumar minhas malas.
-Eu tomei uma decisão. Disse.
-Que decisão?
-Eu vou me internar.
A decisão mais certa e ajuizada que tomei em toda minha vida foi me internar naquela clinica, por mais que tenham sido dias horríveis e dolorosos pra mim, foram necessários pra minha recuperação, e poder estar aqui hoje, podendo ver o sorriso da minha filha recompensa qualquer coisa que tenha passado naqueles dias.
Lembrei de como nos reencontramos, de quando ele descobriu que eu era a mãe de Malu, de como eu ficava tremula cada vez que ele se aproximava de mim, da primeira vez que transamos depois do nosso reencontro e de como foi nossa convivência até os dias de hoje.
-Como você pode ser tão insuportável? O fuzilei e ele já estava perto de mim outra vez.
-E como você consegue ser tão insuportavelmente...linda. Sua respiração já estava mais fraca e quando me dei conta nossos corpos estavam colados, uma de suas mãos estava em minha cintura e com a outra me puxou pela nuca me beijando em seguida. Confesso que na hora me deu vontade de empurrá-lo e encher sua cara de tapas, mas meu corpo estava travado ali, presos por seus braços e por um instante achei que poderia ficar ali pra sempre. Ãn...Como assim Jéssica? Num choque de realidade o empurrei e em seguida virei a mão em sua cara.-Idiota! Se você tem amor a sua vida, não encosta em mim nunca mais.
-Ah qual é Jéssica? Vai dizer que não gostou?
-Claro que não! Você é um escroto, imbecil.
-Não foi o que pareceu quando você enfiou a língua na minha boca.
O fato da nossa relação ter começado de uma maneira errada não diminui a intensidade de tudo o que sento por ele e sei que ele também nutri por mim o mesmo sentimento.
Flashback off
Sabia que não conseguiria dormir com todas aquelas coisas invadindo meus pensamentos então, então depois de todas essas lembranças e de tudo que passamos decidi que não iria deixar qualquer coisa ou qualquer pessoa nos atrapalhasse assim. Fui até o closet e peguei uma mala pequena, coloquei algumas peças de roupa e decidida a colocar um ponto final nessa briga, consegui relaxar um pouco.
...
Acordei disposta, tomei um banho e me vesti.
Chamei um taxi e enquanto esperava tomei um cafe básico.
...
Por sorte consegui um voo pra daqui 15 minutos e assim que decolei, rezei pra que conseguisse resolver de vez essa situação com Luan, não estava mais aguentando essa distancia. Peguei um taxi assim que sai do aeroporto e o coração acelerava a cada quilometro que me aproximava daquela chácara.
Assim que o taxi parou no portão que dava entrada me desesperei, não sabia qual seria a reação de Luan quando me visse e isso me apavorava. Liguei pra Bruna e pedi que ela viesse me buscar na porta.
-Eu sabia que você viria. Ela disse me abraçando empolgada.
-Cadê a Malu?
-Tá dormindo. Bruna disse enquanto caminhávamos para dentro da casa. -Não vai perguntar do seu namorado? Me encarou rindo.
-Não enche Bruna, eu sei que ele está com raiva de mim.
-E você veio aqui pra mudar isso não foi?
-Eu vim tentar.
-Isso já é alguma coisa.
-Bruna olha a Malu pra mim...Luan veio da cozinha de cabeça baixa e parou de falar quando me viu.
-Oi Luan.
-Oi. Disse seco. -Eu vou tomar banho. Se a Malu acordar pega ela pra mim Bruna? Luan me encarou e subiu.
-Viu? Encarei Bruna. -Ele ainda está com raiva.
-Vai lá falar com ele.
-Não, eu vou embora.
-Cala a boca e vai logo lá. Ela me empurrou, a olhei feio, suspirei e subi.
Tinha ido apenas uma vez na chácara mas lembrava detalhadamente o caminho do quarto dele, a porta estava entre aberta e quando entrei ele estava dedilhando algo no violão.
-Não vai falar comigo?
-O que você quer que eu fale? Disse sem me olhar e continuou o que fazia.
-Luan me desculpa. Eu não aguento mais ficar nessa situação.
-Situação essa que você mesma criou.
-Não sozinha.
-Tudo começou com suas crises de ciume e só complicou quando descobri que você mentiu pra mim. Me olhou enfim.
-Eu não menti pra você Luan.
-Mas omitiu o fato de ter namorado o irmão da Marcela.
-Não acredito que isso seja motivo pra toda essa raiva.
-E porque não me contou?
-Porque não vi necessidade nisso. Nosso namoro acabou a tanto tempo.
Não queria continuar com aquela discussão ou então só pioraria tudo aquilo que eu queria que se resolvesse. -Luan eu não quero mais brigar, eu vim aqui pra resolver de vez isso tudo. Pedir desculpas por ter sido tão insegura em relação a Simone.
-Porque você veio?
-Eu já disse, vim resolver isso tudo. Suspirei e ele soltou o violão me encarando. -Eu não via a hora de poder voltar daquela viagem e poder encontrar você de novo.
-Porque não me ligou?
