Poderia se passar centenas de anos que eu me recordaria de seu rosto. Ela parece não ter me reconhecido e mesmo com as pernas bambas indiquei que entrasse e se sentasse. Conversamos bastante sobre o tal evento que ela pretendia fazer na minha boate e acabamos fechando negócio, em momento nenhum ela parece ter me reconhecido, provavelmente por ter se passado muitos anos e eu não conseguia tirar a atenção de seus belos olhos verdes. Como pode essa mulher ter significado tanto em minha vida e hoje não consigo sentir nada além de raiva. Sei que é um sentimento ruim mas não tinha como evitar. Eu era uma criança quando ela me abandonou sem dar nenhuma explicação. Eu não tinha nenhuma dúvida de quem ela era mas tudo foi confirmado quando ela me entregou o papel com sua assinatura. Fiquei encarando aquele papel por um tempo até me lembrar que eu também precisava assinar a cópia que ficaria com ela. Depois de entregar o papel a ela percebi seus olhos se arregalarem. Agora sim tudo seria esclarecido. Ela soltou o papel rapidamente na mesa e se levantou na mesma velocidade.
-Jé...Jéssica? Me encarava e eu tive que me levantar.
-Demorou pra reconhecer sua própria filha dona Alessandra.
-Eu...eu não acredito. Eu esperei tanto por esse momento.
-Esperou? Ironizei. -Você foi embora sem dar nenhuma explicação, sumiu por anos, nunca se preocupou em ligar e agora vem me dizer que esperou por esse momento.
-Eu tenho tanta coisa pra te explicar minha filha.
-Eu não quero suas explicações, eu não quero nada de você.
-Me deixa explicar minha filha, por favor?
-Explicar o que? Que você tinha uma vida maravilhosa, um marido que te amava, dois filhos que até então parecia que você também amava e sem mais nem menos você vai embora deixando apenas um bilhete dizendo que cansou? Desculpa mas não preciso dessas explicações.
-As coisas não aconteceram exatamente dessa forma Jéssica. Minha vida não era tão maravilhosa e seu pai não me amava tanto quanto aparentava.
-Isso não justifica você abandonar seus filhos.
-Você suportaria sustentar um casamento sabendo que seu marido te trai diariamente e faz questão de jogar isso na sua cara?
-Seu casamento ser um fracasso também não justifica largar seus filhos. Queria ir embora? Ok! Mas porque não nos levou com você?
-Eu estava saindo de casa sem nem saber pra onde eu iria, sem dinheiro e sem trabalho como eu levaria você e seu irmão?
-Porque não voltou pra buscar a gente depois que se estabilizou? Ela ia se explicar mas a interrompi. -Quer saber? Não precisa me explicar nada. Já disse que não quero suas explicações e eu não tenho mais tempo pra isso. Se não for pedir demais será que a senhora pode ir embora. Eu preciso buscar minha filha na escola. Voltei me sentar e arrumar umas coisas na bolsa.
-Sua filha? Quer dizer que eu sou avó? Perguntou emocionada. Me levantei não aguentando mais aquela conversa e abri a porta.
-Nem mãe você é, como pode querer ser avó. Cuspi as palavras e indiquei que ela saísse. Fechei a porta e se eu não fosse forte o suficiente já teria deixado as lágrimas me vencerem. Nunca fui de chorar por qualquer coisa e não seria isso que me faria chorar, por mais que tivesse esperado por anos que ela voltasse nada justificaria ela ter ido embora da maneira que foi e hoje não sou mais uma criança, nada do que ela disser vai me fazer fraquejar. Já fui fraca demais na vida e não ganhei nada com isso.
Arrumei minha bolsa, desliguei o computador e fui buscar Malu na escola. Ela saiu toda saltitante e pulou em meu colo.
-Oi meu amor, quanta alegria. Disse a enchendo de beijos.
-Olha o que a professora me deu. Ela disse mostrando uma estrelinha em seu caderno enquanto eu a colocava na cadeirinha.
-Que lindo meu amor, mas porque você ganhou isso? A encarei.
-Porque eu pintei meu desenho bem bonito.
-Ah que bom. Parabéns meu amor. Dei partida no carro e seguimos pra casa. Pedi que Neide colocasse a mesa do almoço e subi pra dar um banho em Malu.
[...]
Luan estava em turnê e não tinha noção de quando voltaria pra casa, Malu sentia falta, reclamava da ausência do pai mas nunca mais ficou doente ou deu piti por causa disso.
-Mamãe. Ela entrou no meu quarto enquanto eu me arrumava pra ir trabalhar.
-Oi princesa.
-A tia Cela pode vir dormir comigo hoje?
-Eu não sei princesa. Ri.
-Mas eu queria que ela ficasse comigo hoje. A Neide cansa muito rápido das brincadeiras. Reclamou e eu tive que rir dela.
-Eu vou ligar pra ela e você pergunta tá bom?
-Tá! Ela comemorou.
Liguei pra Marcela que logo atendeu e Malu tomou o celular da minha mão. Enquanto elas conversavam eu terminava de me arrumar, depois de poucos minutos malu me entregou o celular.
-E ai? Ela vem?
-Vem! Eu vou pro meu quarto separar as bonecas. Ela pulou da cama e correu pro seu quarto. Estava finalizando minha maquiagem quando Marcela apareceu.
-Nossa veio voando? Zombei.
-Minha princesa me chama e eu tenho que vir correndo.
-E que milagre é esse você não está grudada com seu namorado?
-Ele tá viajando e nós estamos brigados. Fez bico.
-Eu vou querer saber porque?
-Não é nada demais, briguinha boba logo a gente resolve.
-Acho bom. Não quero meu casal preferido brigados.
-E você? Tem alguma coisa pra me falar? Me encarou como se soubesse de alguma coisa. Coloquei as maquiagens de lado e fui me sentar ao lado dela na cama.
-Adivinha quem apareceu hoje lá na boate?
-Não sei! Pra você estar com essa cara talvez o seu irmão.
-Não!
-Pra ser tanta surpresa assim...ela pensou por uns segundos. -A Lívia?
-Errou feio.
-Fala logo então.
-Minha mãe. Disse e ela parece ter ficado em choque e depois de mais alguns segundos voltou a si.
-Mentira? Como ela foi parar lá? Como ela sabia que você era dona da boate?
-Ela não sabia. Um pessoa entrou em contato comigo querendo alugar a boate pra promover uma despedida de solteiro sei lá, ai eu marquei de algum representante ir me procurar na boate e quando a pessoa abre a porta dou de cara com ela.
-E como foi? Você deveria estar feliz por isso.
-Deveria Marcela? Porque?
-Como porque amiga? Você esperou tanto por esse momento.
-Eu cansei de esperar por esse momento isso sim.
-Você não está feliz por ela ter voltado?
-Não sei! Eu tô confusa. Tô com raiva ainda de todas as lembranças que voltaram.
-Eu só acho que você deveria dar uma oportunidade pra ela se explicar.
-E eu acho que o que ela fez não tem explicação. ME levantei um pouco irritada e cansada daquele assunto. Malu entrou no quarto já enchendo Marcela com seus brinquedos, terminei de me arrumar e depois de jantarmos fui pra boate. A noite estava muito tranquila, apesar da boate estar lotada. Segundo Rodrigo, o chefe de segurança, dois caras arrumar confusão mas já estava tudo sob controle. Fiquei na minha sala organizando uns papéis e tentando fechar mais uns eventos que seriam feitos. Peguei meu celular pra tentar ligar pro Luan e havia uma notificação de uma publicação dele em seu instagram. Entrei pra ver e era uma foto dele em algum lugar com os amigos, curti só pra ele saber que eu estava vendo. Sai do instagram e decidi não ligar mais. Não fiquei na boate até fechar, estava com um pouco de dor de cabeça, talvez devido aos últimos acontecimentos. Cheguei em casa e Malu dormia com Marcela na sala. Peguei minha filha para levar para o quarto pois ela estava toda torta.
-Já chegou? marcela despertou.
-Sai mais cedo.
-Essa danadinha me deu uma canseira. Marcela se espreguiçou.
-Deu pra perceber. Disse me referindo a bagunça que estava na sala. -Vamos subir, tô morrendo de dor de cabeça.
Deixei Malu em seu quarto e Marcela foi para um de hospedes. Tomei um banho e depois de tomar um remédio capotei na cama.
[...]
Luan voltaria para casa hoje e apesar da saudade estava chateada por ele ter saído com os amigos sem me avisar. Resolvi não ir trabalha pra poder estar em casa quando ele chegasse, Neide preparou para o jantar muitas coisas que Luan gostava e eu achei engraçado ela querer agradar ele. já passava das oito da noite e nada do Luan aparecer, ligava em seu celular e só dava na caixa postal, desisti de esperar e fui jantar com Malu, se eu estava com raiva por ele ter saído agora eu mataria ele quando aparecesse em minha frente. Terminamos de jantar e eu fui tentar distrai malu de alguma forma pra que ela não ficasse me perguntando do pai. Liguei mais duas vezes e não tive resposta. Malu acabou adormecendo e eu a levei para o quarto. Fiquei virando de um lado para o outro, nervosa e ao mesmo tempo preocupada, mas como dizem, noticia ruim chega logo. Acabei perdendo a noção do tempo e cai no sono.
Acordei cedo, tomei um banho e resolvi levar Malu pra dar uma volta no shopping. Terminei meu banho e me vesti.
Fui no quarto acordar Malu mas ela não estava mais lá, desci e ela estava na sala assistindo tv.
-Bom dia meu amor. Me sentei perto dela e lhe dei um beijo.
-Bom dia mamãe. Você vai sair? Me encarou.
-Nós vamos sair.
-Pra onde a gente vai? Ela se sentou animada.
-No shopping. Você já tomou café?
-Já!
-Então eu vou falar pra Neide ir te arrumar e vou comer alguma coisa. Enquanto Neide arrumava Malu eu fui tomar café, tentei mais uma vez ligar pro Luan, sem sucesso e minha raiva aumentava cada vez mais. Malu terminou de se arrumar e nós fomos. O dia foi bastante agradável, Malu não ficou Perguntando do pai e era exatamente essa a intenção, não saberia o que dizer quando ela inventasse de perguntar por ele. Levei ela no parque que havia ali no shopping, almoçamos ali mesmo e tomamos sorvete, o que deixou ela mega feliz. Depois de dar mais umas voltas e comprar algumas coisas, voltamos pra casa. Luan estava esparramado no sofá.
-Papai! Malu correu pro colo dele e eu subi direto pro quarto. Estava colocando as sacolas no closet quando ele entrou com Malu no colo.
-O que você tem? Perguntou sínico.
-Nada!
-E porque não falou comigo?
-Porque eu não tenho nada pra falar com você. Você tem alguma coisa pra falar comigo? O encarei.
-Eu sei que você tá com raiva porque eu sai. Ele colocou Malu no chão e ela foi brincar com alguma coisa.
-Eu não estou com raiva porque você saiu, estou com raiva porque você não me avisou.
-Desculpa!
-Simples assim né? Sai do closet e ele veio atrás. -E porque não veio pra cá ontem? Não atendeu minhas ligações?
-O Dudu me ligou pedindo que eu fosse no estúdio resolver umas coisas e...
-E você ficou a noite toda lá?
-Não mas não quis vir pra muito tarde porque sabia que a gente ia acabar brigando. E eu não quero brigar com você. tentou se aproximar de mim mas eu não deixei. -Jéssica?
-Não tô afim de chamego Luan. Sai do quarto.
Passei o dia inteiro de cara virada pro Luan e ele ficou brincando com Malu, que se divertia horrores na presença do pai. Já estava anoitecendo, e eu fui me arrumar pra ir pra boate.
