29

Ignorei a presença dela ali e pude ver Luan se aproximando.
-Lívia? Ele parecia tão surpreso quanto eu.
-Oi amorzinho. Não me digam que já cantaram parabéns? Ela tentou lhe dar um beijo mas ele desviou o rosto.
-Papai, papai. Malu entrou na sala gritando e parou olhando Lívia que sorriu pra ela.
-Oi bonequinha. Lívia se abaixou ficando na altura de minha filha. -Feliz aniversário. Ela disse estendendo um pacote de presente na direção de Malu mas ela se escondeu atrás das pernas de Luan ignorando seu ato. Peguei Malu no colo e sai dali com minha filha. Fiquei conversando com Mari e umas tias do Luan que estavam ali, Malu brincava com algumas crianças e eu ficava de olho pra que ela não caísse ou as crianças maiores não a machucassem. Lívia entrou na cozinha sorrindo e Mari a olhou confusa, olhando pra mim em seguida. Ela foi conversar com as mulheres que estavam ali e eu segui pra fora da casa ficar de olho em minha filha. Peguei um refrigerante no barzinho que foi armado ali e me encostei no balcão vendo Luan se aproximar.
-Ela não se toca. Luan reclamou pegando uma cerveja.
-Devia conhecer a mulher que tem. Disse indiferente.
-A presença dela está te incomodando né? Me olhou como se pedisse desculpas.
-A casa é sua, ela é sua mulher. Não tenho direito de ficar incomodada com nada. O encarei.
-Jéssica para. Ele me olhou sério. -Sabe que por mim ela não viria. Sabe que por mim essa palhaçada já tinha acabado.
-Luan para de se justificar. O olhei dando um leve sorriso. -Você não tem que ficar me dando explicações.
-Cla...Ele ia continuar com aquela "discussão" mas seu pai o chamou.
-A Malu precisa trocar a fralda. Marcela disse se aproximando com minha filha no colo.
-Ela precisa é largar a fralda, isso sim. Sorri pegando minha filha e subi para o quarto com Marcela. -Porque tá atrás de mim? Vai ficar com o Renan.
-Você não vai mudar de ideia né?
-Sobre o que Marcela? A encarei.
-Sobre você ficar no quarto do Luan pra eu poder ficar com o Renan aqui.
-Isso já era uma péssima ideia antes, agora com a Lívia aqui, sem chance.
-Acha que ele vai querer ficar no quarto com ela?
-O que eu acho ou deixo de achar não importa né? Ele é marido dela, óbvio que vão ficar no mesmo quarto.
-Eu não sei disso não. Marcela disse e logo bateram na porta. Marcela abriu e pude ver Lívia do outro lado. -O que quer aqui? Marcela perguntou a encarando e eu terminei de por a fralda em Malu.
-Meu papo não é com você garota, da licença. Lívia a encarava da mesma forma.
-Mah, leva a Malu lá pra baixo. Pedi.
-Mas Jéssica? Ela me olhava como se pedisse pra ficar.
-Por favor Marcela? Pedi novamente, ela pegou Malu no colo e saiu reclamando.
-O que quer comigo? 
-Você não desiste não é? Ela começou falar e eu a olhava com desdem. -Quando é que sua ficha ai cair? Quando é que vai perceber que esse seu joguinho não vai funcionar por muito tempo?
-Você só pode estar falando de si própria não acha?