-Talvez pelo mesmo motivo que você não me ligou. Indaguei.
-Dois cabeças duras, como diz a Bruna. Ironizou ele.
-E como alguém tinha que dar o braço a torcer, decidi ser eu. Disse um pouco mais aliviada vendo que talvez aquela discussão estivesse terminando.
-Poderia ter feito isso antes. O encarei e pude ver que ele mantinha um sorriso tímido nos lábios, e como eu estava com saudade daquelas covinhas. -Vem aqui. Chamou e eu me sentei em seu colo. -Não vamos deixar as pessoas nos afastar dessa forma nunca mais ok? Brincou com meus cabelos.
-Desde que não seja pessoas querendo se apossar do que é meu, posso pensar no caso.
-E eu sou seu?
-Me diz você. Disse e ele riu malicioso.
-Eu sou sim!
-Todinho? Perguntei no mesmo tom que ele.
-Inteiramente! Concluiu e me beijou.
E como eu estava com saudade daquele beijo, daqueles toques em meu corpo. Continuaria ali por horas intermináveis se não fosse o fato de notar Bruna parada na porta do quarto.
-Desculpa incomodar mas tem uma criança nessa casa exigindo a presença do pai no quarto. Ela disse descaradamente.
-E você não podia resolver esse assunto pra eu poder resolver esse aqui? Luan disse aparentemente nervoso e eu ri me levantando de seu colo.
-Nós já resolvemos o que tinha pra resolver.
-Resolvemos metade. Me olhou incrédulo e Bruna ria.
-Mas tarde nós terminamos com isso Lu.
-Afe, me poupem vocês dois. Bruna reclamou e ouvimos Malu chamar Luan do outro quarto.
-Vamos lá ver o que ela quer. Chamei e ele se levantou bufando.
Seguimos para o quarto de onde Malu gritava e quando ela me viu correu para meus braços.
-Que saudade que eu tava da minha princesinha. Me abaixei ficando de sua altura e a enchi de beijos.
-Eu também tava com saudade mamãe. Ela me apertou no abraço.
-Porque estava me chamando? Luan perguntou ainda emburrado.
-Você disse que a gente ia fazer piquenique na piscina quando eu acordasse, eu já acordei. Malu disse encarando o pai.
-Podia ter acordado um pouco mais tarde né?
-Luan. O encarei rindo e ele bufou.
-Papai? Malu o encarou também.
-Tá bom filha. Suspirou. -Pega suas coisas e desce que eu sua mãe já vamos. Saímos do quarto de Malu e voltamos para o quarto de Luan.
-O que foi agora? Perguntei.
-Tem certeza que a gente não pode resolver aquele assunto agora? Me puxou pela cintura.
-Não Luan. Você deve um piquenique pra sua filha.
-Mas eu não sabia que você viria. Fez bico.
-Mesmo assim. Eu estou aqui agora não estou? Mas tarde a gente resolve isso.
-Vai ter que fazer o que eu quiser.
-Tudo que você quiser amor. Zombei rindo e nos beijamos.
-Vamos descer? Luan me puxou e eu prendi o pé no lugar. -O que foi?
-Eu acabei de chegar, deixa eu tomar um banho e colocar uma roupa mais fresca? Pedi e depois de me dar um selinho ele saiu do quarto. Tomei um banho rápido só pra relaxar da viagem e depois de fuçar na mala, encontrei algo apropriado para a ocasião.
Desci e eles já estavam arrumando as coisas perto da piscina.
-Vem mamãe. Malu chamou assim que me avistou e Luan olhou em minha direção.
-Cadê a Bruna? Perguntei me sentando.
-Já vem. Luan respondeu e me encarou.
-O que foi? Perguntei.
-Você é tão linda.
-Para de ser bobo. Ri sem jeito. É, ele conseguia me deixar assim. Bruna chegou com Puff e se juntaram a nós. Tivemos uma tarde muito gostosa, curtindo aquele clima gostoso que estava e comendo as delicias que Bruna havia providenciado para aquela ocasião.
-Tô pensando em tomar umas aulinhas de culinária com você. Encarei Bruna que riu da minha cara.
-Seu pai não é chefe de cozinha?
-É, mas nossa relação não é lá das melhores. Dei de ombros e pra falar a verdade nem lembro mas quando foi a ultima vez que tive noticias dele ou do meu irmão. Malu começou correr atrás de Puff pelo quintal o que acabou lhe rendendo um joelho ralado devido um tombo que levou.
-Quem mandou ficar correndo? É nisso que dá. Luan brigava com ela.
-Mamãe, tá doendo. Ela continuava com a manha.
-Eu já passei remédio filha, daqui a pouco passa. Fiquei no sofá com ela em meu colo até esquecer a dor e começar suas estrepolias pela casa novamente.
...
A noite Malu insistia pra dormir comigo e Luan, eu até concordei, mas Luan tinha outros planos e acabou "convencendo" nossa filha dormir coma tia.
Luan foi beber agua antes de subir e eu pedi que ele levasse um copo pra mim no quarto.