-Eu pensei que você fosse ficar aqui hoje.
-E eu pensei que você viria pra ontem.
-Eu já pedi desculpas amor. Fica em casa hoje comigo e com nossa filha? Vamos sair pra jantar?
-Eu fiquei em casa ontem esperando por você, a Neide fez seus pratos preferidos toda animada e você não apareceu.
-Tudo bem, eu desisto! Ele disse e saiu bravo do quarto. Terminei de me arrumar e depois de jantar, sai.
Poderia até estar pegando pesado com Luan mas sei que ele faria pior se fosse o contrário. Não tinha muita coisa que se fazer na boate mas decidi ficar bastante tempo pra não ter que voltar pra casa e brigar com Luan. Estava indo para o estacionamento quando fui abordada por alguém.
-Davi? O encarei enquanto ele segurava meu braço.
-Quanto tempo amorzinho. Sorriu.
-O que você quer? Eu preciso ir embora.
-Relembrar os bons momentos quem sabe?
-Deixa de ser idiota Davi.
-Ah Jéssica, vai dizer que não tivemos bons momentos juntos?
-Eu era uma idiota isso sim. Mas graças a Deus mudei e você deveria fazer o mesmo.
-Eu estou bem como estou gata. E o tempo só te fez bem.
-Obrigada e agora eu preciso mesmo ir.
-Bons tempos quando você não tinha responsabilidades e podia passar dias foras de casa.
-Pois é, mas agora eu tenho. Deixei ele ali e fui pra minha casa. Luan e Malu já dormiam e fui fazer o mesmo.
-Jéssica acorda! Luan me chacoalhava. -Acorda amor. Ele parecia tão desesperado que eu acabei despertando assustada.
-O que foi? Aconteceu alguma coisa.
-Vamos descer pra tomar café.
-Porra Luan! Pensei que estivesse acontecendo alguma coisa. Me deitei novamente.
-Vamos descer, a Malu tá esperando a gente pra tomar café.
-Luan eu tô cansada e com sono, me deixa dormir.
-Toma café e volta a dormir depois. Insistiu e eu respirei fundo.
-Tá bom Luan! Me dei por vencida. Eu vou trocar de roupa e já desço. Fiz minha higienes, coloquei outra roupa e desci. Luan estava na sala e quando me viu se levantou.
-Cadê a Malu?
-Vem! Ele pegou minha mão e saiu me puxando, passamos pela sala de refeições e não tinha nenhum café servido, na cozinha também nada.
-Luan você tá de palhaçada com a minha cara? Eu tô com sono caramba. Reclamei e ele continuou me puxando até chegar na área da piscina e darmos de cara com uma mesa posta linda. Se ele estava tentando fazer as pazes ele conseguiria fácil, fácil, mas não daria o braço a torcer por causa de um café da manhã. -Cadê a Malu? Você disse que ela tava esperando a gente.
-Ela saiu com Neide.
-Luan?
-Vamos tomar café. Em paz. Por favor? Segurou minhas duas mãos e me encarava docemente. Acabei cedendo e deixei que ele selasse nossos lábios, mas foi só um beijo rápido. Ele puxou a cadeira pra mim e depois de me sentar, ele tomou seu lugar. Realmente a mesa estava linda e o dia que fazia contribuiu pra que tudo ficasse ainda mais lindo.
-Posso saber porque tudo isso?
-Se eu disse que é um pedido de desculpas você acredita?
-Acredito! Mas não sei se aceito.
-Poxa amor. Eu só sai um pouquinho com meus amigos, estava de folga, qual o problema?
-O problema é que antigamente qualquer folga que você tivesse, você pegava o avião e vinha pra cá rapidinho, agora além de passar mais de duas semanas viajando, você sai com seus amigos, não me avisa e não atende minhas ligações.
-Eu sei que eu errei mas eu já pedi desculpas.
-Você aceitaria minha desculpas? O encarei.
-Claro que aceitaria. Depois de um tempo, mas aceitaria.
-Pois então. Eu vou te desculpa, só que não agora. Forcei um sorriso.
-O que importa é que você vai me desculpar, eu espero o tempo que for.
-Bom mesmo.
-Só não demora muito tá? Eu viajo daqui dois dias.
-Idiota.
Luan me ajudou levar as coisas pra cozinha e disse que precisava ir em casa buscar umas coisas. Fiquei lavando a louça e a campainha tocou. Estranhei e fui atender.
-O que você quer aqui? Como descobriu meu endereço?
-Eu pedi pra um dos rapazes que trabalha na sua boate.
-O que você quer?
-Jéssica a gente precisa conversar minha filha.
-Eu pensei que já tivesse deixado claro que não quero conversar com você.
-Mas eu sou sua mãe, você tem que me ouvir.
-Minha mãe? Isso não importou pra você quando foi embora.
-Eu sei que você nunca vai me perdoar por isso, mas eu tive meus motivos.
-E eu tenho os meus pra não querer falar com você.
-Você se tornou uma mulher de atitude, forte. Isso me orgulha tanto.
-Eu tive que ser forte, mas nem todo tempo eu fui assim. Disse me lembrando dos tempos difíceis em que me drogava.
-Eu adoraria ouvir sua história.
-Não vai ser possível. Estávamos ainda na porta e avistei Neide chegando com Malu. Ela se soltou das mãos de Neide e correu até onde eu estava.
-Mamãe! Agarrou minhas pernas e eu a peguei no colo, olhei aquela mulher parada na minha frente encarando a pequena garota em meu colo e vi seus olhos se encherem de lagrimas. -Mamãe, quem é? Porque ela está chorando? Malu perguntou curiosa.
-Não é ninguém meu amor. Por favor vai embora.
-Jéssica por favor? Suplicou.
-Eu que te peço por favor, não me procura mais.
-Eu não posso.
-Você pode. Você já fez isso uma vez, não vai ser tão difícil assim. Suas lagrimas continuavam cair pesadas e ela deu as costas indo embora.
Eita que tá tensa a coisa aqui.
Gente mil desculpas pela demora mas não tô tendo muito tempo nem de escrever nem de ler as fanfics ( A FANFIC na verdade né? Só leio Jogo do amor kkkkk) Mas enfim, eu já disse algumas vezes aqui que nunca pensaria em desistir da fic mas confesso que esses dias me passou isso pela cabeça, não por estar desanimada e sim por falta de tempo e as vezes até de criatividade. Mas por não achar justo com vocês resolvi não desistir, mas vcs vão ter que ser pacientes pois o tempo é curto e as ideias poucas, além de paciência gostaria de pedir que mandassem ideias e sugestões, não só pra agora mas também e para o decorrer todo da historia, quando a Malu tiver grande, com a Mãe dela voltando agora enfim, qualquer sugestão será de grande ajuda.
E ai, vcs acham que Jéssica está sendo muito dura com a mãe dela. E só pra lembrar (Davi era o traficante com quem Jéssica comprava drogas)
quarta-feira, 27 de maio de 2015
quarta-feira, 13 de maio de 2015
47
Léo estava na sala sentado em minha cadeira e Lucas (Lucco) estava sentado logo a sua frente.
-Sem escândalo. Cochichei antes de estrarmos. -Oi meninos. Cumprimentei entrando.
-Jéssica? Lucas me olhava.
-E ai. Tudo bem?
-Tudo sim, e com você? E ai Luan? Lucas cumprimentou ele e ele retribuiu.
-Eu estou bem!
-Então vocês já se conhecem? Léo perguntou se levantando.
-De uns tempos já. Lucas respondeu rindo e senti Luan apertar minha mão. -Mas o que você está fazendo aqui? Lucas perguntou.
-Bom! Ri. -Essa boate é minha. Dei de ombros.
-Sério? Se eu soubesse teria vindo aqui antes. Ficamos conversando por um tempo e ele foi se preparar para o show. Luan se sentou no sofá que tinha ali e eu fui ver umas coisas no computador com Léo.
-Então depois eu assino esses papéis. Disse os colocando na gaveta.
-Eu vou indo então que minha loirinha está chegando.
-Passa em casa depois pra gente acertar os dias que você ficou aqui.
-Sem pressa! Ele disse e saiu fechando a porta.
-A loirinha dele por acaso é minha irmã? Luan perguntou ainda sentando.
-Deve ser né amor. Ri. -O que você tem?
-Eu? Nada! Porque?
-Não sei, parece tenso!
-Tem como não ficar estando numa sala com minha namorada e os dois ex dela? Ele disse retoricamente e eu me levantei.
-Não vai ficar assim por causa disso, vai? Me sentei em seu colo e ele depositou sua mão em minha coxa.
-Não! Mas não gosto de imaginar que um dia você esteve nos braços deles.
-Então não imagina amor. Alisei seu cabelo.
-Acha que é fácil? Me encarou.
-Tenta pensar em outra coisa.
-No que exatamente?
-A gente, essa sala, esse sofá, essa mesa. Disse com a voz um pouco sensual.
-Não me provoca morena. Ele disse meio extasiado e apertou minha coxa que antes ele alisava.
-É muito melhor imaginar isso. não é? Passei minha língua em seus lábios e ele respirou fundo.
-Tá tentando se controlar porque bebê? Ri e rebolei em seu colo sentindo sua ereção.
-Porque depois você vai fugir e eu vou ficar aqui nessa situação.
-Situação? Que situação?
-Assim, de pau duro e morrendo de vontade de foder você. Ele respondeu firme e eu me levantei do seu colo.
-Tá bom então. Você quer que eu pare, eu paro.
-Puta que pariu! Ele reclamou.
-Não reclama não porque você que mandou eu parar. Agora vamos que eu preciso falar com o Lucas.
-Precisa? Mas pra que?
-Pra saber se não estão precisando de nada.
-Eu vou com você. Ele disse e continuou sentado.
-Então vamos!
-Me dá uns minutinhos só.
-Pra que Luan? Vamos logo. Pedi impaciente.
-Como pra que? Quer mesmo que eu saia andando por ai de pau duro?
-Nossa! Reclamei. -Então não demora pra se recompor por favor, se não eu vou sozinha. Disse e me sentei.
-Vai ter que esperar o tempo dele agora. Você que me deixou assim, não reclama. Se tá com pressa vem aqui me aliviar então.
-Vai se foder Luan. Joguei um lápis nele.
-Prefiro foder você. Piscou pra mim mordendo a boca.
-Idiota!
Ficamos mais uns minutos ali até Luan se recuperar e fomos até a sala que era usada como camarim. Ficamos conversando com a equipe de Lucas enquanto ele se arrumava. Nos despedimos do pessoal e saímos.
-Podemos ir pro camarote agora? Não quero deixar minha irmã sozinha com aquele cara. Luan disse enquanto andávamos pelo corredor vazio.
-Aquele cara é praticamente namorado dela.
-Foda-se!
-Nossa! Você tá que tá hoje hein? O encarei.
-Você não viu nada amor. Ele me empurrou na parede e juntou seu corpo no meu.
-Luan para! Pode passar alguém aqui.
-Fo...
-Se você falar foda-se mais uma vez eu vou socar sua cara. Disse e ele gargalhou.
-Em casa a gente resolve isso. Ele afrouxou o aperto e nós seguimos nosso caminho.
-Eu preciso falar com o pessoal do bar e da segurança. Vem comigo? O olhei.
-Vou! Ele entrelaçou nossas mãos e seguimos. Fiz o que tinha que fazer e um dos seguranças nos acompanhou até o camarote. Assim que chegamos, encontramos Marcela, Renan, Bruna e Léo. Nos juntamos a eles.
-Sabe, minha amiga viaja, passa dias fora e não me liga, volta e não me avisa. Ótima essa amiga né? Marcela ironizou me encarando abraçada com Renan.
-Ai como ela é carente gente. Apertei sua bochecha.
