-Quer mesmo que eu te diga como isso aconteceu? A olhei irônica.
-Como você consegue brincar numa hora dessas?
-Você quer que eu faça o que?
-Primeiramente que você pare de usar isso. Tomou as coisas que estava em minha mão.
-Eu disse que vou parar. Me levantei. -Quando eu quiser. Tentei pegar as coisas de volta mas foi em vão.
-Parou Jéssica. Chega! Se você quer acabar com sua vida isso já é um problema seu. Agora prejudicar uma criança que não tem nada a ver com suas maluquices e nem tem culpa da mãe que tem, isso eu não vou permitir.
-Para de se meter na minha vida. Para de agir como se fosse minha mãe e me deixa em paz. Gritei.
-Eu não estou agindo como se fosse sua mãe e sim como sua amiga que é o que realmente eu sou e não vou deixar você levar a vida dessa criança pro buraco junto com a sua. Ela gritou também e eu não fazia outra coisa a não ser chorar. Então ela me abraçou.
Marcela ficou comigo até que eu me acalmasse e depois disso foi embora. Não quis jantar mas também não bebi mais. Marcela tinha razão, pelo menos eu acho que tinha. Essa criança não tinha culpa de nada e nem devia pagar pelas minhas maluquices e eu jamais faria algum mal a "ela" já que condenava minha mãe sempre por ter me abandonado pequena. Fiquei horas analisando minha atual situação e pensando no que faria daqui pra frente até enfim, conseguir pegar no sono.
Acordei no dia seguinte e dei de cara com Marcela me olhando.
-Tá fazendo o que aqui? Perguntei ainda sonolenta.
-Vim ver como você está.
-Eu tô bem. Me sentei.
-Toma seu café e vamos dar uma volta.
-Eu não quero. Resmunguei.
-O que?
-Nem o café e muito menos dar uma volta. Me deitei novamente e coloquei um travesseiro na cabeça.
-Por favor Jéssica. Eu já soube que você não jantou ontem.
-Eu não senti fome.
-Ok! Mas agora você vai levantar, tomar um banho, descer pra tomar um café da manhã descente e nós vamos dar uma volta. Ela disse isso e puxou a coberta.
-Tá Marcela! Você venceu. Me levantei derrotada e me arrastei até o banheiro. Tomei meu banho rapidamente e sai. Marcela já havia separado uma roupa pra mim, então me vesti.
Depois de empurrar o café da manhã pra dentro, escovei meus dentes e saímos sem rumo. Marcela tagarelava coisas que eu não prestei atenção, não conseguia parar de pensar no que faria daqui pra frente. Chegamos numa pracinha e nos sentamos.
-Tá passando mal? Ela perguntou me analisando.
-Não, porque?
-Tá quieta.
-Eu tô bem.
-Eu sei que você vai ficar chateada comigo, mas eu preciso te perguntar uma coisa.
-Pergunta.
-Você sabe quem é o pai dessa criança?
-Claro que eu sei. Disse e ela ficou me olhando. -Mas isso não vem ao caso. Ele nunca vai saber que essa criança existe.
-Jéssica, pelo amor de Deus, ele precisa saber.
-Pra que?
-Como pra que? Ele é o pai.
-Olha Marcela. Eu ainda não sei como vai ser minha vida daqui pra frente, nem o que eu vou fazer, minha única certeza é que eu vou cuidar dessa criança sozinha. Disse decidida e ela me olhou negando. Marcela ficou na casa dela e eu fui para a minha. Me joguei no sofá e já que não tinha ninguém em casa além da empregada, liguei o som no ultimo volume na esperança de não ouvir nem minha consciência. Tentativa falha, claro! Os últimos acontecimentos não me saiam da cabeça, a morte da minha avó, a noticia da gravidez, tudo isso estava me atormentando. Fiquei deitada sem saber o que fazer e ao passar os olhos pelo móvel onde ficavam as bebidas não me contive, me levantei e fui até lá. Peguei uma garrafa de wisque e mandei pra dentro sem pensar nas consequências que isso me traria mais tarde.
-O que tá fazendo aqui? Perguntei embolado.
-Vim te visitar e onde você pensa que vai desse jeito?
-Eu preciso sair.
-Você não vai pra lugar nenhum nessa situação, ainda mais dirigindo. Ele disse tomando a chave de minha mão.
-Me dá isso Leonardo. Gritei.
-Você só pode tá ficando maluca. Acha mesmo que vou deixar você dirigir nesse estado?
-Eu preciso sair, preciso de uma coisa.
-Drogas não é?
-E se for, não é da sua conta. Agora me dá essa chave.
-Já disse que não vou dar e você não a lugar nenhum. Ele me pegou no colo e me levou pra dentro de casa, subiu para o meu quarto e trancou a porta.
Depois de brigar com Leonardo e quase quebrar tudo em meu quarto, acabei adormecendo.