-Você é muito sínica garota. Acha que só porque tem uma filha com o Luan já pode sair se achando a dona do mundo. Já avisei pra você que não vou desistir, que não vou facilitar as coisas pro seu lado e você não está me levando a sério. 
-Seja lá o que você faça, não vai me impedir de ficar com o Luan, não vai impedir que ele se divorcie de você. Acho que quem tá precisando se situar das coisas aqui é você não eu. Explodi.
-O Luan ai cair na real, vai perceber a furada que é ficar com você e vai voltar correndo pra mim. É de mim que ele gosta, foi comigo que ele se casou.
-Contra a vontade que eu saiba.
-Você não sabe de nada. Ela se irritou e avançou em mim, mas a impedi segurando seu braço. -Você não passa de uma vagabunda que...Ela ia prosseguir com seus insultos e assim que ela puxou seu braço deixando minhas mãos livres, as virei na cara dela ouvindo o estalo ecoar pelo quarto. -Não sei porque se ofendeu? Ela me encarava com a mão onde havia dado o tapa. -Vagabunda ainda é um elogio pra você. 
-Lívia eu não quero perder minha cabeça com você, não aqui pelo menos. Alias, acho que é isso que você quer, que eu perca a cabeça e me vejam como barraqueira, pois sinto muito querida, eu não vou cair no seu joguinho e se você tivesse um pouquinho de vergonha na cara iria embora. Disse e ela gargalhou debochada.
-Estou aqui pelo meu marido, não por você. Não vou embora só porque estou te incomodando.
-Se o Luan quisesse você aqui teria ido te buscar.
-Você não sabe com quem está se metendo. Ela esbravejou e saiu do quarto batendo a porta.
Respirei fundo e fui até o banheiro jogar uma agua no rosto e retocar a maquiagem. Desci e Luan e olhava como se pedisse uma explicação, passei direto pra área onde estava rolando a festa e vi Malu brincando tranquilamente com as outras crianças.
-O que aconteceu naquele quarto? Marcela peguntou se aproximando.
-O que você acha? A olhei. -Ela não se toca.
-No seu lugar eu já teria dado na cara dela.
-E eu dei. 
-Você deu na cara dela? Marcela perguntou espantada.
-Quem deu na cara de quem? Luan perguntou chegando por trás de nós.
-Ops! O Rena tá me chamando. Marcela disfarçou e saiu de perto da gente.
-Você não respondeu minha pergunta. Luan me encarava.
-Luan, desculpa eu não tenho sangue de barata. Me justifiquei.
-Você e a Lívia brigaram?
-E eu dei um tapa na cara dela. Entortei a boca fazendo uma careta e ele me olhava sem expressar uma reação que eu conseguisse entender. -Luan fala alguma coisa. Pedi e ele saiu entrando na casa. O segui e pude ver ele puxando Lívia pelo braço e subindo as escadas. Fiquei na sala esperando ele voltar pra poder entender o que estava acontecendo. Depois de alguns minutos Lívia desceu as escadas com uma cara não muito boa e parou assim que chegou perto de mim.
-Você me paga. Disse entredentes. -Você vai se arrepender do dia que se meteu na minha vida. Esbravejou e saiu da casa batendo a porta, logo Luan desceu também. 
-O que você fez?
-Mandei ela embora. Disse dando ombros.
-Luan, você tá maluco?
-Maluca é ela. Ele completou e saiu de perto de mim.