Ficamos curtindo a baladinha que rolava antes do show até que Lucas subiu no palco.
-Amor pega um energético pra mim. Pedi.
-Agora Jéssica?
-O que que tem Luan?
-Tá eu vou! Ele saiu bufando e Marcela se aproximou de mim.
-Delicia né? Suspirou.
Me assustei pois não tinha visto ela.
-Tá falando de que?
-Não é de que, é de quem. Ela apontou Lucas com a cabeça.
-Cadê seu namorado hein? Deixa ele te ouvir falando isso. Ri.
-Ele foi no bar com o Luan. Mas não muda de assunto não. me encarou.
-Para com isso Marcela.
-O que? Vai cuspir no prato que comeu agora? Ou melhor, que foi comida.
-Não! Mas eu prefiro meu namorado. Dá de dez a zero nele.
-Sério? Me encarou.
-Sér...Sai daqui vai marcela. A empurrei rindo. Luan voltou, me entregou o copo e me virei pra ver o show, ele me abraçou por trás.
-Você tá bem gostosinha sabia. Disse em meu ouvido.
-O que você tem hoje hein? Me virei ficando de frente pra ele e ele apertou minha cintura com a mão livre, com a outra ele segurava um copo.
-Nada amor! Não posso mais falar que minha namorada é gostosa?
-Claro que pode! Mas hoje você tá que tá. Passei meu braços ao redor do seu pescoço.
-É efeito dos dias que dormimos juntos e não fizemos nada.
-E se eu disser que hoje também não vamos fazer nada? O encarei.
-Eu vou fingir que não ouvi. Hoje você não me escapa morena.
-Acha que eu vou tentar escapar de você?
-Nem adianta tentar. Ele disse em meu ouvido. -Não vou deixar! Me encarou e mordeu meu lábio levemente o puxando para um beijo. Sua boca atacou a minha com certa urgência, conhecia muito bem meu namorado e seu fogo, mas hoje ele estava a todo vapor. Ele desceu a mão que estava em minha cintura até meu quadril e desceria mais se não fossemos interrompidos.
-Dá pra fazer isso em casa não? Bruna disse atrás dele e ele parou o beijo. -Ou lá no escritório da Jéssica. Bruna nos encarava divertida.
-Cala a boca Bruna. Luan disse.
-Depois não reclama quando sair nas revistas que você estava transando com sua namorada em público.
-Não tem ninguém transando aqui. Disse.
-Ainda né amiga? Porque do jeito que tava.
-Vai lá com seu namoradinho vai Bruna. Luan enxotou a irmã e ela se foi.
-Você mandando a Bruna ir com o Léo? O encarei. -Tá doente amor? RI.
-Só quero ficar sozinho com você. Me juntou de novo em seu corpo.
-Sozinho é meio difícil. Tá cheio isso aqui.
-Então bora pra casa? Deu um cheiro em meu pescoço e eu arrepiei.
-Não posso ir agora amor.
-Que horas então?
-Hoje eu tenho que ficar até fechar. Fiz bico.
-O que? Porque?
-Luan apaga esse fogo ai vai e vamos curtir o show.
-Você quer mesmo assistir o show dele?
-A gente não tem outra escolha.
-A gente pode ir pra sua sala.
-Porra! O que você tem hein? Me estressei. Parece que tá ligado na tomada.
-Eu só quero fazer amor com minha namorada. Fez bico.
-Aguenta até chegar em casa. O fuzilei agora séria. -E se continuar com graça, nem quando chegar em casa.
-Tá bom amor, eu paro. Ficamos curtindo o show até Lucas se despedir e saiu do palco. O Dj começou tocar outras músicas e o pessoal se espalhou entre a pista e os camarotes. Fiquei dançando com as meninas um pouco até lembra que tinha que ir no camarim falar com Lucas e sua equipe. Ia chamar o Luan pra ir comigo e quando o avistei, Lucas já estava conversando com ele e abraçado com uma loira. Me aproximei deles e Luan passou seu braço por minha cintura me puxando para mais perto dele.
-Estava indo falar com você. Disse.
-Resolvi ficar e curtir um pouco. Lucas respondeu.
Luan conversou um pouco com ele o que demostrava que estava mais a vontade em sua presença, ou será que era por causa da loira peituda? Lucas saiu com sua acompanhante e Luan os seguiu com os olhos.
-Por acaso perdeu alguma coisa na bunda dela? Perguntei e ele me olhou assustado e meio alto já por causa da bebida. -Ou será que foi nos peitos? Porque eu vi muito bem bem você com os olhos arregalados pro decote dela.
-Eu? Claro que não amor.
-Luan, eu vi!
-Você queria que eu fizesse o que? Tava pulando na minha cara.
-A minha mão vai pular na sua cara se você fizer isso outra vez.
-Nossa! Que brava você. Me roubou um selinho e eu lhe dei um tapa no braço. Ficamos na boate até a última pessoa sair, ajudei fechar o caixa e depois saímos.
-Você não precisava ficar até agora. Luan reclamou assim que entramos no carro.
-Não, mas eu quis ficar. Ri.
-Engraçadinha! Pensei que fossemos embora mas ele começou com suas graças.
-O estacionamento tá meio vazio né? Me olhou malicioso.
-E o que que tem isso? Me fiz de desentendida.
-A gente podia pular ali pro banco de trás e dar uma namoradinha. Se aproximou de mim e agarrou meus cabelos com certa força. Falei um "Ai" meio que num gemido fraco pois tinha doído um pouco. -Ou então você podia fazer um agradinho aqui pro seu namorado. Foi a vez dele passar a língua nos meu lábios e aproveitou para colocar minha mão em sua ereção por cima da calça.
-Você tá muito assanhado hoje sabia?
-E você gosta que eu sei. Ele disse com a boca bem próxima a minha.
-Você sabe que sim. Apertei seu pau e ele gemeu baixinho mordendo meus lábios.
Luan invadiu minha boca com a língua e iniciamos um beijo quente, muito quente. Ele subiu sua mão por minha coxa até invadir meu vestido e tocar minha intimidade. Arrepiei com seu toque. Estava prestes a subir em seu colo quando fomos interrompidos por batidas na janela.
-Puta que pariu! Reclamou alto e abaixou o vidro. -Será que eu não posso mais transar com minha namorada em paz? Ri por dentro mas fiquei com vergonha da maneira como ele falou.
-Desculpa senhor! Mas precisamos fechar o estacionamento. Um dos seguranças disse e Luan suspirou.
-Tá lega! Nós já vamos sair. O cara se afastou.
-Amor me deixa dirigir. Pedi antes dele dar partida.
-Eu tô legar Jéssica.
-Eu sei que está, mas você bebeu. Vai que tem uma blitz por ai. Melhor evitar. O encarei.
-Tá bom! saiu do carro e eu tomei seu lugar. -Não vai pensando que você vai escapar de mim hoje tá. Ele comentou assim que entrou e nós seguimos para casa.
Luan On
Assim que entramos em casa já fui avançando em Jéssica, a beijando. Encurralei ela na parede da sala e devorei sua boca deliciosa.
-Amor espera! Ela pediu com a voz falha de desejo.
-Eu já esperei demais. Disse e avancei em seu pescoço, certeza que deixaria marcas ali mas estava pouco me importando com isso.
-É sério Luan, vamos ver a Malu primeiro.
-A Malu está muito bem Jéssica. Larguei seu pescoço e a encarei. -Eu que estou precisando de você agora. A olhei nos olhos e vi que eles já gritavam por mim. Puxei ela pra que pudéssemos ir por quarto e assim que ela fechou a porta a empurrei contra ela devorando seus lábios mais uma vez. Ameacei rasgar seu vestido mas ela me interrompeu.
-Nem pense. Esse vestido foi muito caro. Me empurrou.
-Não importa amor, eu te dou outro depois. Te dou a loja se você quiser. Ia me aproximar dela mas ela e empurrou outra vez só que dessa vez manteve suas mãos espalmadas em meu peito até me derrubar na cama.
-Eu não quero loja nenhuma. Eu quero você. Ela disse e arrancou o vestido do corpo sensualmente exibindo sua linda lingerie preta e seu belo corpo que me tirava o folego. Me levantei rapidamente, a agarrei e ela me empurrou outra vez.
-Algum problema?
-Um enorme problema.
-O que foi agora?
-Você tá muito vestido amor.
-Só isso. Disse já arrancando minha camiseta e ela tirou minha calça rapidamente.
Encostei ela na parede e comecei uma massagem em sua intimidade ainda por cima da calcinha. Jéssica tentava conter os gemidos mas não conseguia por muito tempo os deixando escapar em meu ouvido me excitando ainda mais.
-Sem escândalo. Cochichei antes de estrarmos. -Oi meninos. Cumprimentei entrando.
-Jéssica? Lucas me olhava.
-E ai. Tudo bem?
-Tudo sim, e com você? E ai Luan? Lucas cumprimentou ele e ele retribuiu.
-Eu estou bem!
-Então vocês já se conhecem? Léo perguntou se levantando.
-De uns tempos já. Lucas respondeu rindo e senti Luan apertar minha mão. -Mas o que você está fazendo aqui? Lucas perguntou.
-Bom! Ri. -Essa boate é minha. Dei de ombros.
-Sério? Se eu soubesse teria vindo aqui antes. Ficamos conversando por um tempo e ele foi se preparar para o show. Luan se sentou no sofá que tinha ali e eu fui ver umas coisas no computador com Léo.
-Então depois eu assino esses papéis. Disse os colocando na gaveta.
-Eu vou indo então que minha loirinha está chegando.
-Passa em casa depois pra gente acertar os dias que você ficou aqui.
-Sem pressa! Ele disse e saiu fechando a porta.
-A loirinha dele por acaso é minha irmã? Luan perguntou ainda sentando.
-Deve ser né amor. Ri. -O que você tem?
-Eu? Nada! Porque?
-Não sei, parece tenso!
-Tem como não ficar estando numa sala com minha namorada e os dois ex dela? Ele disse retoricamente e eu me levantei.
-Não vai ficar assim por causa disso, vai? Me sentei em seu colo e ele depositou sua mão em minha coxa.
-Não! Mas não gosto de imaginar que um dia você esteve nos braços deles.
-Então não imagina amor. Alisei seu cabelo.
-Acha que é fácil? Me encarou.
-Tenta pensar em outra coisa.
-No que exatamente?
-A gente, essa sala, esse sofá, essa mesa. Disse com a voz um pouco sensual.
-Não me provoca morena. Ele disse meio extasiado e apertou minha coxa que antes ele alisava.
-É muito melhor imaginar isso. não é? Passei minha língua em seus lábios e ele respirou fundo.
-Tá tentando se controlar porque bebê? Ri e rebolei em seu colo sentindo sua ereção.
-Porque depois você vai fugir e eu vou ficar aqui nessa situação.
-Situação? Que situação?
-Assim, de pau duro e morrendo de vontade de foder você. Ele respondeu firme e eu me levantei do seu colo.
-Tá bom então. Você quer que eu pare, eu paro.
-Puta que pariu! Ele reclamou.
-Não reclama não porque você que mandou eu parar. Agora vamos que eu preciso falar com o Lucas.
-Precisa? Mas pra que?
-Pra saber se não estão precisando de nada.
-Eu vou com você. Ele disse e continuou sentado.
-Então vamos!
-Me dá uns minutinhos só.
-Pra que Luan? Vamos logo. Pedi impaciente.
-Como pra que? Quer mesmo que eu saia andando por ai de pau duro?
-Nossa! Reclamei. -Então não demora pra se recompor por favor, se não eu vou sozinha. Disse e me sentei.
-Vai ter que esperar o tempo dele agora. Você que me deixou assim, não reclama. Se tá com pressa vem aqui me aliviar então.