Enquanto isso na casa de Luan...
Cheguei em casa depois de mais uma semana de shows e encontrei Lívia cabisbaixa no sofá.
-O que houve? Perguntei me sentando ao seu lado.
-Hoje está fazendo dois anos que perdi nosso filho. Ela disse deixando as lágrimas escorrerem, a abracei em sinal de conforto, não saberia o que dizer e nada que eu dissesse mudaria o que aconteceu. -Se nada daquilo tivesse acontecido, hoje ele estaria aqui com a gente.
-Deus sabe o que faz amor, se não aconteceu é porque não era hora. Acho que disse besteira. Pensei comigo.
-Não era hora? Ela pareceu se irritar. -Não era e nunca vai ser não é, já que eu não posso mais ter filhos. Ela esbravejou e subiu para o quarto, não fui atrás porque sabia que não adiantaria. Eu sei que acabei com a vida de Lívia e com seu sonho de um dia ser mãe, mas a gente não sabe o rumo das coisas quando fazemos algo sem pensar, e foi o que aconteceu no dia do acidente. Nós havíamos ficado algumas vezes e ela acabou engravidando, nunca a amei e isso nunca foi segredo pra ninguém, inclusive pra ela. Quando ia pra balada com os amigos acabava ficando com outras mulheres e numa dessas noites ela acabou me pegando no flagra, discutimos ali na boate mesmo, eu disse coisas horríveis a ela, que não a amava e que não me casaria com ela por conta dessa gravidez, ela saiu da boate chorando e desesperada e logo em seguida vieram me avisar do acidente, sai da boate e a encontrei ensanguentada e desacordada. O resgate chegou e a levaram para o hospital, lá tivemos a noticia de que ela havia perdido o bebê, depois que ela saiu do hospital, fez alguns exames e descobriu que não poderia mais engravidar, eu, me sentindo culpado por ter arruinado a vida dela, resolvi me casar e achei que todos os problemas estariam resolvidos depois disso. Tomei umas doses de wisque e subi para o quarto, ela estava deitada e pude notar que ela estava chorando. Passei direto indo para o banheiro e tomei o meu banho.
Na casa de Jéssica...
Acordei no dia seguinte e vi a bagunça que estava no meu quarto, ignorei aquilo e fui para o banheiro, o mundo estava girando e minha cabeça explodia, vomitei tudo o que tinha para vomitar, escovei os dentes, tomei um banho e coloquei uma roupa qualquer, desci e encontrei meu pai na sala falando ao telefone, fui para a cozinha e a empregada estava fazendo alguma coisa que não reparei o que era.
-Depois você sobe no meu quarto e arruma a zona que está lá. Disse pegando uma maçã na fruteira e fui para a área da piscina, a água estava tão convidativa e eu precisando acordar então me joguei de roupa e tudo na água.
-O advogado da sua avó vem aqui mais tarde. Meu pai disse aparecendo do nada.
-Pra que? Perguntei desinteressada.
-Leitura do testamento. Ele disse dando as costas e antes que ele sumisse do meu campo de visão, senti uma dor horrível e gritei por conta disso. Ele me olhou e assim que viu correu. Eu sai da piscina com dificuldade e quando olhei pra água vi que ela estava vermelha. A dor era tremenda que eu só sabia chorar e gritar.
-O que houve? Meu pai perguntou se abaixando em minha frente.
-Está doendo muito. Coloquei a mão na barriga. Ele me pegou no colo e me levou até meu quarto, a empregada estava lá e se assustou ao no ver daquele jeito.
-O que aconteceu? Ela perguntou soltando a vassoura que segurava.
-Pega uma muda de roupa pra Jéssica e ajuda ela se trocar, rápido. Ele disse e saiu. Ela me ajudou como ele havia pedido e depois que terminou chamou meu pai que entrou na mesma hora.
-Consegue andar? Ele perguntou.
-Porque?
-Vou te levar pro hospital.
-Não precisa. Disse e dei um grito em seguida.
-Claro que precisa. Você está sentindo dores e ainda perdeu sangue. Ele me pegou no colo novamente e me levou para o carro.
Acordei e Marcela me olhava preocupada.
-Está melhor? Ela perguntou.
-O que aconteceu? Perguntei fraca.
-Você passou mal e seu pai te trouxe pra cá.
-Como soube que estava aqui?
-Ele precisou ir pra casa e me ligou avisando.
-E o...
-Está tudo bem com o bebê se é isso que você quer saber. Respirei aliviada. -Mas poderia não estar não é Jéssica? Você ficou maluca de vez? Beber daquele jeito e se não fosse o Léo ter aparecido sabe-se lá o que tinha acontecido.
-Já chega tá. Eu sei que não devia, mas...
-Mas você não consegue, você precisa se controlar amiga.
-Eu tento. Abaixei a cabeça em sinal de derrota.