[...]

A festa tinha acabado, alguns parentes de Luan ainda estavam na casa e eu peguei Malu para lhe dar um banho e coloca-la para dormir. 
-Posso entrar? Luan perguntou colocando a cabeça pra dentro do quarto.
-Entra. Sorri e ele entrou fechando a porta.
-Precisa de ajuda? Ele perguntou se sentando.
-Não, daqui a pouco ela dorme. Fiquei embalando Malu que em poucos minutos caiu num sono profundo, coloquei ela na cama e a cobri. -Porque tá me olhando? Perguntei notando que Luan não tirava os olhos de mim.
-Vem dormir comigo? Ele pediu fazendo um bico lindo.
-Claro que não Luan. Disse me sentando ao lado dele na cama.
-Porque não?
-Porque seus pais estão ai, eu fico sem graça. Além do mais sua mãe já está desconfiada.
-Como se a gente nunca tivesse feito nada com meus pais em casa. Ele bufou.
-Era diferente Luan.
-Diferente porque?
-Porque...não sei Luan.
-Tudo bem então, não vou insistir. Ele continuava de bico.
-Tá parecendo aquelas crianças birrentas. Debochei sentando em seu colo.
-E você só tá piorando as coisas assim. Seu halito quente tão perto de mim me causou arrepios por todo o corpo.
Passei minha perna em volta de seu corpo ficando de frente pra ele e ele depositou suas mãos em minha bunda. -Se não vai pro meu quarto porque fica me provocando? Perguntou com a voz falha embriagado pelo momento.
-Porque eu gosto de te provocar. Mordi seus lábios e ele logo iniciou um beijo que aos poucos foi ficando quente demais. -Luan? Disse entre o beijo e ele continuou. -Luan para. Insisti e ele parou me olhando.
-Você quem começou, pensei que...
-Amanhã a gente volta pra São Paulo. Sorri saindo de seu colo. -Já esperou tanto, pode esperar mais um dia. 
-Por isso mesmo, não dá mais pra esperar. Ele tentou me puxar pra seu colo outra vez mas desviei. -Puta que pariu Jéssica. Ele reclamou.
-Amanhã Luan. Disse rindo de sua cara.
-Você tá brincando com fogo Jéssica. Ele me olhou desafiador. -Depois não reclama das consequencias.
-Ui que medo. Zombei.
-Já que não vou conseguir nada mesmo, vou pro meu quarto tomar um banho gelado vê se resolve minha situação. Ele se levantou e foi em direção a porta.
-Não vai nem me dar um beijo de boa noite? Perguntei ainda rindo.
-Vai se ferrar Jéssica. Ele saiu do quarto visivelmente irritado e eu me diverti com aquilo.

[...]

Terminei meu banho e quando sai Malu e Marcela já estavam acordadas.
-Bom dia meu amor. Disse indo até ela, lhe enchendo de beijinhos.
-Bom dia mamãe. Ela disse ainda sonolenta me entregando a chupeta.
-Nem vi a hora que você entrou. Disse olhando Marcela ainda deitada.
-Fiquei um tempo com o Renan lá embaixo né, já que não dava pra ficar aqui. Ela reclamou.
-Porque as pessoas só pessam em sexo? A encarei.
-Até certo tempo você também era assim. Ela me encarou e eu ri.
-Vamos tomar um banho e descer pra tomar café né? Puxei um assunto com Malu. -Tá com fome? Perguntei começando tirar seu pijama.
-Tô. Ela coçou os olhinhos. Dei um banho rápido em Malu, ajudei ela escovar os dentes e saimos do quarto, Luan também saia do dele.
-Bom dia Lu. Disse lhe dando um selinho.
-Espero que seja mesmo, já que a noite não foi lá essas coisas. Reclamou e deu um beijo em nossa filha.
-Dormiu mal foi? Provoquei já sabendo o motivo.
-Não enche o saco.
-Nossa, ele tá revoltado. Zombei e descemos pra tomar café.

Depois que terminamos o café e ajudamos Mari limpar as coisas, Bruna inventou de aproveitarmos a piscina antes de irmos embora.

Subi pro quarto, coloquei um biquini e passei protetor em Malu e fui colocar em biquini também.

Depois de passar o protetor, coloquei um short, peguei Malu e descemos.  Luan e Bruna já estavam nos esperando, me sentei numa espreguiçadeira ao lado dele e coloquei Malu sentada em uma toalha que estendi pra ela pudesse brincar.
-Cadê a Marcela? Renan perguntou.
-Tô aqui. Ela disse aparecendo na porta.
-Vão entrar agora? Bruna perguntou tirando o short e indo pra agua.
-Eu vou. Disse tirando o meu também. -Olha a Malu um pouquinho. Pedi a Luan e vi que ele não tirava os olhos do meu corpo.
-Tá dificil. Tá ficando cada vez mais dificil. Ri do seu comentário.
-Vai entrar Mah? Perguntei a olhando.
-Vou né, só um banho de agua fria pra resolver o problema aqui.
-Pelo amor de Deus vocês. gargalhei pelo fato dos dois tarados estarem subindo pelas paredes.
-O que eu posso fazer se você é uma empata foda do caramba. Marcela comentou e pulou na agua.
-Idiota. Ri e entrei também.