-Vai se foder Luan. Joguei um lápis nele.
-Prefiro foder você. Piscou pra mim mordendo a boca.
-Idiota!
Ficamos mais uns minutos ali até Luan se recuperar e fomos até a sala que era usada como camarim. Ficamos conversando com a equipe de Lucas enquanto ele se arrumava. Nos despedimos do pessoal e saímos.
-Podemos ir pro camarote agora? Não quero deixar minha irmã sozinha com aquele cara. Luan disse enquanto andávamos pelo corredor vazio.
-Aquele cara é praticamente namorado dela.
-Foda-se!
-Nossa! Você tá que tá hoje hein? O encarei.
-Você não viu nada amor. Ele me empurrou na parede e juntou seu corpo no meu.
-Luan para! Pode passar alguém aqui.
-Fo...
-Se você falar foda-se mais uma vez eu vou socar sua cara. Disse e ele gargalhou.
-Em casa a gente resolve isso. Ele afrouxou o aperto e nós seguimos nosso caminho.
-Eu preciso falar com o pessoal do bar e da segurança. Vem comigo? O olhei.
-Vou! Ele entrelaçou nossas mãos e seguimos. Fiz o que tinha que fazer e um dos seguranças nos acompanhou até o camarote. Assim que chegamos, encontramos Marcela, Renan, Bruna e Léo. Nos juntamos a eles.
-Sabe, minha amiga viaja, passa dias fora e não me liga, volta e não me avisa. Ótima essa amiga né? Marcela ironizou me encarando abraçada com Renan.
-Ai como ela é carente gente. Apertei sua bochecha.
Ficamos curtindo a baladinha que rolava antes do show até que Lucas subiu no palco.
-Amor pega um energético pra mim. Pedi.
-Agora Jéssica?
-O que que tem Luan?
-Tá eu vou! Ele saiu bufando e Marcela se aproximou de mim.
-Delicia né? Suspirou.
Me assustei pois não tinha visto ela.
-Tá falando de que?
-Não é de que, é de quem. Ela apontou Lucas com a cabeça.
-Cadê seu namorado hein? Deixa ele te ouvir falando isso. Ri.
-Ele foi no bar com o Luan. Mas não muda de assunto não. me encarou.
-Para com isso Marcela.
-O que? Vai cuspir no prato que comeu agora? Ou melhor, que foi comida.
-Não! Mas eu prefiro meu namorado. Dá de dez a zero nele.
-Sério? Me encarou.
-Sér...Sai daqui vai marcela. A empurrei rindo. Luan voltou, me entregou o copo e me virei pra ver o show, ele me abraçou por trás.
-Você tá bem gostosinha sabia. Disse em meu ouvido.
-O que você tem hoje hein? Me virei ficando de frente pra ele e ele apertou minha cintura com a mão livre, com a outra ele segurava um copo.
-Nada amor! Não posso mais falar que minha namorada é gostosa?
-Claro que pode! Mas hoje você tá que tá. Passei meu braços ao redor do seu pescoço.
-É efeito dos dias que dormimos juntos e não fizemos nada.
-E se eu disser que hoje também não vamos fazer nada? O encarei.
-Eu vou fingir que não ouvi. Hoje você não me escapa morena.
-Acha que eu vou tentar escapar de você?
-Nem adianta tentar. Ele disse em meu ouvido. -Não vou deixar! Me encarou e mordeu meu lábio levemente o puxando para um beijo. Sua boca atacou a minha com certa urgência, conhecia muito bem meu namorado e seu fogo, mas hoje ele estava a todo vapor. Ele desceu a mão que estava em minha cintura até meu quadril e desceria mais se não fossemos interrompidos.
-Dá pra fazer isso em casa não? Bruna disse atrás dele e ele parou o beijo. -Ou lá no escritório da Jéssica. Bruna nos encarava divertida.
-Cala a boca Bruna. Luan disse.
-Depois não reclama quando sair nas revistas que você estava transando com sua namorada em público.
-Não tem ninguém transando aqui. Disse.
-Ainda né amiga? Porque do jeito que tava.
-Vai lá com seu namoradinho vai Bruna. Luan enxotou a irmã e ela se foi.
-Você mandando a Bruna ir com o Léo? O encarei. -Tá doente amor? RI.
-Só quero ficar sozinho com você. Me juntou de novo em seu corpo.
-Sozinho é meio difícil. Tá cheio isso aqui.
-Então bora pra casa? Deu um cheiro em meu pescoço e eu arrepiei.
-Não posso ir agora amor.
-Que horas então?
-Hoje eu tenho que ficar até fechar. Fiz bico.
-O que? Porque?
-Luan apaga esse fogo ai vai e vamos curtir o show.
-Você quer mesmo assistir o show dele?
-A gente não tem outra escolha.
-A gente pode ir pra sua sala.
-Porra! O que você tem hein? Me estressei. Parece que tá ligado na tomada.
-Eu só quero fazer amor com minha namorada. Fez bico.
-Aguenta até chegar em casa. O fuzilei agora séria. -E se continuar com graça, nem quando chegar em casa.
-Tá bom amor, eu paro. Ficamos curtindo o show até Lucas se despedir e saiu do palco. O Dj começou tocar outras músicas e o pessoal se espalhou entre a pista e os camarotes. Fiquei dançando com as meninas um pouco até lembra que tinha que ir no camarim falar com Lucas e sua equipe. Ia chamar o Luan pra ir comigo e quando o avistei, Lucas já estava conversando com ele e abraçado com uma loira. Me aproximei deles e Luan passou seu braço por minha cintura me puxando para mais perto dele.
-Estava indo falar com você. Disse.
-Resolvi ficar e curtir um pouco. Lucas respondeu.
Luan conversou um pouco com ele o que demostrava que estava mais a vontade em sua presença, ou será que era por causa da loira peituda? Lucas saiu com sua acompanhante e Luan os seguiu com os olhos.
-Por acaso perdeu alguma coisa na bunda dela? Perguntei e ele me olhou assustado e meio alto já por causa da bebida. -Ou será que foi nos peitos? Porque eu vi muito bem bem você com os olhos arregalados pro decote dela.
-Eu? Claro que não amor.
-Luan, eu vi!
-Você queria que eu fizesse o que? Tava pulando na minha cara.
-A minha mão vai pular na sua cara se você fizer isso outra vez.
-Nossa! Que brava você. Me roubou um selinho e eu lhe dei um tapa no braço. Ficamos na boate até a última pessoa sair, ajudei fechar o caixa e depois saímos.
-Você não precisava ficar até agora. Luan reclamou assim que entramos no carro.
-Não, mas eu quis ficar. Ri.
-Engraçadinha! Pensei que fossemos embora mas ele começou com suas graças.
-O estacionamento tá meio vazio né? Me olhou malicioso.
-E o que que tem isso? Me fiz de desentendida.
-A gente podia pular ali pro banco de trás e dar uma namoradinha. Se aproximou de mim e agarrou meus cabelos com certa força. Falei um "Ai" meio que num gemido fraco pois tinha doído um pouco. -Ou então você podia fazer um agradinho aqui pro seu namorado. Foi a vez dele passar a língua nos meu lábios e aproveitou para colocar minha mão em sua ereção por cima da calça.
-Você tá muito assanhado hoje sabia?
-E você gosta que eu sei. Ele disse com a boca bem próxima a minha.
-Você sabe que sim. Apertei seu pau e ele gemeu baixinho mordendo meus lábios.
Luan invadiu minha boca com a língua e iniciamos um beijo quente, muito quente. Ele subiu sua mão por minha coxa até invadir meu vestido e tocar minha intimidade. Arrepiei com seu toque. Estava prestes a subir em seu colo quando fomos interrompidos por batidas na janela.
-Puta que pariu! Reclamou alto e abaixou o vidro. -Será que eu não posso mais transar com minha namorada em paz? Ri por dentro mas fiquei com vergonha da maneira como ele falou.
-Desculpa senhor! Mas precisamos fechar o estacionamento. Um dos seguranças disse e Luan suspirou.
-Tá lega! Nós já vamos sair. O cara se afastou.
-Amor me deixa dirigir. Pedi antes dele dar partida.
-Eu tô legar Jéssica.
-Eu sei que está, mas você bebeu. Vai que tem uma blitz por ai. Melhor evitar. O encarei.
-Tá bom! saiu do carro e eu tomei seu lugar. -Não vai pensando que você vai escapar de mim hoje tá. Ele comentou assim que entrou e nós seguimos para casa.
Luan On
Assim que entramos em casa já fui avançando em Jéssica, a beijando. Encurralei ela na parede da sala e devorei sua boca deliciosa.
-Amor espera! Ela pediu com a voz falha de desejo.
-Eu já esperei demais. Disse e avancei em seu pescoço, certeza que deixaria marcas ali mas estava pouco me importando com isso.
-É sério Luan, vamos ver a Malu primeiro.
-A Malu está muito bem Jéssica. Larguei seu pescoço e a encarei. -Eu que estou precisando de você agora. A olhei nos olhos e vi que eles já gritavam por mim. Puxei ela pra que pudéssemos ir por quarto e assim que ela fechou a porta a empurrei contra ela devorando seus lábios mais uma vez. Ameacei rasgar seu vestido mas ela me interrompeu.
-Nem pense. Esse vestido foi muito caro. Me empurrou.
-Não importa amor, eu te dou outro depois. Te dou a loja se você quiser. Ia me aproximar dela mas ela e empurrou outra vez só que dessa vez manteve suas mãos espalmadas em meu peito até me derrubar na cama.
-Eu não quero loja nenhuma. Eu quero você. Ela disse e arrancou o vestido do corpo sensualmente exibindo sua linda lingerie preta e seu belo corpo que me tirava o folego. Me levantei rapidamente, a agarrei e ela me empurrou outra vez.
-Algum problema?
-Um enorme problema.
-O que foi agora?
-Você tá muito vestido amor.
-Só isso. Disse já arrancando minha camiseta e ela tirou minha calça rapidamente.
Encostei ela na parede e comecei uma massagem em sua intimidade ainda por cima da calcinha. Jéssica tentava conter os gemidos mas não conseguia por muito tempo os deixando escapar em meu ouvido me excitando ainda mais.
Joguei ela na cama e ela me lançou um sorriso safado, foi a deixa pra partir de uma vez pra cima dela. Tirei seu sutiã e agarrei seus seios enquanto distribuía beijos por sua boca e seu pescoço. Jéssica livrou meu pau da cueca e começou uma massagem gostosa ali. Desci os beijos por sua barriga e senti ela se arrepiar com o toque de minha boca em sua pele. Cheguei em sua calcinha e a tirei lentamente. Jéssica me olhava atentamente.
Abri suas pernas e pude ter a visão privilegiada dela gritando por mim. Molhei meus lábios e me coloquei no meio das pernas dela. Apertei suas coxas e ela jogou o corpo pra trás. Passei a língua por toda sua intimidade e ouvi ela soltar o ar pela boca. Me concentrei ali por tempo e parei antes dela gozar, ainda estava cedo pra isso. Jéssica se sentou na cama e indicou que eu ficasse em pé na sua frente, obedeci. Jéssica tirou minha cueca e agarrou meu pau passando a língua pelos lábios me provocando.
-Eu esperei por isso a noite toda. Disse enquanto ela deslizava sua mão por todo meu membro.
