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-Dá pra fazer essa pirralha calar a boca! Guilherme apareceu na sala enquanto Malu chorava. 
-Ela é uma criança seu idiota.
-Uma criança insuportável. Eu cheguei tarde essa noite e não posso nem dormir em paz. Ignorei o idiota do meu irmão, peguei Malu e subi para o meu quarto. Os dias que passei com ela até agora foram ótimos, Malu me trouxe a vida de volta e isso era maravilhoso. Não sentia necessidade de mais nada se ela estivesse ali do meu ladinho. A semana estava se passando e na segunda Luan viria buscá-la, teria que me preparar psicologicamente para isso. Deixei ela dormindo em seu berço e fui tomar um banho, tinha combinado de ajudar Marcela escolher um vestido para uma festa e já estava atrasada. Terminei meu banho e me vesti.

Arrumei uma bolsa com as coisas de Malu e assim que ela acordou, lhe dei um banho e a vesti.

Na hora combinada Marcela chegou buzinando, peguei Malu e a bolsa e fomos.
-Como estão a bebê mais linda do mundo e a mamãe mais babona? Ela perguntou me olhando.
-Estamos ótimas. Ri de sua graça e ela deu partida. 
-De quem mesmo é a festa que você vai? Perguntei no caminho.
-De uma tia, irmã da minha mãe. Pra falar a verdade não estou nem um pouco afim de ir, mas fazer o que né? Deu de ombros.
-E como estão as coisas na escola? Tem falado com a Bruna?
-Ela até fala comigo, mas não é como antes. Parece fria sabe?
-Desculpa por isso.
-Você não tem culpa Jéssica.
-Claro que tenho! Vocês estavam se dando tão bem, e agora...
-Ela vai entender que você não teve culpa, que você não sabia que ela era irmã do Luan.
-Será que vai? Interrompemos aquele assunto e fomos as compras.

Enquanto isso, em algum lugar do Brasil...

-O que você tem boi? Roberval me perguntou entrando no quarto.
-Nada!
-Como nada? Tá ai todo pensativo.
-Tô pensando na Malu.
-Na Malu ou na mãe dela?
-Deixa de ser idiota. Como será que ela está?
-Quem?
-Como quem seu jegue? Joguei uma almofada nele. -A minha filha.
-Liga pra mãe dela e pergunta ué.
-Não! Deve estar tudo bem, senão ela teria ligado. Fiquei o dia inteiro no quarto pensando em minha filha e em como ela poderia estar. Será que Jéssica estaria dando conta de cuidar de Malu? Será que não teve nenhuma recaída? Será? Dormi um pouco e só sai do quarto na hora do show.
Os dias se passaram e finalmente iria pra casa. 

Na casa de Luan...

-Oi meu amor. Lívia disse indo receber o marido na porta.
-Oi amor. Ele correspondeu seu beijo e entraram.
-Como foram os shows? Lívia perguntou puxando assunto e Luan respondia as suas perguntas. 
-Foram ótimos. 
-A gente podia sair pra jantar hoje a noite, nunca mais saímos juntos. A esposa tentava uma aproximação com o marido.
- Acho que não vai dar, vou buscar a Malu.
-Ela já vem hoje? Perguntou num tom diferente.
-Vou! Algum problema? Luan a olhou intrigado.
-Nã...não! Claro que não! Só preciso pedir pra Sueli arrumar as coisas no quartinho dela.
-Então faz isso. Eu vou subir. Luan foi para o quarto do casal e Lívia foi enfurecida para a cozinha.
-Sueli? Sueli? Ela gritava pela empregada até que ela apareceu na porta da área de serviços.
-Pois não senhora?
-Arruma o quarto da Malu. Disse enfurecida.
-Sim senhora. A empregada disse saindo da cozinha.
-Se já não bastasse ter que aturar tudo o que aturo, ainda me vem essa peste! Lívia esbravejou se servindo de um pouco d'água.

Jéssica On

Terminei de arrumar Malu e ficamos no quarto esperando que Luan chegasse, definitivamente não estava mais dando pra viver nessa casa. Guilherme vivia reclamando e mesmo sem motivos ele procurava alguma coisa. Ia aproveitar esses dias que Malu vai estar com Luan e procurar um lugar bacana pra nós duas podermos viver em paz, finalmente! 
-Dona Jéssica, tem visita. Rose disse entrando em meu quarto. Peguei Malu, sua bolsa e descemos.
-Oi! Disse o cumprimentando sem jeito e pra falar a verdade, não sei porque estava assim, nunca fui assim.
-Oi! Ele respondeu sorrindo ao ver Malu em meus braços. -Posso? Perguntou se referindo a Malu. 
-Claro! Lhe entreguei minha filha.
-Como ela está?
-Bem!
-Nossa! Eu fiquei a semana inteira preocupado com ela. 
-Não precisava! Eu sei cuidar da minha filha.
-Eu não disse isso. Me olhou.
-Mas insinuou. E se estava tão preocupado porque não ligou pra saber dela?
-Porque não achei que fosse necessário. Neguei.
-Eu tenho que ir. 
-Que dia você traz ela?
-Na quarta ou na quinta. Ainda não sei quando viajo.
-Ok. Me despedi da minha filha com o coração na mão e eles se foram.
Sentei no sofá com a sensação de terem arrancado uma parte do meu corpo, sabia que minha filha seria bem cuidada estando com o pai, mas doía muito ter que me separar dela depois de tanto tempo que passamos longe uma da outra. Tentei me acalmar e subi pro meu quarto, ia aproveitar esses dias que estava sem Malu pra procurar um lugar pra que pudéssemos ter paz. Tomei um banho rápido, me vesti, peguei minhas coisas e sai. Passei em algumas imobiliárias, mas nada do que me mostravam me agradou, voltei pra casa e deixei pra continuar amanhã.