[...]

-Vou levar as coisas pra casa, de noite venho pra cá. Luan disse ao se despedir de mim já na porta de minha casa.
-Tá bom. Lhe dei um selinho e ele se foi. Fechei a porta e subi com Malu pra arrumar as coisas no quarto.
-Mamãe, o papai vem dormir aqui? Malu perguntou enquanto assistia um desenho deitada em minha cama. 
-Vem meu amor, porque? Perguntei.
-Ele vai morar aqui com a gente? Ela se sentou me encarando e eu travei diante aquela pergunta.
-Não sei meu amor. Talvez um dia. Sorri a olhando.
-Eu queria que o papai morasse aqui. Ela disse normalmente e voltou prestar atenção no desenho. Terminei de guardar as roupas limpas, Malu estava dormindo então desci pra levar as roupas sujas pra lavanderia. Assim que cheguei na sala a porta se abriu.
-Você não enjoa de mim não? perguntei encarando Marcela entrar e se esparramar no sofá.
-Para de se achar vai. Ele me mostrou o dedo do meio.
-Além de folgada é sem educação. Ri me sentando ao seu lado.
-Queria que eu estivesse de bom humor? O fim de semana todo na seca. Bufou.
-Pra mim não foi diferente amiga. A olhei.
-Poderia ter sido se você não fosse tão chata.
-Cala a boca vai. Lhe joguei uma almofada.
-Cadê a Malu e o Luan?
-Malu está dormindo e Luan foi pra casa dele.
-E não vai voltar?
-Mais tarde. Porque?
-Vocês dois ficam tão bonitinhos juntos. Ela disse com uma voz fofa. -Não vejo a hora de ver vocês dois desfilando por ai de mãos dadas como um casal apaixonado.
-Para de viajar Marcela, não tem ninguém apaixonada aqui.
-Se eu não te conhecesse né Jéssica? Não tenta esconder as coisas de mim porque você não vai conseguir.
-Eu tô com medo sabia? A encarei fazendo careta.
-Medo de que mulher?
-Da proporção que isso tá tomando. De quebrar a cara, de não ser nada do que eu estou pensando.
-Porque não seria?
-Eu sei que o Luan não homem de uma mulher só.
-Se essa mulher souber dar valor e se mostrar suficiente pra ele, acho que ele não teria motivos pra procurar outras. 
-Não sei não Marcela.
-Faz a sua parte Jéssica. Usa toda sua sensualidade, todo seu poder de conquista e pega esse homem pra você de uma vez. Ela e seu jeito estabanado de falar.
-E se eu fizer isso e quebrar a cara?
-Não vai saber se não tentar. Me encarou. -E além do mais, sei que é capaz de virar a pagina rapidinho.
-Acontece que agora é diferente.
-Diferente porque? Continuava me encarando. -Não vai dizer que...?
-Eu tô gostando dele Marcela. Muito! 
-Ai meu Deus. Jéssica Bernadi apaixonada é isso mesmo?
-Não é paixão Marcela. Quer dizer, eu não sei se é. E ainda tem a louca da mulher dele pra foder com tudo.
-Acha mesmo que aquela bruaca é um problema? O Luan já deixou bem claro que não quer mais nada com ela.
Ficamos conversando por um tempo e como já estava demorando a obesa da minha amiga inventou de fazer brigadeiro.
-E você e o Renan? Perguntei assim que ela voltou pra sala.
-Estamos bem. Ela sorriu.
-Ah não me diga. Zombei. -Quero saber se é sério, se vão assumir de uma vez esse namoro?
-Assumir mais do que já assumimos só a gente casar né. Gargalhamos.
-Não sabe como deixa feliz te ver assim tão contente.
-Ninguém mais do que você rezou tanto pra que eu me desencantasse do seu irmão né?
-E graças a Deus minhas preces foram atendidas.
-Você não vai voltar pro teatro?
-Acho que não. Fiz careta.
-E quando o dimheiro que sua avó deixou acabar? Vai fazer o que?
-Vendo mais uma das casas e além do mais, tem o aluguel das outras. Por enquanto dá pra ir levando, depois vejo o que faço. Malu acordou e depois de dar um lanchinho pra ela ficamos brincando na sala. Renan ligou chamando Marcela pra jantar e ela se foi toda saltitante. Luan mandou uma mensagem dizendo que estava jantando que logo mais viria pra cá.
-Achoque dá tempo de ir comprar um sorvete. Disse olhando Malu. -Vamos com a mamãe?
-Vamos. Ela se levantou serelepe e quase caiu sentada novamente.
-Cuidado princesa. Ri a segurando. Minha chave de casa estava na bolsa lá no quarto e estava com preguiça de subir e pegar, então optei pela cópia que deixava na sala. Procurei no porta chaves e não encontrei. -Neide? Chamei. -Ôh Neide. Chamei mais uma vez e ela apareceu vindo da cozinha.
-Me chamou?
-Você pegou a chave que fica aqui?
-Não Jéssica. Ela negou e eu não lembrava de ter pego a chave dali. Mesmo com preguiça, tive que subir e pegar a chave. Peguei Malu e fomos comprar o sorvete.