-Porque não foi beber agua na cozinha? Perguntou entrando e me entregando o copo.
-Porque meu remédio estava aqui em cima. Disse e tomei meu remédio.
-E porque você tá tomando remédio? Tá doente?
-Não.
-E porque então? Me encarou pegando a caixinha que estava em cima da mesinha. -Desde quando você toma anticoncepcional?
-Desde a minha última visita na ginecologista.
-E posso saber porque?
-Como porque? Ri. -Porque uma mulher tomaria anticoncepcional?
-Você não quer mais ter filhos?
-Quero, claro que quero. Mas não agora.
-Ah que pena. Fez bico e eu lhe dei um selinho que logo ele fez o favor de intensificar.
-Coitada da menina, custava deixar ela dormir com a gente? Entrei no quarto rindo de sei desespero por sexo.
-Coitado de mim você quis dizer. Se defendeu e ali naquele quarto, podemos matar a saudade que estava quase me matando.
-Lu? Chamei depois de um tempo me recuperando, deitada em seu peito.
-Fala!
-Antes de vir pra cá, eu fiquei em casa pensando em como tudo isso começou e sabe do que me lembrei? Levantei um pouco a cabeça para olhá-lo.
-O que? Ele continuava fazendo carinho em meus cabelos.
-Do seu apartamento. Ri.
-O que tem meu apartamento?
-Você ainda tem ele?
-Tenho porque?
-E você tem ido muito lá?
-Não. Nem me lembro quando foi a ultima vez que fui lá. Porque?
-Por nada! Tentei desconversar, mas tinha um interesse em saber se ele ainda possuía aquele apartamento por saber que ele ia lá quando ficava com alguém.
-Eu ia muito lá quando saia a noite.
-Ai sempre levava alguém pra lá com você pra encerrar a noite.
-E você foi um delas. Riu.
-Pois é.
-Tá preocupada com alguma coisa? Parou os carinhos em meus cabelos e me encarou.
-Não! Só perguntei por perguntar.
-Eu não tenho mais motivos pra levar ninguém naquele apartamento, a não ser você claro! E já disse que faz tempo que não vou lá.
-E por que não vende?
-Vender? Acho que não.
-Se você não vai mais lá, porque continuar com ele?
-Pretendo deixar de herança pro nosso filho.
-Pra nossa filha você quis dizer?
-Não pro nosso filho mesmo, eu tinha uns planos mais você tomando esse remédio atrapalhou tudo. Riu.
-Você estava tentando me engravidar senhor Luan Rafael? O encarei.
-Digamos que eu não estava me preocupando com certas coisas.
-Então, ainda bem que comecei me prevenir logo.
-Vai saber eu consegui antes de você começar tomar?
-Sinto em lhe informar, mas não conseguiu nada. Vai ter que deixar o apartamento pra Malu.
-Mas nem pensar.
-Porque não?
-Porque aquele lugar vai continuar sendo usado para os mesmos fins que eu sempre usei.
-Levar mulher. Conclui e ele afirmou com a cabeça. -Ele pode continuar sendo usado para os mesmo fins, só que ao invés de um filho que nem temos levar mulheres, nossa filha que já temos poderia levar os namorados.
-Tá de brincadeira né?
-Porque estaria?
-Primeiro, porque nossa filha não vai namorar e segundo, porque não vou deixar ela sair de casa pra morar sozinha. Disse decidido.
-Conversamos sobre isso daqui uns anos. Brinquei e ele fechou a cara fingindo estar bravo.
...
Acordei e não encontrei Luan na cama, decidi ficar mais um pouco deitada e depois iria ver onde ele estava, não precisei, pois logo ele saiu do banheiro enrolado em uma toalha.
-Eu posso acordar com essa visão todos os dias. Disse e ele me encarou secando os cabelos.
-Tô gostoso né?
-Tá amor, você tá. Ri de seu convencimento. -O que vamos fazer agora?
-Você vai levantar, tomar um banho e ficar bem linda, ou melhor, mais linda.
-E posso saber porque tudo isso? Perguntei me sentando na cama.
-Porque vamos receber visitas.
-Pensei que tivesse vindo pra cá pra descansar.
-E vim! Mas como vamos embora amanhã, vou fazer um churrasco hoje e vem um pessoal ai.
-Que pessoal? Perguntei intrigada.
-O pessoal da banda, uns amigos e acho que a Bruna também chamou umas amigas.
-Hum. Então vou tomar um banho, colocar o menor biquíni que eu tiver na mala e grudar no seu pescoço. Me levantei e o abracei por trás.
-A parte de grudar em meu pescoço eu até gostei, já essa do menor biquíni que você tiver na mala pode eliminar.
-Mas nem pensar. Sei que esses seus amigos devem trazer umas amigas que também vão trazer umas amigas, ai já viu.
-Você não precisa disso amor. É linda até de burca.
-Cala boca. Lhe dei um tapa no braço e fui tomar meu banho. Essa história de churrasco não me agradou muito, pois tinha vindo pra cá pra curtir meu namorado e minha filha e não um monte de gente que nem conheço direito. Mas levei em conta pois ele deve ter planejado tudo isso sem saber que eu viria.