-Então aproveita o momento bebê. Ela disse numa voz sexy e de surpresa sua boca desceu sobre meu pau. A tortura agora vinha em dose dupla. Sua boca sugava com vontade meu pau e com a mão fazia uma deliciosa massagem. Eu movi meus quadris querendo me enfiar mais profundo e ela continuava com sua performance. Passado alguns minutos Jéssica intensificou os movimentos e despejei meu liquido em sua boca gostosa. Por mais que tudo aquilo tivesse uma delicia, eu precisava me sentir dentro dela, sentir o calor do seu corpo, senti-la escorregar sobre mim. A empurrei na cama, fazendo suas costas encostar no colchão e deixei meu corpo cair sobre o seu, beijei sua boca ferozmente, não estava a fim de romantismo hoje, por mais que ela merecesse meu corpo precisava de uma coisa mais feroz. Agarrei em seus cabelos e ela deu um grito abafado de dor.
-Vira. Pedi e ela me obedeceu ficando de quatro. Procurei o encaixe e fiz questão de empurrar com força fazendo ela gemer. Me segurei na cabeceira da cama pra garantir que as estocadas seriam fortes.
-Luan...Ela disse num gemido alto e me incentivou ir mais rápido. Jéssica rebolava em meu pau e eu mantinha seus cabelos presos em minha mão com força, troquei de posição e Jéssica agora estava em cima de mim, cavalgando e me deixando mais louco do que estava, nossos corpos já estavam suados e pedindo um descanso, mas nem eu nem ela estávamos satisfeitos ainda. Jéssica ficou de costas ainda em cima de mim e assim tinha a visão completa dela escorregando em meu pau. Depois de mais umas investidas, gozamos.
[...]
Jéssica On
Luan viajaria depois do almoço e Malu já estava fazendo manha por conta disso.
-Mamãe eu quero ir com o papai.
-Seu pai vai trabalhar filha, e você precisa ir pra escola.
-Mas quando ele vai ele demora muito pra voltar. Começou chorar.
-Eu não vou demorar dessa vez meu amor e quando eu voltar prometo que fico bastante com você.
-Promete? Ela Soluçou por conta do choro.
-Prometo meu anjo. Agora come. Luan deu um beijo em sua testa e voltamos almoçar. Depois que terminamos, subi pra verificar a mala de Luan, sua mãe tinha arrumado mas ele estava fuçando nela, pode ter bagunçado. Dito e feito, estava tudo revirado. Arrumei e deixei num canto, logo ele entrou.
-cadê ela? Perguntei.
-Assistindo na sala.
-Espero que ela não fique doente dessa vez.
-Qualquer coisa me liga. Me abraçou.
-Ligo desde que você não queira vir correndo pra cá.
-Não vou prometer.
-Então eu não ligo. Você tem que cumprir com suas obrigações, fazer seus shows. Suas fãs precisam de você e eu posso dar conta da nossa filha.
-Mesmo assim me liga.
-Tá bom seu teimoso.
-Te amo. Ele sussurrou perto da minha boca.
-Eu amo muito mais. Disse e selei nossos lábios.
Descemos e em poucos minutos a van buzinou lá fora.
-Eu ligo quando chegar lá. Ele disse.
-Papai... Malu ameaçou chorar e Luan a pegou no colo. -Eu quero ver você cantar.
-Eu não vou demorar princesa. Pede pra mamãe ligar antes de você dormir e o papai canta pra você pode ser? Luan perguntou e ela concordou. -Agora eu preciso ir. Ele colocou Malu no chão, me deu mais um selinho e se foi. Fechei a porta, Malu correu pra janela e ficou vendo o pai partir e outra vez abriu o berreiro.
Foi difícil mas consegui entreter ela com alguma coisa. Durante o dia fiquei observando pra ver as reações dela, se não teria febre outra vez e parece que estava tudo tranquilo. Mesmo com muita coisa pra fazer na boate resolvi ficar em casa. Minha filha precisava de atenção. Depois do jantar, ajudei Malu escovar os dentes e colocar o pijama, pedi que ela escolhesse um dos seus DVDS e a levei para assistir no meu quarto.
-Mamãe liga pro papai. Ela pediu.
-Pra que filha, seu pai deve estar ocupado agora.
-Mas ele disse que ia cantar pra mim.
-Mas você não vai dormir agora, quando você tiver com sono a mamãe liga. Deitamos em minha cama e coloquei o filme pra rolar, realmente foi uma boa escolha não ir trabalhar e ficar com minha filha, estava precisando disso pra renovar as energias.
O filme estava acabando e ela reclamou.
-Tô com sono mamãe, liga agora pro papai. Peguei o celular e liguei. Falei um pouco com ele e entreguei pra Malu.
-Papai, eu tô com saudade. Ela disse com a voz embargada querendo chorar. Ela ouviu o que ele disse e sorriu. -Canta pra mim papai. Ela pediu e e fechou os olhinhos. Passado alguns minutos ela dormiu.
-Amor? Disse pegando o celular.
-Oi morena.
-Ela dormiu. Sorri.
-E deu muito trabalho durante o dia?
-Um pouco mas consegui contornar a situação depois.
-E que milagre é esse você em casa essa hora?
-Eu não fui pra boate, preferi ficar com a Malu.
-Bela decisão. Conversamos mais um pouco e ele teve que desligar.
Acordei cedo no dia seguinte e fui levar Malu pra escola, ela já estava mais tranquila e com isso poderia ir trabalhar sossegada. Passei na boate pra receber umas mercadorias e assinar uns papéis, iriamos fazer uma festa temática na boate e a organizadora viria fechar o negócio ao meio dia, estava terminando de assinar uns documentos e bateram na minha porta.
-Entra! Disse e era Rodrigo, um dos seguranças.
-Dona Jéssica, a organizadora do evento tá ai.
-Pode mandar ela entrar. Pedi e ele saiu. Minutos depois bateram na porta novamente, mandei entrar e me surpreendi com a pessoa que estava em minha frente.
Quente, muito quente, mesmo com o frio que está fazendo aqui hoje kkkkk
Quem será que apareceu hein? Valeu Cela pelas ideias ai *)
Bem vinda Carol e é muito bom ver a senhora aqui de novo dona Yana
quarta-feira, 6 de maio de 2015
46
Devido um problema no voo, tivemos que fazer uma conexão em outra cidade o que deixou Malu irritada.
-Vai demorar muito mamãe?
-Não sei filha. Mas fica calma tá? Daqui a pouco a gente vê o papai. Sorri tentando reconfortá-la.
O problema era mais grave do que pensei e quando fomos conseguir outro voo já era quase noite.
Já que não tinha falado com Luan o dia inteiro, decidi fazer uma surpresa pra ele. Liguei pro Rober e perguntei se eles ainda estavam no hotel.
-Nós acabamos de chegar no local do show.
-Poxa! Eu queria fazer uma surpresa pra ele. Acabamos de desembarcar.
-Ué. Vem pra cá então. Tenho certeza que ele vai ficar surpreso com a chegada de vocês aqui.
-Ótima ideia. Rober me passou o endereço e seguimos pra lá.
Chegamos no local do show e graças a Deus conseguimos entrar sem sermos notadas. Um dos seguranças do local me ajudou chegar até o camarim e encontrei Rober saindo de lá.
-Pensei que não viriam mais. Disse assim que me viu.
-Ele já tá no palco? Perguntei afobada e senti Malu soltando minha mão. -Malu volta aqui? Chamei e me encantei com a cena que meus olhos viram. Malu corria pelo corredor e Luan a esperava de braços abertos. Assim que Malu alcançou seus braços, eles rodopiaram. Ri com a cena.
-Vai lá. Eu levo sua mala para a van.
-Obrigada! Agradeci Rober e fui ao encontro dos dois.
-Porque não disse que viriam? Luan perguntou assim depois de me dar um selinho.
-Queria fazer surpresa.
-Mamãe, a gente pode assistir o show do papai?
-Pode meu amor.
-Luan tá na hora. Arleyde chegou avisando.
-Vamos. Vocês vão ficar com o pessoal no palco. Acompanhei ele que levava Malu em seu colo, chegamos atrás do palco, Luan falou alguma coisa no ouvido de Arleyde e me entregou Malu.
-Boa sorte. Desejei e ele me deu um beijo.
Malu e eu ficamos perto de Rober. Nem parecia que Malu estava doente, ela pulava ao som das músicas e cantava a maioria delas. Luan falava algumas coisas e quando dei por mim ele estava chamando Malu que me olhou como se pedisse permissão. Concordei e ela correu ao encontro do pai. Ele falou com a banda que estavam tão surpresos tanto quanto eu. Luan se sentou no chão e Malu se sentou em seu colo, ele começou cantar Garotas não merecem chorar e Malu cantou o resto tudo certinho. Assim que a música acabou, ela voltou pra perto de mim.
-Você viu mamãe? Eu cantei com o papai. Ela disse toda alegre.
-Eu vi meu amor. Você estava linda. Curtimos o resto do show e Malu continuava tão animada quanto no começo. Luan finalizou o show e fomos juntos para o camarim.
-Aqui a chave do carro Luan, Arleyde apareceu na porta. -Cuidado viu.
-Pode deixar. Ele sorriu pra ela e entrou fechando a porta.
-Pra que essa chave? Perguntei me sentando enquanto Malu devorava algo que estava na mesa.
-Nós vamos jantar.
-Só nós três?
-Só! Porque?
-Por nada, achei que sua equipe fosse com a gente.
-Dessa vez somos só nós três. Agora me diz porque vocês vieram sem me avisar. Ele pediu trocando de camiseta.
-É que uma pessoinha ai teve febre a noite toda e disse que estava com saudade do pai. Como ela acordou ainda com febre hoje, não teve outro jeito. Tive que trazer a bonequinha pra ver o pai.
-Juro que não parece que ela estava doente. Ele riu vendo a filha pular no sofá ao nosso lado.
-Pior que não parece mesmo.
-Cadê suas coisas?
-O Rober disse que ia levar pra van.
-Então vamos. Ele pegou Malu no colo e entrelaçou nossas mão. Já era tarde e o transito estava livre, logo chegamos num restaurante que me parecia vazio.
-Luan aqui tá fechado. Disse assim que ele estacionou.
-Eu sei. Sorriu lindamente e saiu do carro.
Nos receberam na porta e nos levaram pra uma mesa que tinha uma vista linda da praia.
-Mamãe eu posso pedir sorvete?
-Claro que não mocinha. Você até pouco tempo estava com febre e tá tarde pra tomar sorvete. Ela fez bico mas não insistiu mais.
-Porque não vieram mais cedo? Luan perguntou.
-Eu até tentei chegar cedo, saímos de casa assim que tomamos café, mas deu um problema no avião e tivemos que pousar e esperar outro.
-Tá vendo. Se tivesse me avisado eu teria mandado buscar vocês.
-Mas ai estragaria a surpresa.
-Teimosa. Brigou e eu fiz bico. Jantamos num clima muito gostoso. Luan estava feliz e dava pra se ver isso a quilômetros de distancia. Malu se divertia com as palhaçadas do pai e eu me encantava cada vez mais por aquele homem.
-Bora? Ele perguntou indicando a praia.
-É perigoso Luan. Nós estamos sozinhos.
-Se o restaurante está fechado não deve ter ninguém lá.
-Se você diz que é tranquilo, então vamos. Um dos garçons abriu a porta que dava acesso a praia e Malu correu pra areia.
-Ela ta ligada no 220. Cometei e Luan só sabia rir da filha. Nos sentamos na areia e ficamos olhando nossa filha se divertir.
-Você não tem noção do quanto tô feliz que vocês estão aqui comigo.
-Pode ter certeza que nós também estamos. Sorri.
-Eu tive uma reunião muito estressante hoje. Tava nervoso minutos antes de vocês chegarem, brigando com Deus e o mundo. Agora parece que sou outra pessoa. Tô tão leve. Me olhou e seus olhos refletiam o brilho da lua.
-Que bom que fizemos você relaxar.
-Se eu pudesse teria vocês o tempo todo ao meu lado. É muito triste sair de um show lotado e chegar num quarto de hotel vazio.