Sai do hospital no mesmo dia e quando cheguei em casa, Marcela se encarregou de não sair do meu lado um minuto sequer, o que estava me irritando, mas eu não disse nada, pois precisava que ela ficasse ali.
Depois de tomar um banho e jantar, forçada, me deitei e em poucos minutos adormeci.
Sonhei com minha mãe, no dia em que ela foi embora, eu com 7 anos, a noite anterior tinha sido incrível, ela penteava meus cabelos antes de dormir e me contou a mais linda historinha, ficou ao meu lado até eu pegar no sono e quando eu acordei e fui atrás dela pra dar bom dia ela não estava mais em casa. Imagina como é para uma criança, acordar e a única coisa que ela encontra daquela pessoa que ela achava que a amava é um bilhete escrito: "Chega de tudo isso, cansei!"
Cansou? Como uma mãe se cansa dos filhos e os abandona dessa forma? Acordei desesperada e desci pra tomar água. Encontrei Guilherme na sala.
-Já soube da ultima que aprontou. Ele disse me olhando.
-Não enche. Passei direto e fui tomar água.
-Acho melhor o papai tomar alguma providência a seu respeito, ou você vai torrar o dinheiro da vovó em menos de um mês. Ele disse aparecendo na cozinha.
-Do que você tá falando?
-Não soube do testamento? Neguei. -A vovó deixou a maioria dos bens pra você. E você sabe que isso não é pouca coisa.
-Eu preferia que ela estivesse aqui. Coloquei o copo na pia e voltei para o meu quarto. Me deitei novamente e o sono demorou aparecer, fiquei pensando e acabei tomando uma decisão. Acordei cedo fiz algumas ligações e depois de tudo resolvido fui arrumar minhas coisas.
-Tá fazendo o que? Marcela perguntou me olhando arrumar minhas malas.
-Eu tomei uma decisão. Disse.
-Que decisão?
-Eu vou me internar.
Eita nóis, essa Jéssica é meio "fora da casinha" né? Desculpem TODA essa demora, eu não sei o que aconteceu com meu blog que ele não estava entrando de forma alguma, entrei em outro que eu tenho e estava normal, arrumei um pra uma nega e tbm estava normal, só esse que estava de sacanagem, mas graças a Deus meu irmão conseguiu arrumar, espero que não aconteça isso de novo.
E agora, será que a Jéssica vai contar quem é o pai dessa criança? Será que ela vai conseguir se tratar desses vícios? Aguardem as cenas dos próximos capítulos. Eu sei que ainda tá tudo complicado, mas logo descomplica ok kkkkkkk.
podia postar outro hojee :(
ResponderExcluirIsso mesmo a jessica se trantando awwwwn hahahahah sera que tem santana no sangue do bb? Eu acho ahusbausa
ResponderExcluir@newslr_
posta mais pra compensar a demora hahahaha
ResponderExcluir@overdosedeluan
ela tomou a melhor decisão indo se internar, pq assim é melhor pra ela e pro bebê, e tomara q ela saia de lá curada, e que ela diga de quem é o filho, continuaaaa logo amore, bjooos
ResponderExcluirSó acho que deveria ter mais um capitulo @gatinhaadojoao
ResponderExcluirEspero que ela não perca o bebe cara, enfim.. Eu to amando a fanfic amor, sério mesmo. Continua.
ResponderExcluirMaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais! Simone
ResponderExcluireu necessito desse blog igual a Jéssica dos vícios dela #parei kkkkkkkkkk esse bebê man ela precisa acabar com essas porcarias que elaa usa,e poxa a vida dela também não foi fácil. será que a mãe dela aparece ainda? e o Luan hein? eitaaaaaaaa esses dois de certa forma precisam um do outro @MyBoyNJR
ResponderExcluirPiradinha essa guria viu, ainda bem q vai se tratar..
ResponderExcluirTem q contar pro Luan q ele vai ser pai ..
@HellenAraujooh
Quero mais! u.u Será q ela vai contar pro Luan?! @desouzaanaa
ResponderExcluirEssa Jessica é doidinha kkkk cont. @conectadasdols
ResponderExcluirQuero so ver o rumo da fic gente @lsmeuamoor_
ResponderExcluirJéssica é mó louca que isso? haha
ResponderExcluir@_vick_brito
Espero que ela não desista de se internar. Ela precisa mudar pra poder cuidar da bebê. Mas antes eu acho que ela deveria contar a Marcela, e ela dar um jeito de Luan saber.Mas eu sei que ele só vai saber quando a criança já estiver grande. Não é, dº Kelly? kkk
ResponderExcluirYana
Acho que ela tomou uma atitude boa!
ResponderExcluircontinuaaa?
@carol_mellos2
Agora sim ela vai virar uma pessoa normal rs, Luan vai pirar quando souber dessa gravidez....
ResponderExcluiransiosa pelo proximo , amando demais essa fic <3
continuaa
@solangefrazo2