Terminei meu banho e decidi não colocar biquíni, procurei algo fresco que pudesse usar pra curtir o momento e me vesti.
Desci e encontrei os três tomando café.
-bando de gordo, nem me esperaram. Disse dando um beijo em minha filha.
-Você demora muito pra se arrumar. Luan reclamou.
-Não mais que você. Me defendi me sentando ao seu lado e ele fez careta.
-Me diz que não tem um biquíni minusculo ai por baixo dessa roupa? Ele perguntou baixinho em meu ouvido.
-Eu não estou de biquíni. Respondi no mesmo tom que ele e sorri.
-Não? Perguntou espantado e eu ri.
-Você tá linda mamãe. Malu disse com a boca cheia de pão de queijo.
-Engole a comida, depois você fala. Luan a encarou rindo.
-Porque não colocou biquíni? Bruna perguntou parecendo estar ouvindo nossa conversa "particular".
Não tô afim de ficar na piscina, então não vi necessidade de colocar biquíni. Respondi.
-Graças a Deus. Luan levantou as mãos pro alto, acho que agradecendo.
-Depois se eu mudar de ideia subo e coloco. Disse o encarando.
-Você não vai mudar de ideia amor, tá tão linda assim. Terminamos nosso café, e enquanto Luan arrumava as coisas pro churrasco, eu tentava ajudar Bruna com o almoço.
-Um dia eu aprendo. Brinquei.
-Faz um curso ué. Com força de vontade não fica tão difícil de aprender. Bruna me encorajou.
-Vou pensar nessa possibilidade.
-Você e o Luan estão bem não estão?
-Estamos. Respondi sentindo um pouco de preocupação em sua voz.
-Que bom! Eu só espero que ele não se zangue comigo.
-O que você fez? A encarei.
-Eu chamei a Cela e o Renan pra virem.
-E porque o Luan se zangaria com isso?
-Porque o Léo também vem. Fez careta.
-Prevejo um temporal.
-Não tive como evitar amiga. Eu tô mesmo pensando em investir nele.
-Vocês já ficaram?
-Nós saímos uma vez.
-Ele vai ter que aceitar então.
Fiz o que podia pra ajudar Bruna, com o tempo algumas pessoas começaram chegar e agradeci milhões de vezes por Simone não poder vir, ela estava enrolada com as coisas da faculdade e eu rezei pra que ela continuasse assim.
Esse ficou grande pra compensar os dias sem capitulo.
Graças a Deus esses dois se entenderam. Será que vai correr tudo bem nesse churrasco?
Bem vindas leitoras novas.
Francisca Aline LS Santana Vc gostava da Lívia e eu gostei da sua ideia. Quem sabe aproveito ele. vamos ver.
Os dias que passei em Nova Iorque poderiam ter sido perfeitos, se não fosse o fato de não ter falado com Luan desde a nossa discussão, fora isso, correu tudo bem, tão bem que poderia voltar pra casa antes do tempo previsto, já que tínhamos conseguido providenciar tudo que precisávamos. O pessoal que foi comigo decidiu ficar o resto dos dias que teríamos ali, mas como eu não estava em clima de curtição, decidi voltar pra casa.
-Sério que você já está voltando? Bruna se animou assim que disse a ela que voltaria pra casa. Apesar de não ter ligado nem mandado mensagem pra Luan nenhum desses dias, tinha que manter um contato com Bruna por conta da minha filha.
-Sério Bru, já terminamos o que tinha pra fazer aqui.
-Que ótimo então, vem pra ficar com a gente?
-Não sei não Bru, o clima entre seu irmão e eu não está dos melhores. Suspirei.
-Por isso mesmo. Você e assim vocês conversam e resolvem de uma vez esse assunto.
-Não sei Bruna, quando eu chegar em casa, penso no assunto.
-Eu nunca vi duas criaturas tão cabeça dura quanto vocês. nenhum dos dois quer dar o braço a torcer, assim fica difícil. Reclamou.
-Eu vou pensar tá Bru? Ri com seu nervosismo. -E como está minha filha?
-Tá brincando com o Pi e o Puff lá fora.
-Dá um beijão nela ai por mim tá?
-Dou sim. E não vai mandar nenhum beijo pro seu namorado?
-Não Bruna, não vou mandar beijo nenhum pra ele. E não fala pra ele sobre eu ir ficar com vocês tá, vai que ele cria uma expectativa e eu não vou.
-Eu não vou contar não, assim ele fica surpreso quando você chegar.
-Se eu for Bruna, se eu for. Conversamos mais um pouco e desliguei.
...
Cheguei em casa exausta e agradeci por Neide não estar, precisava ficar um pouco sozinha e colocar as ideias no lugar. A ideia de ir pra chácara me perturbava a cada instante mas o medo de chegar lá e Luan me ignorar era maior. Tomei um banho e me joguei na cama.
Fechei os olhos na tentativa frustrada de dormir e relaxar um pouco, mas era impossível, a imagem de Luan não saia da minha cabeça e lembranças dos momentos que tivemos juntos vieram a tona.