[...]

Enfim encontrei a casa que procurava, já com parte do dinheiro que havia herdado da minha avó, pude fazer a compra. A casa não precisava de muitos reparos e o pouco que precisava dava pra ser feito nos dias que Malu ficaria com Luan, contratei uma empresa especializada nisso e eles se encarregariam do serviço. 
-Anda logo Marcela. Apressava minha amiga pra que pudéssemos ir ao shopping comprar umas coisas pra casa nova. 
-Não vai voltar pra escola? Marcela perguntava no caminho.
-Agora que estou com a Malu vai ficar difícil.
-Contrata uma babá.
-Eu poderia fazer isso, mas não vou fazer agora.
-Porque?
-Eu tirei a menina da casa do pai, onde ela muito bem cuidada pela esposa dele e disse que eu cuidaria dela, agora que ela está comigo vou deixá-la com uma babá? Deixa o tempo passar, quando ela estiver maior eu penso nisso.
-E vai adiar seus sonhos até quando?
-Por enquanto, meu único sonho é ficar perto da minha filha. Disse finalizando esse assunto.
Compramos tudo o que precisaria e voltamos pra casa.
-Que dia o Luan trás a Malu?
-Amanhã. Disse.
-E você já vai mudar pra casa nova?
-Ai depende se vão terminar as coisas a tempo.
-Já contratou alguém pra cuidar da casa?
-Pra que Marcela?
-Como pra que? Me diz ai qual foi o dia que você fez um café ou um arroz?
-Você tá me enchendo o saco sabia?
-Eu tô querendo ajudar.
-E só tá atrapalhando.
-Vai dizer que você vai cozinhar?
-Eu vou.
-Coitada da Malu. 
-Eu posso tentar ok. Nunca vou aprender se não tentar.
-Tá bom, eu não falo mais nada. Encerramos essa conversa e Marcela foi embora.

[...]

Luan me ligou avisando que só levaria Malu na sexta pois seus compromissos desses dias haviam sido cancelados, por mais que estivesse morrendo de saudade da minha filha, concordei, assim teria mais tempo pra cuidar da mudança, era quinta a tarde e eu estava colocando umas malas no carro quando ouvi alguém me chamar, me virei e me surpreendi ao ver quem estava atrás de mim.
-Bruna?
-Oi Jéssica. A gente pode conversar?
-Claro! Vamos entrar. Disse e ela me acompanhou. -O que aconteceu? Tá tudo bem com a Malu?
-Ela está bem. Eu vim porque precisava me desculpar com você.
-Se desculpar? Pelo que?
-Pelo jeito que agi aquele dia. Eu devia ter te ouvido e sai daquele jeito.
-Eu te entendo Bruna. Você estava confusa, eu sei que deve ser difícil acreditar que uma pessoa se aproxime de você sem ser por interesse.
-Que bom que você entende.
-Mas eu não me aproximei de você por interesse Bruna, eu não sabia que você era irmã do Luan, eu nunca gostei de sertanejo e por isso nunca soube nada da vida dele.
-E porque ficou com ele?
-Não tem um porque Bruna? Antigamente eu não pensava, não escolhia com quem ia ficar ou não, aconteceu e eu só fui saber que ele era o Luan Santana no dia seguinte quando acordei, porque na boate eu não fazia ideia de quem ele era.
-E depois que descobriu que estava gravida, não procurou saber da vida dele?
-Procurei, mais não vi nada falando sobre você, só sobre ele e a esposa.
-Você tem que entender que é difícil pra mim acreditar nisso.
-Eu sei que é. Mas eu preciso que você acredite. Eu só fui atrás do seu irmão porque eu precisava me cuidar, me tratar, do contrário ele nem saberia da existência da Malu. Não quero que pensem que engravidei pra dar o golpe do baú, e se tivesse sido por isso, não acha que eu já teria feito alguma coisa pra tirar dinheiro do seu irmão?
-Me desculpa vai? Ela chorava.
-Você não tem que se desculpar Bruna. A abracei.
Enfim, depois de tempos sem nos falar, fizemos as pazes e como eu sentia falta da amizade de Bruna, que apesar de termos convivido pouco tempo, ela já era especial pra mim. Conversamos mais um pouco e tive que voltar guardar minhas coisas.

Tempos depois...

O que será que aconteceu nesse tempo que se passou?  E essa da Livia hein? Será que ela não é tão santinha quanto parece? Que bom que vcs entendem minha demora pra postar e tá ficando cada vez mais apertada as coisas aqui, eu vou dando um jeitinho e qualquer brexa eu posto mais. Meu note ainda não voltou, aproveitei que vim na casa da minha comadre e já trouxe o capitulo pra postar pra vcs, tenham paciência comigo Okay? Okay! 

@MyBoyNJR: Como assim tá ruim pra comentar? Algum problema com o blog?