[...]

-Nossa, demorou. Disse dando um selinho em Luan assim que abri a porta.
-Quanta ansiedade. Ele riu e eu lhe mostrei o dedo.
-Papai. Malu veio correndo da cozinha e grudou nas pernas de Luan.
-Quando eu digo que sou irresistivel ninguem acredita. Ele se gabou pegando Malu no colo a enchendo de beijinhos.
-A mamãe "compou sovete" Ela disse animada.
-É mesmo? Ele a olhou. -Sorvete de que?
-De "focos"
-De focos? Ele perguntou me encarando sem entender.
-De flocos Luan. Nossa como você é lerdo. Ri.
-Não sou não, só não entendo a lingua que ela fala.
-Não entende nem o português direito né? Gargalhei.
-Você tá cheia de gracinha. Quando eu te pegar vamos ver se você vai continuar achando graça de alguma coisa. Me encarou sério e eu fingi estar morrendo de medo.

[...]

-Mamãe tô com sono. Malu disse depois de um longo tempo que estava brincando com Luan.
-Graças a Deus. Ele bufou se deitando no tapete e eu ri.
-Vamos subir. A peguei no colo. -Mamãe vai te dar um banho e te colocar pra dormir.
-Papai, conta uma "histolinha pa mim?" Ela pediu manhosa.
-Eu? Não pode ser sua mãe?
-Não papai. Eu "quelo você"
-Todas me querem. Ele disse convencido e se levantou nos seguindo até o quarto. Dei o banho de Malu, coloquei seu pijama e penteei seus cabelos. 
-Vou pro quarto tá. Disse olhando Luan e ele concordou com a cabeça.
-Boa noite princesa, dorme com os anjinhos. Dei um beijo em Malu e sai do quarto deixando os dois lá.
Tomei um banho demorado, coloquei meu pijama e sai. Achei que Luan não tinha voltado ainda, mas o encontrei na sacada do quarto. Fui até lá e o abracei por trás.
-Enfim sós. Ele disse se virando pra mim e me dando um beijo doce.
-É melhor a gente entra. Disse entre o beijo. 
-Tô com medo. Ele encerrou o beijo me olhando.
-Medo de que? Perguntei sem entender.
-Sei lá, ultimamente não estão colaborando muito comigo. Ele fez uma carinha linda.
-Para de ser bobo e vem. O puxei pela camiseta e entramos. Luan fechou a porta da varanda e em segundos, ele estava passeando sua lingua por toda minha boca, com suas mãos fortes me apertando contra o corpo dele com medo de me deixar escapar. Seus lábios esmagavam os meus em um beijo feroz. Rodei saindo de perto da parede embolando minhas pernas na dele caminhando sem quebrar o beijo e sem olhar pra onde estava indo. Dei um sorriso malicioso e ele me deu um impulso me colocando em seu colo, sua cintura ficou entre minhas pernas enquanto ele beijava e chupava meu pescoço. Ele caiu na cama por cima de mim e eu gargalhei por ele quase ter nos feito cair.
-Vai me derrubar mesmo? Ri me ajeitando.