Flashback on
-Oi. Um cara disse próximo a mim. E na minha situação não podia identificar quem era.
-E ai. Disse sem me importar.
-O que uma moça linda como você faz aqui sozinha?
-Valeu pelo moça. Ri. E o que eu poderia estar fazendo no bar de uma boate?
-Ah claro! Ele riu sem graça e pra falar a verdade eu queria mais é que ele calasse a boca. -É...você tá sozinha?
-Vem cá. O olhei. -Eu sei muito bem o que você tá querendo e por enquanto eu não tô afim. Eu cheguei faz pouco tempo, quero beber e me divertir. Quando eu não estiver mais aguentando e se eu não encontrar algo melhor que você eu te procuro. Lucy me entregou minha bebida e eu sai dali deixando o babaca de boca aberta.
Ri me lembrando do dia que nos conhecemos, de como terminou aquela noite e de tudo o que aconteceu depois que sai daquele apartamento.
-Eu passei mal outra vez. Olhei pra ela.
-Isso que dá ficar bebendo desse jeito.
-Marcela, quantos dias faz que eu não bebo?
-Não sei.
-Desde que minha avó morreu. Tomei aquele porre no dia e nunca mais bebi nada.
-E porque você passou mal então?
-Eu fui no médico. Abaixei a cabeça.
-E o que ele disse? Permaneci em silencio e de cabeça baixa. -O que você tem Jéssica? Pelo amor de Deus me diz que você não está com nenhuma doença grave. Se levantou desesperada. Respirei fundo e olhei pra ela.
-Eu tô grávida. Deixei as lágrimas caírem.
Foi ai que minha vida mudou, decisões e mais decisões precisaram ser tomadas e não me arrependo de nenhuma delas.
-Eu sei que você vai ficar chateada comigo, mas eu preciso te perguntar uma coisa.
-Pergunta.
-Você sabe quem é o pai dessa criança?
-Claro que eu sei. Disse e ela ficou me olhando. -Mas isso não vem ao caso. Ele nunca vai saber que essa criança existe.
Acho que essa foi a única falha que tive em toda essa história, tentar esconder de Luan que ele tinha uma filha não foi a melhor ideia, mesmo porque precisaria de sua ajuda pra dar inicio a minha nova vida.
-Tá fazendo o que? Marcela perguntou me olhando arrumar minhas malas.
-Eu tomei uma decisão. Disse.
-Que decisão?
-Eu vou me internar.
A decisão mais certa e ajuizada que tomei em toda minha vida foi me internar naquela clinica, por mais que tenham sido dias horríveis e dolorosos pra mim, foram necessários pra minha recuperação, e poder estar aqui hoje, podendo ver o sorriso da minha filha recompensa qualquer coisa que tenha passado naqueles dias.
Lembrei de como nos reencontramos, de quando ele descobriu que eu era a mãe de Malu, de como eu ficava tremula cada vez que ele se aproximava de mim, da primeira vez que transamos depois do nosso reencontro e de como foi nossa convivência até os dias de hoje.
-Como você pode ser tão insuportável? O fuzilei e ele já estava perto de mim outra vez.
-E como você consegue ser tão insuportavelmente...linda. Sua respiração já estava mais fraca e quando me dei conta nossos corpos estavam colados, uma de suas mãos estava em minha cintura e com a outra me puxou pela nuca me beijando em seguida. Confesso que na hora me deu vontade de empurrá-lo e encher sua cara de tapas, mas meu corpo estava travado ali, presos por seus braços e por um instante achei que poderia ficar ali pra sempre. Ãn...Como assim Jéssica? Num choque de realidade o empurrei e em seguida virei a mão em sua cara.-Idiota! Se você tem amor a sua vida, não encosta em mim nunca mais.
-Ah qual é Jéssica? Vai dizer que não gostou?
-Claro que não! Você é um escroto, imbecil.
-Não foi o que pareceu quando você enfiou a língua na minha boca.
O fato da nossa relação ter começado de uma maneira errada não diminui a intensidade de tudo o que sento por ele e sei que ele também nutri por mim o mesmo sentimento.
Flashback off
Sabia que não conseguiria dormir com todas aquelas coisas invadindo meus pensamentos então, então depois de todas essas lembranças e de tudo que passamos decidi que não iria deixar qualquer coisa ou qualquer pessoa nos atrapalhasse assim. Fui até o closet e peguei uma mala pequena, coloquei algumas peças de roupa e decidida a colocar um ponto final nessa briga, consegui relaxar um pouco.
...
Acordei disposta, tomei um banho e me vesti.
Chamei um taxi e enquanto esperava tomei um cafe básico.
...
Por sorte consegui um voo pra daqui 15 minutos e assim que decolei, rezei pra que conseguisse resolver de vez essa situação com Luan, não estava mais aguentando essa distancia. Peguei um taxi assim que sai do aeroporto e o coração acelerava a cada quilometro que me aproximava daquela chácara.
Assim que o taxi parou no portão que dava entrada me desesperei, não sabia qual seria a reação de Luan quando me visse e isso me apavorava. Liguei pra Bruna e pedi que ela viesse me buscar na porta.