-Antigamente isso não acontecia né, já que você sempre voltava acompanhado dos shows. Só percebi que falei idiotice quando á era tarde, já tinha falado de mais.
-Eu não tô falando disso Jéssica. Eu quero dizer que seria muito melhor poder sair do trabalho, voltar pra casa e encontrar você e nossa filha me esperando pra jantar.
-Mas foi sua escolha amor. É isso que te faz feliz. Não seria justo você abrir mão disso e trabalhar numa coisa que não te desse tanto prazer quanto você tem em cantar.
-Não é justo a gente ter que abrir mão de algumas coisas pra ter outras.
Ficamos um tempo em silencio só vendo nossa filha brincar. Aquele lugar era lindo e ter a presença de minha filha e do homem que eu amava ali era maravilhoso.
-Passa esses dias comigo? Pediu quebrando o silencio.
-Eu não posso Luan.
-Claro! Tem sua boate. Disse cabisbaixo.
-Não é só pela boate, tem a escola da Malu agora. Respondi e percebi que ele ficou triste por isso. -Quantos dias pra você voltar pra casa?
-Cinco ou seis eu acho. Respondeu ainda olhando o mar.
-Eu posso ligar na escola e ver se a Malu pode faltar esses dias.
-Tá falando sério? Perguntou me olhando com brilho nos olhos.
-Eu posso tentar. Sorri.
-Eu te amo sabia? Pegou em meu rosto e me beijou em seguida.
Luan me soltou ao sentir algo o atingindo.
-O que é isso? Passou a mão no pescoço, que estava cheio de areia. Olhou pra trás e Malu o olhava rindo.
-Solta minha mamãe. Ela ainda ria.
-Eu vou soltar sim. Vou soltar pra pegar você sua danadinha. Ele se levantou e os dois começaram correr pela areia. Era sensacional ver a alegria de Luan, nunca tinha o visto tão solto como hoje. Luan era o homem mais lindo que já vi na vida e sorrindo ele conseguia ficar ainda mais irresistível. Me levantei e entrei na brincadeira dos dois. Já estava ficando tarde e acabamos indo embora.
-A gente tá parecendo um bando de bife à milanesa com tanta areia no corpo. Luan ria.
-Olha só o que vocês fizeram com meu cabelo. Vou ter que lavar uma hora dessas. Reclamei em tom de brincadeira.
Chegamos no hotel e ao contrário do que imaginava não fomos para o nosso quarto.
-Por que você vai acordar o Rober uma hora dessas? Perguntei depois de descobrir pra onde iriamos.
-Porque eu pedi pra me trocarem de quarto e eu preciso pegar a chave. Respondeu batendo na porta e logo ele saiu. Conversaram um pouco e depois de pegar a chave fomos para o quarto.
-Por que trocou de quarto?
-Porque o que eu estava só tinha uma cama. Respondeu entrando.
-E qual o problema?
-A Malu ia dormir aonde?
-Ela podia muito bem dormir com a gente.
-Não podia não. Me olhou malicioso.
-Vai tirando seu cavalinho da chuva querido, que hoje não vai rolar nada.
-Tá falando sério? Me encarou.
-Tô!
-Eu não acredito que você veio ficar comigo justamente quando você está...
-Eu não estou nada Luan. Só que hoje não rola.
-Você não está naqueles dias?
-Não!
-Tem certeza?
-Tenho Luan. Ri do seu desespero. -Vem filha, vamos tomar banho. Fui com Malu para o banheiro e acabei tomando banho com ela. Foi difícil mas consegui tirar toda aquela areia dos nossos cabelos.
-Vão passar a noite ai? Luan disse ao entrar no banheiro e me encontrar secando os cabelos de Malu com o secador.
-Já estou terminando. Sorri. Depois de devidamente secos, penteei os cabelos de Malu direito e saímos do banheiro pra que Luan pudesse tomar seu banho. Arrumei Malu direito na cama e rapidamente ela dormiu. Coloquei meu pijama, pois ainda estava de roupão e em seguida me deitei. Fiquei vendo algo sem importância na televisão e logo Luan saiu.
-Nossa, ela já dormiu?
-Pra você ver como ela estava cansada. O dia hoje rendeu. Luan terminou de secar os cabelos e se jogou na cama ao meu lado.
-Chega pra cá morena. Pediu
-Nem vem Luan. Já disse que hoje não vai rolar nada.
-E eu não tô falando nada poxa. Só quero ficar pertinho de você. Me puxou, deitei minha cabeça em seu peito e ele se pôs a fazer cafuné ali.
-Vai mesmo deixar a boate fechada todos esses dias?
-Quem disse que a boate está fechada?
-Não está?
-Não!
-E quem está cuidando dela?
-É melhor a gente não falar disso pra não estragar nossos dias.
-Entendi!
-Entendeu? O encarei.
-Se você não quer falar, só pode ser uma pessoa.
-Vamos esquecer esse assunto?
-É melhor mesmo.
Conversamos mais um pouco e recebendo seus cafunés acabei adormecendo.
...
-Acorda morzão. Ouvi Luan me chamar.
-Me deixa dormir mais um pouquinho. Pedi.
-Dormir e perder o café maravilhoso que pedi pra gente? Ele deu uma fungada em meu pescoço.
-Se tá arrepiando é porque tá acordada.
-Luan, me deixa dormir vai.
-Não deixo não. Disse puxando o lençol que me cobria.
-Ah seu viado, me dá isso aqui. Tentei puxar o lençol de volta mas claro que não consegui pegá-lo devido sua força ser maior que a minha.
-Eu vou te mostrar o viado hoje a noite. Deixa você comigo.
-Até parece. Desisti de voltar dormir e me sentei o encarando.
-Por que vocês não ficam quietos? Malu reclamou da outra cama e Luan me olhou, entendi em seu olhar que ele tiraria a filha da cama da mesma forma que me tirou.
-Fica quieta você e levanta dessa cama preguiçosa. Puxou a coberta da filha.
-Papai me dá isso, eu tô com sono. Reclamou manhosa.
-Tá com sono coisa nenhuma. Vamos levantando que tá um sol maravilhoso lá fora e uma piscina deliciosa nos esperando lá em baixo.
-Nós vamos mesmo pra piscina? Se sentou animada olhando o pai.
-Se você levantar dessa cama logo.
-Pronto papai. Já levantei.
Fui no banheiro com Malu, fizemos nossas higienes e fomos tomar nosso café.
-Que milagre foi esse, você levantar da cama logo cedo? Perguntei preparando um pão pra Malu.
- Eu quero aproveitar ao máximo esses dias com meus amores. Fez bico.
-Mas você precisa descansar amor.
-Eu descanso depois.
-É mamãe, depois o papai descansa, agora ele vai brincar comigo né papai?
-Vou meu amor. Eu vou brincar bastante com você. Terminamos nosso café, Luan colocou o biquíni em Malu e eu fui colocar o meu.
Sai do banheiro e malu já estava pronta.
-Você ainda quer que eu me controle desse jeito? Me olhava de cima a baixo.
-Cala a boca Luan. Ri jogando nele o short que estava em minha mão.
-Eu tô falando sério Jéssica. Não sei se vou aguentar até a gente voltar pra casa.
-Aguenta sim. Me aproximei lhe dando um selinho.
-Eu vou é ficar maluco. Isso sim. Se afastou virando o boné que usava de um lado para o outro. Coloquei um short, Malu pegou Malu no colo e descemos.
Chegamos na piscina e até que não estava muito cheia, Luan falou com umas pessoas e enquanto isso eu procurei um lugar com sombra pra poder ficar com Malu.
-Mamãe eu não quero passar isso. Malu reclamou me vendo pegar o protetor na bolsa.
-Mas vai passar sim e sem reclamar.
-Mas mãe, isso é muito ruim. Fico toda melecada.
-Antes melecada do que vermelha como um camarão filha. Agora vem aqui.. Coloquei Malu sentada ao meu lado e passei o protetor nela. Luan voltou e se sentou ao meu lado. -Já passou protetor?
-Não quero.
-Ah Luan, não vem querer dar uma de Malu pra cima de mim não. Já me basta ela reclamando. Estendi a mão lhe entregando o protetor.
-Chata! Me mostrou a língua.
-Não quer passar não passa. Mas depois não vem reclamar pra mim que está ardendo.
-Eu vou passar.
O dia estava mesmo maravilhoso e ficava ainda melhor na companhia de Luan. Ele estava realmente muito feliz com nossa presença ali e isso era nítido. Ele foi com Malu para a piscina e os dois brincaram por horas ali, me tirando risos fácil com as palhaçadas que faziam na agua. Não quis entrar e acho que Luan curtiu a ideia, pois assim não tive que tirar o short. Fiquei tomando um coquetel de frutas e vendo meus amores se divertindo.
O lugar estava começando encher então decidimos voltar para o quarto.
-Bora sair pra almoçar? Luan chamou assim que entramos.
-Eu prefiro almoçar aqui mesmo.
-Tem certeza? A gente pode sair se quiser.
-Vamos ficar aqui.
-Então tá. Vou pedir pra entregar nosso almoço. Por mais que ele dissesse que era tranquilo sairmos eu ainda não estava acostumada com todo assédio em cima dele, ainda mais com Malu por perto. Dei um banho em minha filha, tomei o meu e depois de Luan sair do seu, almoçamos.
-O show é aqui de novo? Perguntei.
-Não.
-Então eu tenho que arrumar as malas.
-Faz isso depois. Luan colocou um filme e deitamos os três na cama pra assistir. Na metade Malu acabou dormindo. Liguei na escola e avisei que Malu faltaria esses dias e assim que desliguei, recebi uma ligação do Léo. Atendi e Luan me olhou meio torto. Conversei com ele por uns minutos e pedi que cuidasse das coisas por mais esses dias pra mim.
-Não vai falar nada? Perguntei vendo Luan ainda de cara fechada.
-Adianta?
-Não!
-Então eu prefiro ficar quieto.
Por mais que ele não gostasse, Léo era a única pessoa que poderia me ajudar, a boate tinha acabado de ser inaugurada e não poderia ficar todos esses dias fechada, sem contar que ele era praticamente namorado de Bruna. Luan teria que aceitar querendo ou não.
Desembarcamos em Minas quase na hora do show.
-Não vai querer ir hoje? Luan perguntou assim que saiu do banho.
-Não amor, mesmo que quisesse não daria mais tempo, você já está atrasado.
-Você vai depois. Eu mando buscar vocês.
-Não precisa, sério. Malu estava entretida com uns brinquedos que havia ganho de umas fãs no aeroporto e não ouviu nossa conversa, certeza que faria um escando querendo ir para o show. Luan terminou de se arrumar e depois de se despedir da gente, saiu. Depois do jantar, Malu pegou nos sono, aproveitei e fiquei trocando mensagens com Léo sobre as coisas da boate, ele perguntou se poderia fechar um show pra terça feira e eu concordei. Passaria esse fim de semana viajando com Luan e voltaríamos para casa na terça de manhã. Segundo ele, a boate estava "fervendo" e pra não diminuir o publico era bom trazer algumas atrações de vez em quando, ainda mais quando as boates vizinhas. Incluindo a do meu irmão, estavam investindo nisso. Achei uma boa ideia e disse que ele poderia ficar responsável por isso.
Estávamos passando dias incríveis ao lado de Luan que tinha medo quando voltássemos a rotina de antes, Malu sentiria ainda mais a falta do pai e seria difícil ter que fazê-la entender. Estávamos em Santa Catarina, nosso ultimo destino antes de voltarmos pra casa, Luan tinha chegado de madrugada do show e Malu estava muito agitada.
-É melhor a gente sair um pouquinho ou você vai acabar acordando seu pai.