-Cala a boca vai. Ele voltou me beijar ferozmente, nunca tinha o visto daquela forma, e confesso que estava gostando. Suas mãos rasgaram a blusa que eu estava e estourou o botão do meu short ao arranca-lo de meu corpo. Mordi os lábios com tanta selvageria e com sua ajuda me arrastei na cama indo para perto da cabeceira. Luan tirou a camiseta e agarrou minhas pernas me puxando com força me fazendo escorregar para perto dele. Ele se deitou sobre mim e eu senti seu corpo pesar sobre o meu.
Nossos lábios se encontraram e eu sorri sapeca pela forma em que ele brincava com minha língua. Sem quebrar o beijo e só usando o tato desabotoei sua bermuda e com os pés ele terminou de tira-la. Alisei seu tórax e com uma mão ele me rodou me colocando em seu colo. A única coisa que nos impediam eram os panos das nossas roupas íntimas, as mãos dele foram a minhas costas e 
desabotoaram meu sutiã livrando meus seios. Seu corpo estava quente, me deixando cada vez mais molhada. Sentia a respiração dele forte em meus seios e eu arfava com aquilo, ele apertou minha bunda com força e eu gemi baixo gostando daquilo. Minhas mãos passeavam pelas suas costas de maneira feroz. Dei uma leve levantada e ele se livrou da cueca. Minha calcinha virou trapo e ele a jogou por algum lugar do quarto, num movimento rápido ele me colocou deitada novamente e segurou a base do seu membro roçando em mim.
-Enfia logo. Pedi num sussurro e ele sorriu sapeca me invadindo com força. Luan começou com suas gracinhas, ficava tirando e colocando num ritmo lento e aquilo estava me irritando. Ele percebeu meu olhar de impaciencia e gargalhou.
-Viu só como é bom ficar atiçando os outros?
-Vai ficar de graça ou vai enfiar essa porra logo? O encarei nervosa e senti ele entrar por inteiro, com toda força em mim. Gemi alto.
-Tá bom assim nervosinha?
-Tá ótimo, não para. Disse o incentivando continuar e parece que ele estava se divertindo ao me ver implorando por ele. Meus lábios roçavam nos dele ofegante, enquanto o sentia todo dentro de mim. Seu beijo era viciante devorava meus lábios, sua língua ficava em uma dança romântica com a minha, minhas mãos estavam em volta de seu pescoço o trazendo mais para mim. Nossos corpos pingavam enquanto ele beijava meus lábios com jeito, soltando gemido leves que me faziam contrair de prazer. Minhas pernas fraquejaram e eu senti minha intimidade se contrair com ele ainda dentro de mim. Luan continuava a me entocar, mas depois de segundo pude sentir seu liquido quente jorrar dentro de mim. Meus cabelos estavam grudados ao meu corpo, minha respiração estava alta.
Luan caiu ao meu lado aninhando meu corpo ao seu e puxando o lençol para nos cobrir. Podia ouvir o barulho frenético e descompensado das batidas do coração dele enquanto nossa respiração ia se ajeitando.

Ufaaa cansei kkkkkkkkkkkkkk
Acho que a Jéssica tá insegura com essa relação concordam?