-Eu sabia que você viria. Ela disse me abraçando empolgada.
-Cadê a Malu?
-Tá dormindo. Bruna disse enquanto caminhávamos para dentro da casa. -Não vai perguntar do seu namorado? Me encarou rindo.
-Não enche Bruna, eu sei que ele está com raiva de mim.
-E você veio aqui pra mudar isso não foi?
-Eu vim tentar.
-Isso já é alguma coisa.
-Bruna olha a Malu pra mim...Luan veio da cozinha de cabeça baixa e parou de falar quando me viu.
-Oi Luan.
-Oi. Disse seco. -Eu vou tomar banho. Se a Malu acordar pega ela pra mim Bruna? Luan me encarou e subiu.
-Viu? Encarei Bruna. -Ele ainda está com raiva.
-Vai lá falar com ele.
-Não, eu vou embora.
-Cala a boca e vai logo lá. Ela me empurrou, a olhei feio, suspirei e subi.
Tinha ido apenas uma vez na chácara mas lembrava detalhadamente o caminho do quarto dele, a porta estava entre aberta e quando entrei ele estava dedilhando algo no violão.
-Não vai falar comigo?
-O que você quer que eu fale? Disse sem me olhar e continuou o que fazia.
-Luan me desculpa. Eu não aguento mais ficar nessa situação.
-Situação essa que você mesma criou.
-Não sozinha.
-Tudo começou com suas crises de ciume e só complicou quando descobri que você mentiu pra mim. Me olhou enfim.
-Eu não menti pra você Luan.
-Mas omitiu o fato de ter namorado o irmão da Marcela.
-Não acredito que isso seja motivo pra toda essa raiva.
-E porque não me contou?
-Porque não vi necessidade nisso. Nosso namoro acabou a tanto tempo.
Não queria continuar com aquela discussão ou então só pioraria tudo aquilo que eu queria que se resolvesse. -Luan eu não quero mais brigar, eu vim aqui pra resolver de vez isso tudo. Pedir desculpas por ter sido tão insegura em relação a Simone.
-Porque você veio?
-Eu já disse, vim resolver isso tudo. Suspirei e ele soltou o violão me encarando. -Eu não via a hora de poder voltar daquela viagem e poder encontrar você de novo.
-Porque não me ligou?
-Talvez pelo mesmo motivo que você não me ligou. Indaguei.
-Dois cabeças duras, como diz a Bruna. Ironizou ele.
-E como alguém tinha que dar o braço a torcer, decidi ser eu. Disse um pouco mais aliviada vendo que talvez aquela discussão estivesse terminando.
-Poderia ter feito isso antes. O encarei e pude ver que ele mantinha um sorriso tímido nos lábios, e como eu estava com saudade daquelas covinhas. -Vem aqui. Chamou e eu me sentei em seu colo. -Não vamos deixar as pessoas nos afastar dessa forma nunca mais ok? Brincou com meus cabelos.
-Desde que não seja pessoas querendo se apossar do que é meu, posso pensar no caso.
-E eu sou seu?
-Me diz você. Disse e ele riu malicioso.
-Eu sou sim!
-Todinho? Perguntei no mesmo tom que ele.
-Inteiramente! Concluiu e me beijou.
E como eu estava com saudade daquele beijo, daqueles toques em meu corpo. Continuaria ali por horas intermináveis se não fosse o fato de notar Bruna parada na porta do quarto.
-Desculpa incomodar mas tem uma criança nessa casa exigindo a presença do pai no quarto. Ela disse descaradamente.
-E você não podia resolver esse assunto pra eu poder resolver esse aqui? Luan disse aparentemente nervoso e eu ri me levantando de seu colo.
-Nós já resolvemos o que tinha pra resolver.
-Resolvemos metade. Me olhou incrédulo e Bruna ria.
-Mas tarde nós terminamos com isso Lu.
-Afe, me poupem vocês dois. Bruna reclamou e ouvimos Malu chamar Luan do outro quarto.
-Vamos lá ver o que ela quer. Chamei e ele se levantou bufando.
Seguimos para o quarto de onde Malu gritava e quando ela me viu correu para meus braços.
-Que saudade que eu tava da minha princesinha. Me abaixei ficando de sua altura e a enchi de beijos.
-Eu também tava com saudade mamãe. Ela me apertou no abraço.
-Porque estava me chamando? Luan perguntou ainda emburrado.
-Você disse que a gente ia fazer piquenique na piscina quando eu acordasse, eu já acordei. Malu disse encarando o pai.
-Podia ter acordado um pouco mais tarde né?
-Luan. O encarei rindo e ele bufou.
-Papai? Malu o encarou também.
-Tá bom filha. Suspirou. -Pega suas coisas e desce que eu sua mãe já vamos. Saímos do quarto de Malu e voltamos para o quarto de Luan.
-O que foi agora? Perguntei.
-Tem certeza que a gente não pode resolver aquele assunto agora? Me puxou pela cintura.
-Não Luan. Você deve um piquenique pra sua filha.