-A gente pode ir no shopping tomar sorvete. Malu sugeriu.
-Você só pensa em sorvete né mocinha.
-Pode ser pudim também.
-Vamos dar uma volta então. Seu pai precisa descansar. Arrumei Malu, me arrumei e nada do Luan acordar, escrevi um bilhete e deixei na mesinha ao lado da cama. Curti o máximo que pude com Malu no shopping, tomamos sorvete e até assistimos um filme que ela insistiu pra ver, quando ela já estava realmente cansada voltamos para o hotel. Luan já estava acordado assistindo série na tv.
-Demoraram. Reclamou.
-Alguém estava com energias acumuladas, precisava gastar um pouquinho ou então você não ia dormir. Ri. -Agora vamos tomar um banho e dormir né mocinha.
-A gente vai pro show do papai?
-Vamos sim meu amor. Depois de tomar banho, Malu dormiu o resto da tarde toda.
...
Desembarcamos em São Paulo e fomos direto almoçar na casa de Luan.
-Que saudade da minha bonequinha. Mari agarrava Malu.
-A comida já tá pronta? Tô amarelo de fome. Luan reclamou se jogando no sofá.
-Amarelo você é de nascença né amor. Brinquei e ele me jogou uma almofada. Mari foi terminar o almoço e Malu foi atrás da avó.
-Cadê a Bruna?
-Deve tá na faculdade. Luan respondeu.
-A outra lá deve tá também né?
-Que outra lá?
-A Simone. Revirei os olhos.
-Ela não está mas aqui amor, foi morar com os pais.
-E ninguém me conta uma noticia boa dessas.
-Para de ser boba. Mari serviu o almoço assim que Amarildo chegou, Bruna ligou avisando que iria estudar na casa de uma amiga e que não precisavam esperar por ela. Depois do almoço, Luan pegou algumas coisas e fomos pra minha casa.
-Você vai no show de hoje na boate? Perguntei a Luan assim que chegamos em casa.
-De quem vai ser?
-Acredita que esqueci de perguntar. Ri. Mas eu tenho que ir.
-Então eu também vou. Deu de ombros. Passamos o resto da tarde brincando com Malu e de noite fomos nos arrumar para o show. Luan terminou de se arrumar e foi colocar Malu pra dormir enquanto eu me vestia.
Luan entrou no quarto e por milagre ele não reclamou do meu vestido. Terminei minha maquiagem, fui dar um beijo em Malu e saímos.
-Sabe se a Bruna vai? Luan perguntou.
-Não falei com ela hoje, mas acho que sim. Chegamos na boate que já estava cheia por sinal, Luan estacionou e entramos pelos fundos pra não causar tumulto. Estava realmente cheio na porta e demoraríamos horas pra entrar por ali. Fomos direto para o escritório e encontramos Léo conversando com umas pessoas, inclusive o tal artista que se apresentaria aquela noite.
-Tinha que ser ele? Luan reclamou baixinho antes de entrarmos.
Eitah ferrou, quem será?
Ainda tô sem note, vim na casa da minha comadre pra postar :)
-Vai demorar muito mamãe?
-Não sei filha. Mas fica calma tá? Daqui a pouco a gente vê o papai. Sorri tentando reconfortá-la.
O problema era mais grave do que pensei e quando fomos conseguir outro voo já era quase noite.
Já que não tinha falado com Luan o dia inteiro, decidi fazer uma surpresa pra ele. Liguei pro Rober e perguntei se eles ainda estavam no hotel.
-Nós acabamos de chegar no local do show.
-Poxa! Eu queria fazer uma surpresa pra ele. Acabamos de desembarcar.
-Ué. Vem pra cá então. Tenho certeza que ele vai ficar surpreso com a chegada de vocês aqui.
-Ótima ideia. Rober me passou o endereço e seguimos pra lá.
Chegamos no local do show e graças a Deus conseguimos entrar sem sermos notadas. Um dos seguranças do local me ajudou chegar até o camarim e encontrei Rober saindo de lá.
-Pensei que não viriam mais. Disse assim que me viu.
-Ele já tá no palco? Perguntei afobada e senti Malu soltando minha mão. -Malu volta aqui? Chamei e me encantei com a cena que meus olhos viram. Malu corria pelo corredor e Luan a esperava de braços abertos. Assim que Malu alcançou seus braços, eles rodopiaram. Ri com a cena.
-Vai lá. Eu levo sua mala para a van.
-Obrigada! Agradeci Rober e fui ao encontro dos dois.
-Porque não disse que viriam? Luan perguntou assim depois de me dar um selinho.
-Queria fazer surpresa.
-Mamãe, a gente pode assistir o show do papai?
-Pode meu amor.
-Luan tá na hora. Arleyde chegou avisando.
-Vamos. Vocês vão ficar com o pessoal no palco. Acompanhei ele que levava Malu em seu colo, chegamos atrás do palco, Luan falou alguma coisa no ouvido de Arleyde e me entregou Malu.
-Boa sorte. Desejei e ele me deu um beijo.
Malu e eu ficamos perto de Rober. Nem parecia que Malu estava doente, ela pulava ao som das músicas e cantava a maioria delas. Luan falava algumas coisas e quando dei por mim ele estava chamando Malu que me olhou como se pedisse permissão. Concordei e ela correu ao encontro do pai. Ele falou com a banda que estavam tão surpresos tanto quanto eu. Luan se sentou no chão e Malu se sentou em seu colo, ele começou cantar Garotas não merecem chorar e Malu cantou o resto tudo certinho. Assim que a música acabou, ela voltou pra perto de mim.
-Você viu mamãe? Eu cantei com o papai. Ela disse toda alegre.
-Eu vi meu amor. Você estava linda. Curtimos o resto do show e Malu continuava tão animada quanto no começo. Luan finalizou o show e fomos juntos para o camarim.
-Aqui a chave do carro Luan, Arleyde apareceu na porta. -Cuidado viu.
-Pode deixar. Ele sorriu pra ela e entrou fechando a porta.
-Pra que essa chave? Perguntei me sentando enquanto Malu devorava algo que estava na mesa.
-Nós vamos jantar.
-Só nós três?
-Só! Porque?
-Por nada, achei que sua equipe fosse com a gente.
-Dessa vez somos só nós três. Agora me diz porque vocês vieram sem me avisar. Ele pediu trocando de camiseta.
-É que uma pessoinha ai teve febre a noite toda e disse que estava com saudade do pai. Como ela acordou ainda com febre hoje, não teve outro jeito. Tive que trazer a bonequinha pra ver o pai.
-Juro que não parece que ela estava doente. Ele riu vendo a filha pular no sofá ao nosso lado.
-Pior que não parece mesmo.
-Cadê suas coisas?
-O Rober disse que ia levar pra van.
-Então vamos. Ele pegou Malu no colo e entrelaçou nossas mão. Já era tarde e o transito estava livre, logo chegamos num restaurante que me parecia vazio.
-Luan aqui tá fechado. Disse assim que ele estacionou.
-Eu sei. Sorriu lindamente e saiu do carro.
Nos receberam na porta e nos levaram pra uma mesa que tinha uma vista linda da praia.
-Mamãe eu posso pedir sorvete?
-Claro que não mocinha. Você até pouco tempo estava com febre e tá tarde pra tomar sorvete. Ela fez bico mas não insistiu mais.
-Porque não vieram mais cedo? Luan perguntou.
-Eu até tentei chegar cedo, saímos de casa assim que tomamos café, mas deu um problema no avião e tivemos que pousar e esperar outro.
-Tá vendo. Se tivesse me avisado eu teria mandado buscar vocês.
-Mas ai estragaria a surpresa.
-Teimosa. Brigou e eu fiz bico. Jantamos num clima muito gostoso. Luan estava feliz e dava pra se ver isso a quilômetros de distancia. Malu se divertia com as palhaçadas do pai e eu me encantava cada vez mais por aquele homem.
-Bora? Ele perguntou indicando a praia.
-É perigoso Luan. Nós estamos sozinhos.
-Se o restaurante está fechado não deve ter ninguém lá.
-Se você diz que é tranquilo, então vamos. Um dos garçons abriu a porta que dava acesso a praia e Malu correu pra areia.
-Ela ta ligada no 220. Cometei e Luan só sabia rir da filha. Nos sentamos na areia e ficamos olhando nossa filha se divertir.
-Você não tem noção do quanto tô feliz que vocês estão aqui comigo.
-Pode ter certeza que nós também estamos. Sorri.
-Eu tive uma reunião muito estressante hoje. Tava nervoso minutos antes de vocês chegarem, brigando com Deus e o mundo. Agora parece que sou outra pessoa. Tô tão leve. Me olhou e seus olhos refletiam o brilho da lua.
-Que bom que fizemos você relaxar.
-Se eu pudesse teria vocês o tempo todo ao meu lado. É muito triste sair de um show lotado e chegar num quarto de hotel vazio.
-Antigamente isso não acontecia né, já que você sempre voltava acompanhado dos shows. Só percebi que falei idiotice quando á era tarde, já tinha falado de mais.
-Eu não tô falando disso Jéssica. Eu quero dizer que seria muito melhor poder sair do trabalho, voltar pra casa e encontrar você e nossa filha me esperando pra jantar.
-Mas foi sua escolha amor. É isso que te faz feliz. Não seria justo você abrir mão disso e trabalhar numa coisa que não te desse tanto prazer quanto você tem em cantar.
-Não é justo a gente ter que abrir mão de algumas coisas pra ter outras.
Ficamos um tempo em silencio só vendo nossa filha brincar. Aquele lugar era lindo e ter a presença de minha filha e do homem que eu amava ali era maravilhoso.
-Passa esses dias comigo? Pediu quebrando o silencio.
-Eu não posso Luan.
-Claro! Tem sua boate. Disse cabisbaixo.
-Não é só pela boate, tem a escola da Malu agora. Respondi e percebi que ele ficou triste por isso. -Quantos dias pra você voltar pra casa?
-Cinco ou seis eu acho. Respondeu ainda olhando o mar.
-Eu posso ligar na escola e ver se a Malu pode faltar esses dias.
-Tá falando sério? Perguntou me olhando com brilho nos olhos.
-Eu posso tentar. Sorri.
-Eu te amo sabia? Pegou em meu rosto e me beijou em seguida.
Luan me soltou ao sentir algo o atingindo.
-O que é isso? Passou a mão no pescoço, que estava cheio de areia. Olhou pra trás e Malu o olhava rindo.
-Solta minha mamãe. Ela ainda ria.
-Eu vou soltar sim. Vou soltar pra pegar você sua danadinha. Ele se levantou e os dois começaram correr pela areia. Era sensacional ver a alegria de Luan, nunca tinha o visto tão solto como hoje. Luan era o homem mais lindo que já vi na vida e sorrindo ele conseguia ficar ainda mais irresistível. Me levantei e entrei na brincadeira dos dois. Já estava ficando tarde e acabamos indo embora.
-A gente tá parecendo um bando de bife à milanesa com tanta areia no corpo. Luan ria.
-Olha só o que vocês fizeram com meu cabelo. Vou ter que lavar uma hora dessas. Reclamei em tom de brincadeira.
Chegamos no hotel e ao contrário do que imaginava não fomos para o nosso quarto.
-Por que você vai acordar o Rober uma hora dessas? Perguntei depois de descobrir pra onde iriamos.
-Porque eu pedi pra me trocarem de quarto e eu preciso pegar a chave. Respondeu batendo na porta e logo ele saiu. Conversaram um pouco e depois de pegar a chave fomos para o quarto.
-Por que trocou de quarto?
-Porque o que eu estava só tinha uma cama. Respondeu entrando.
-E qual o problema?
-A Malu ia dormir aonde?
-Ela podia muito bem dormir com a gente.