-Mas eu não sabia que você viria. Fez bico.
-Mesmo assim. Eu estou aqui agora não estou? Mas tarde a gente resolve isso.
-Vai ter que fazer o que eu quiser.
-Tudo que você quiser amor. Zombei rindo e nos beijamos.
-Vamos descer? Luan me puxou e eu prendi o pé no lugar. -O que foi?
-Eu acabei de chegar, deixa eu tomar um banho e colocar uma roupa mais fresca? Pedi e depois de me dar um selinho ele saiu do quarto. Tomei um banho rápido só pra relaxar da viagem e depois de fuçar na mala, encontrei algo apropriado para a ocasião.
Desci e eles já estavam arrumando as coisas perto da piscina.
-Vem mamãe. Malu chamou assim que me avistou e Luan olhou em minha direção.
-Cadê a Bruna? Perguntei me sentando.
-Já vem. Luan respondeu e me encarou.
-O que foi? Perguntei.
-Você é tão linda.
-Para de ser bobo. Ri sem jeito. É, ele conseguia me deixar assim. Bruna chegou com Puff e se juntaram a nós. Tivemos uma tarde muito gostosa, curtindo aquele clima gostoso que estava e comendo as delicias que Bruna havia providenciado para aquela ocasião.
-Tô pensando em tomar umas aulinhas de culinária com você. Encarei Bruna que riu da minha cara.
-Seu pai não é chefe de cozinha?
-É, mas nossa relação não é lá das melhores. Dei de ombros e pra falar a verdade nem lembro mas quando foi a ultima vez que tive noticias dele ou do meu irmão. Malu começou correr atrás de Puff pelo quintal o que acabou lhe rendendo um joelho ralado devido um tombo que levou.
-Quem mandou ficar correndo? É nisso que dá. Luan brigava com ela.
-Mamãe, tá doendo. Ela continuava com a manha.
-Eu já passei remédio filha, daqui a pouco passa. Fiquei no sofá com ela em meu colo até esquecer a dor e começar suas estrepolias pela casa novamente.
...
A noite Malu insistia pra dormir comigo e Luan, eu até concordei, mas Luan tinha outros planos e acabou "convencendo" nossa filha dormir coma tia.
Luan foi beber agua antes de subir e eu pedi que ele levasse um copo pra mim no quarto.
-Porque não foi beber agua na cozinha? Perguntou entrando e me entregando o copo.
-Porque meu remédio estava aqui em cima. Disse e tomei meu remédio.
-E porque você tá tomando remédio? Tá doente?
-Não.
-E porque então? Me encarou pegando a caixinha que estava em cima da mesinha. -Desde quando você toma anticoncepcional?
-Desde a minha última visita na ginecologista.
-E posso saber porque?
-Como porque? Ri. -Porque uma mulher tomaria anticoncepcional?
-Você não quer mais ter filhos?
-Quero, claro que quero. Mas não agora.
-Ah que pena. Fez bico e eu lhe dei um selinho que logo ele fez o favor de intensificar.
-Coitada da menina, custava deixar ela dormir com a gente? Entrei no quarto rindo de sei desespero por sexo.
-Coitado de mim você quis dizer. Se defendeu e ali naquele quarto, podemos matar a saudade que estava quase me matando.
-Lu? Chamei depois de um tempo me recuperando, deitada em seu peito.
-Fala!
-Antes de vir pra cá, eu fiquei em casa pensando em como tudo isso começou e sabe do que me lembrei? Levantei um pouco a cabeça para olhá-lo.
-O que? Ele continuava fazendo carinho em meus cabelos.
-Do seu apartamento. Ri.
-O que tem meu apartamento?
-Você ainda tem ele?
-Tenho porque?
-E você tem ido muito lá?
-Não. Nem me lembro quando foi a ultima vez que fui lá. Porque?
-Por nada! Tentei desconversar, mas tinha um interesse em saber se ele ainda possuía aquele apartamento por saber que ele ia lá quando ficava com alguém.
-Eu ia muito lá quando saia a noite.
-Ai sempre levava alguém pra lá com você pra encerrar a noite.
-E você foi um delas. Riu.
-Pois é.
-Tá preocupada com alguma coisa? Parou os carinhos em meus cabelos e me encarou.
-Não! Só perguntei por perguntar.
-Eu não tenho mais motivos pra levar ninguém naquele apartamento, a não ser você claro! E já disse que faz tempo que não vou lá.
-E por que não vende?
-Vender? Acho que não.
-Se você não vai mais lá, porque continuar com ele?
-Pretendo deixar de herança pro nosso filho.
-Pra nossa filha você quis dizer?
-Não pro nosso filho mesmo, eu tinha uns planos mais você tomando esse remédio atrapalhou tudo. Riu.
-Você estava tentando me engravidar senhor Luan Rafael? O encarei.
-Digamos que eu não estava me preocupando com certas coisas.
-Então, ainda bem que comecei me prevenir logo.
-Vai saber eu consegui antes de você começar tomar?
-Sinto em lhe informar, mas não conseguiu nada. Vai ter que deixar o apartamento pra Malu.