-Não podia não. Me olhou malicioso.
-Vai tirando seu cavalinho da chuva querido, que hoje não vai rolar nada.
-Tá falando sério? Me encarou.
-Tô!
-Eu não acredito que você veio ficar comigo justamente quando você está...
-Eu não estou nada Luan. Só que hoje não rola.
-Você não está naqueles dias?
-Não!
-Tem certeza?
-Tenho Luan. Ri do seu desespero. -Vem filha, vamos tomar banho. Fui com Malu para o banheiro e acabei tomando banho com ela. Foi difícil mas consegui tirar toda aquela areia dos nossos cabelos.
-Vão passar a noite ai? Luan disse ao entrar no banheiro e me encontrar secando os cabelos de Malu com o secador.
-Já estou terminando. Sorri. Depois de devidamente secos, penteei os cabelos de Malu direito e saímos do banheiro pra que Luan pudesse tomar seu banho. Arrumei Malu direito na cama e rapidamente ela dormiu. Coloquei meu pijama, pois ainda estava de roupão e em seguida me deitei. Fiquei vendo algo sem importância na televisão e logo Luan saiu.
-Nossa, ela já dormiu?
-Pra você ver como ela estava cansada. O dia hoje rendeu. Luan terminou de secar os cabelos e se jogou na cama ao meu lado.
-Chega pra cá morena. Pediu
-Nem vem Luan. Já disse que hoje não vai rolar nada.
-E eu não tô falando nada poxa. Só quero ficar pertinho de você. Me puxou, deitei minha cabeça em seu peito e ele se pôs a fazer cafuné ali.
-Vai mesmo deixar a boate fechada todos esses dias?
-Quem disse que a boate está fechada?
-Não está?
-Não!
-E quem está cuidando dela?
-É melhor a gente não falar disso pra não estragar nossos dias.
-Entendi!
-Entendeu? O encarei.
-Se você não quer falar, só pode ser uma pessoa.
-Vamos esquecer esse assunto?
-É melhor mesmo.
Conversamos mais um pouco e recebendo seus cafunés acabei adormecendo.
...
-Acorda morzão. Ouvi Luan me chamar.
-Me deixa dormir mais um pouquinho. Pedi.
-Dormir e perder o café maravilhoso que pedi pra gente? Ele deu uma fungada em meu pescoço.
-Se tá arrepiando é porque tá acordada.
-Luan, me deixa dormir vai.
-Não deixo não. Disse puxando o lençol que me cobria.
-Ah seu viado, me dá isso aqui. Tentei puxar o lençol de volta mas claro que não consegui pegá-lo devido sua força ser maior que a minha.
-Eu vou te mostrar o viado hoje a noite. Deixa você comigo.
-Até parece. Desisti de voltar dormir e me sentei o encarando.
-Por que vocês não ficam quietos? Malu reclamou da outra cama e Luan me olhou, entendi em seu olhar que ele tiraria a filha da cama da mesma forma que me tirou.
-Fica quieta você e levanta dessa cama preguiçosa. Puxou a coberta da filha.
-Papai me dá isso, eu tô com sono. Reclamou manhosa.
-Tá com sono coisa nenhuma. Vamos levantando que tá um sol maravilhoso lá fora e uma piscina deliciosa nos esperando lá em baixo.
-Nós vamos mesmo pra piscina? Se sentou animada olhando o pai.
-Se você levantar dessa cama logo.
-Pronto papai. Já levantei.
Fui no banheiro com Malu, fizemos nossas higienes e fomos tomar nosso café.
-Que milagre foi esse, você levantar da cama logo cedo? Perguntei preparando um pão pra Malu.
- Eu quero aproveitar ao máximo esses dias com meus amores. Fez bico.
-Mas você precisa descansar amor.
-Eu descanso depois.
-É mamãe, depois o papai descansa, agora ele vai brincar comigo né papai?
-Vou meu amor. Eu vou brincar bastante com você. Terminamos nosso café, Luan colocou o biquíni em Malu e eu fui colocar o meu.
-Você ainda quer que eu me controle desse jeito? Me olhava de cima a baixo.
-Cala a boca Luan. Ri jogando nele o short que estava em minha mão.
-Eu tô falando sério Jéssica. Não sei se vou aguentar até a gente voltar pra casa.
-Aguenta sim. Me aproximei lhe dando um selinho.
-Eu vou é ficar maluco. Isso sim. Se afastou virando o boné que usava de um lado para o outro. Coloquei um short, Malu pegou Malu no colo e descemos.
Chegamos na piscina e até que não estava muito cheia, Luan falou com umas pessoas e enquanto isso eu procurei um lugar com sombra pra poder ficar com Malu.
-Mamãe eu não quero passar isso. Malu reclamou me vendo pegar o protetor na bolsa.
-Mas vai passar sim e sem reclamar.
-Mas mãe, isso é muito ruim. Fico toda melecada.
-Antes melecada do que vermelha como um camarão filha. Agora vem aqui.. Coloquei Malu sentada ao meu lado e passei o protetor nela. Luan voltou e se sentou ao meu lado. -Já passou protetor?
-Não quero.
-Ah Luan, não vem querer dar uma de Malu pra cima de mim não. Já me basta ela reclamando. Estendi a mão lhe entregando o protetor.
-Chata! Me mostrou a língua.
-Não quer passar não passa. Mas depois não vem reclamar pra mim que está ardendo.
-Eu vou passar.
O dia estava mesmo maravilhoso e ficava ainda melhor na companhia de Luan. Ele estava realmente muito feliz com nossa presença ali e isso era nítido. Ele foi com Malu para a piscina e os dois brincaram por horas ali, me tirando risos fácil com as palhaçadas que faziam na agua. Não quis entrar e acho que Luan curtiu a ideia, pois assim não tive que tirar o short. Fiquei tomando um coquetel de frutas e vendo meus amores se divertindo.
O lugar estava começando encher então decidimos voltar para o quarto.
-Bora sair pra almoçar? Luan chamou assim que entramos.
-Eu prefiro almoçar aqui mesmo.
-Tem certeza? A gente pode sair se quiser.
-Vamos ficar aqui.
-Então tá. Vou pedir pra entregar nosso almoço. Por mais que ele dissesse que era tranquilo sairmos eu ainda não estava acostumada com todo assédio em cima dele, ainda mais com Malu por perto. Dei um banho em minha filha, tomei o meu e depois de Luan sair do seu, almoçamos.
-O show é aqui de novo? Perguntei.
-Não.
-Então eu tenho que arrumar as malas.
-Faz isso depois. Luan colocou um filme e deitamos os três na cama pra assistir. Na metade Malu acabou dormindo. Liguei na escola e avisei que Malu faltaria esses dias e assim que desliguei, recebi uma ligação do Léo. Atendi e Luan me olhou meio torto. Conversei com ele por uns minutos e pedi que cuidasse das coisas por mais esses dias pra mim.
-Não vai falar nada? Perguntei vendo Luan ainda de cara fechada.
-Adianta?
-Não!
-Então eu prefiro ficar quieto.
Por mais que ele não gostasse, Léo era a única pessoa que poderia me ajudar, a boate tinha acabado de ser inaugurada e não poderia ficar todos esses dias fechada, sem contar que ele era praticamente namorado de Bruna. Luan teria que aceitar querendo ou não.
Desembarcamos em Minas quase na hora do show.
-Não vai querer ir hoje? Luan perguntou assim que saiu do banho.
-Não amor, mesmo que quisesse não daria mais tempo, você já está atrasado.
-Você vai depois. Eu mando buscar vocês.
-Não precisa, sério. Malu estava entretida com uns brinquedos que havia ganho de umas fãs no aeroporto e não ouviu nossa conversa, certeza que faria um escando querendo ir para o show. Luan terminou de se arrumar e depois de se despedir da gente, saiu. Depois do jantar, Malu pegou nos sono, aproveitei e fiquei trocando mensagens com Léo sobre as coisas da boate, ele perguntou se poderia fechar um show pra terça feira e eu concordei. Passaria esse fim de semana viajando com Luan e voltaríamos para casa na terça de manhã. Segundo ele, a boate estava "fervendo" e pra não diminuir o publico era bom trazer algumas atrações de vez em quando, ainda mais quando as boates vizinhas. Incluindo a do meu irmão, estavam investindo nisso. Achei uma boa ideia e disse que ele poderia ficar responsável por isso.
Estávamos passando dias incríveis ao lado de Luan que tinha medo quando voltássemos a rotina de antes, Malu sentiria ainda mais a falta do pai e seria difícil ter que fazê-la entender. Estávamos em Santa Catarina, nosso ultimo destino antes de voltarmos pra casa, Luan tinha chegado de madrugada do show e Malu estava muito agitada.
-É melhor a gente sair um pouquinho ou você vai acabar acordando seu pai.
-A gente pode ir no shopping tomar sorvete. Malu sugeriu.
-Você só pensa em sorvete né mocinha.
-Pode ser pudim também.
-Vamos dar uma volta então. Seu pai precisa descansar. Arrumei Malu, me arrumei e nada do Luan acordar, escrevi um bilhete e deixei na mesinha ao lado da cama. Curti o máximo que pude com Malu no shopping, tomamos sorvete e até assistimos um filme que ela insistiu pra ver, quando ela já estava realmente cansada voltamos para o hotel. Luan já estava acordado assistindo série na tv.
-Demoraram. Reclamou.
-Alguém estava com energias acumuladas, precisava gastar um pouquinho ou então você não ia dormir. Ri. -Agora vamos tomar um banho e dormir né mocinha.
-A gente vai pro show do papai?
-Vamos sim meu amor. Depois de tomar banho, Malu dormiu o resto da tarde toda.
...
Desembarcamos em São Paulo e fomos direto almoçar na casa de Luan.
-Que saudade da minha bonequinha. Mari agarrava Malu.
-A comida já tá pronta? Tô amarelo de fome. Luan reclamou se jogando no sofá.
-Amarelo você é de nascença né amor. Brinquei e ele me jogou uma almofada. Mari foi terminar o almoço e Malu foi atrás da avó.
-Cadê a Bruna?
-Deve tá na faculdade. Luan respondeu.
-A outra lá deve tá também né?
-Que outra lá?
-A Simone. Revirei os olhos.
-Ela não está mas aqui amor, foi morar com os pais.
-E ninguém me conta uma noticia boa dessas.
-Para de ser boba. Mari serviu o almoço assim que Amarildo chegou, Bruna ligou avisando que iria estudar na casa de uma amiga e que não precisavam esperar por ela. Depois do almoço, Luan pegou algumas coisas e fomos pra minha casa.
-Você vai no show de hoje na boate? Perguntei a Luan assim que chegamos em casa.
-De quem vai ser?
-Acredita que esqueci de perguntar. Ri. Mas eu tenho que ir.
-Então eu também vou. Deu de ombros. Passamos o resto da tarde brincando com Malu e de noite fomos nos arrumar para o show. Luan terminou de se arrumar e foi colocar Malu pra dormir enquanto eu me vestia.
Luan entrou no quarto e por milagre ele não reclamou do meu vestido. Terminei minha maquiagem, fui dar um beijo em Malu e saímos.
-Sabe se a Bruna vai? Luan perguntou.
-Não falei com ela hoje, mas acho que sim. Chegamos na boate que já estava cheia por sinal, Luan estacionou e entramos pelos fundos pra não causar tumulto. Estava realmente cheio na porta e demoraríamos horas pra entrar por ali. Fomos direto para o escritório e encontramos Léo conversando com umas pessoas, inclusive o tal artista que se apresentaria aquela noite.
-Tinha que ser ele? Luan reclamou baixinho antes de entrarmos.
Eitah ferrou, quem será?
Ainda tô sem note, vim na casa da minha comadre pra postar :)
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