-Mas nem pensar.
-Porque não?
-Porque aquele lugar vai continuar sendo usado para os mesmos fins que eu sempre usei.
-Levar mulher. Conclui e ele afirmou com a cabeça. -Ele pode continuar sendo usado para os mesmo fins, só que ao invés de um filho que nem temos levar mulheres, nossa filha que já temos poderia levar os namorados.
-Tá de brincadeira né?
-Porque estaria?
-Primeiro, porque nossa filha não vai namorar e segundo, porque não vou deixar ela sair de casa pra morar sozinha. Disse decidido.
-Conversamos sobre isso daqui uns anos. Brinquei e ele fechou a cara fingindo estar bravo.
...
Acordei e não encontrei Luan na cama, decidi ficar mais um pouco deitada e depois iria ver onde ele estava, não precisei, pois logo ele saiu do banheiro enrolado em uma toalha.
-Eu posso acordar com essa visão todos os dias. Disse e ele me encarou secando os cabelos.
-Tô gostoso né?
-Tá amor, você tá. Ri de seu convencimento. -O que vamos fazer agora?
-Você vai levantar, tomar um banho e ficar bem linda, ou melhor, mais linda.
-E posso saber porque tudo isso? Perguntei me sentando na cama.
-Porque vamos receber visitas.
-Pensei que tivesse vindo pra cá pra descansar.
-E vim! Mas como vamos embora amanhã, vou fazer um churrasco hoje e vem um pessoal ai.
-Que pessoal? Perguntei intrigada.
-O pessoal da banda, uns amigos e acho que a Bruna também chamou umas amigas.
-Hum. Então vou tomar um banho, colocar o menor biquíni que eu tiver na mala e grudar no seu pescoço. Me levantei e o abracei por trás.
-A parte de grudar em meu pescoço eu até gostei, já essa do menor biquíni que você tiver na mala pode eliminar.
-Mas nem pensar. Sei que esses seus amigos devem trazer umas amigas que também vão trazer umas amigas, ai já viu.
-Você não precisa disso amor. É linda até de burca.
-Cala boca. Lhe dei um tapa no braço e fui tomar meu banho. Essa história de churrasco não me agradou muito, pois tinha vindo pra cá pra curtir meu namorado e minha filha e não um monte de gente que nem conheço direito. Mas levei em conta pois ele deve ter planejado tudo isso sem saber que eu viria.
Terminei meu banho e decidi não colocar biquíni, procurei algo fresco que pudesse usar pra curtir o momento e me vesti.
Desci e encontrei os três tomando café.
-bando de gordo, nem me esperaram. Disse dando um beijo em minha filha.
-Você demora muito pra se arrumar. Luan reclamou.
-Não mais que você. Me defendi me sentando ao seu lado e ele fez careta.
-Me diz que não tem um biquíni minusculo ai por baixo dessa roupa? Ele perguntou baixinho em meu ouvido.
-Eu não estou de biquíni. Respondi no mesmo tom que ele e sorri.
-Não? Perguntou espantado e eu ri.
-Você tá linda mamãe. Malu disse com a boca cheia de pão de queijo.
-Engole a comida, depois você fala. Luan a encarou rindo.
-Porque não colocou biquíni? Bruna perguntou parecendo estar ouvindo nossa conversa "particular".
Não tô afim de ficar na piscina, então não vi necessidade de colocar biquíni. Respondi.
-Graças a Deus. Luan levantou as mãos pro alto, acho que agradecendo.
-Depois se eu mudar de ideia subo e coloco. Disse o encarando.
-Você não vai mudar de ideia amor, tá tão linda assim. Terminamos nosso café, e enquanto Luan arrumava as coisas pro churrasco, eu tentava ajudar Bruna com o almoço.
-Um dia eu aprendo. Brinquei.
-Faz um curso ué. Com força de vontade não fica tão difícil de aprender. Bruna me encorajou.
-Vou pensar nessa possibilidade.
-Você e o Luan estão bem não estão?
-Estamos. Respondi sentindo um pouco de preocupação em sua voz.
-Que bom! Eu só espero que ele não se zangue comigo.
-O que você fez? A encarei.
-Eu chamei a Cela e o Renan pra virem.
-E porque o Luan se zangaria com isso?
-Porque o Léo também vem. Fez careta.
-Prevejo um temporal.
-Não tive como evitar amiga. Eu tô mesmo pensando em investir nele.
-Vocês já ficaram?
-Nós saímos uma vez.
-Ele vai ter que aceitar então.
Fiz o que podia pra ajudar Bruna, com o tempo algumas pessoas começaram chegar e agradeci milhões de vezes por Simone não poder vir, ela estava enrolada com as coisas da faculdade e eu rezei pra que ela continuasse assim.
Esse ficou grande pra compensar os dias sem capitulo.
Graças a Deus esses dois se entenderam. Será que vai correr tudo bem nesse churrasco?
Bem vindas leitoras novas.
Francisca Aline LS Santana Vc gostava da Lívia e eu gostei da sua ideia. Quem sabe aproveito ele. vamos ver.
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