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Me assustei com a cena e tive que responder sua pergunta, pois seu olhar estava me pondo medo. 
-Lu, esse é o...esse é o Léo, somos amigos desde crianças e...Luan me olhava como se fosse me matar e eu já estava me enrolando nas palavras. -Ele é irmão da Marcela. Conclui.
-E ai cara, beleza? Léo estendeu a mão para Luan. Fiquei com medo dele não retribuir o gesto, mas ele me surpreendeu. Estendeu a mão para Léo e se cumprimentaram cordialmente.
-E ai, beleza? Luan repetiu suas palavras.
-Bom...eu tenho que ir agora. Léo disse.
-Eu te levo até a porta. Me ofereci e seguimos. 
-Depois terminamos aquele assunto. Nos despedimos, fechei a porta e ao me virar para Luan, ele me fuzilava.
-Então vocês tem um assunto pra terminar? Se sentou soltando fogo pelo nariz.
-O Léo passou um tempo no Rio e quando estava de folga da peça fazia uns serviços como segurança numa boate. Ele tem alguns contatos e vai me ajudar com isso.
-Ah, que legal. Fingiu um sorriso.
-Para de ser irônico Luan, nós só estávamos conversando normalmente.
-Não disse nada Jéssica.
-E nem precisa, olha sua cara.
-Queria que eu estivesse como? Chego aqui e te encontro essa hora da noite, de pijama com um cara que eu nunca vi na vida.
-Viu alguma coisa de mais?
-Não, mas...
-Chega Luan. Você não viu nada de mais, porque não teve nada de mais. Nós só estávamos conversando e ponto final. Deixei Luan sozinho na sala e subi para o meu quarto. Demorou um pouco pra ele subir e quando entrou foi direto para o banheiro. Continuei assistindo televisão e quando ele deitou, pensei que ele fosse me ignorar, virar pro lado e dormir, mas me enganei.
-Me desculpa ok? Eu não gostei do que vi. Só isso.
-Acontece que você não viu nada Luan. Tirei meus olhos da tv para encara-lo.
-Ver você conversando com outro cara pra mim já basta. E o fato de você estar na sua casa, de pijama e eu não conhecer o cara só piorou a situação.
-Tá bom Luan. Me desculpa tá?
-Não tem que se desculpar morena. O idiota aqui sou eu. Se virou deitando em cima de mim.
-Tem razão. Você é.
-Poxa. Magoei agora. Fez bico e eu não consegui resistir, selei nossos lábios matando a saudade que nem era tanta mas já atormentava.

Luan estava se animando demais e se não fosse a curiosidade sobre o prêmio, eu deixaria ele ir além dos beijos.
-Lu, me fala. Falei entre o beijo.
-Falar o que Jéssica? Parou o beijo mas continuou alisando meu corpo.
-O prêmio. O empurrei apoiando minhas mãos em seus peito pra ele se manter afastado de meus lábios. -Você ganhou o prêmio? Ele ficou me olhando mas não respondeu. -Porra Luan, vai me deixar na curiosidade?
-Se eu responder você para de falar um pouquinho e mata minha saudade?
-Saudade Luan? Nós fizemos isso hoje de manhã. Ri.
-E daí? Eu estou com saudade. Começou apertar minha coxa e quando ia me beijar o empurrei de novo.
-Responde minha pergunta.
-Ganhei Jéssica. Eu ganhei o prêmio. Agora eu quero você, pode ser? Sorri feliz por ele e o puxei pra outro beijo. O clima estava quente demais e quando estava prestes a tirar sua cueca, bateram na porta.
-Puta que pariu. Ele reclamou.
-Péra ai Luan.
-Deixa bater Jéssica.
-Mamãe, deixa eu entrar? Ouvi a voz de Malu do outro lado da porta.
-Luan...
-Ela vai desistir. E ela bateu novamente na porta.
-Mamãe? Gritou outra vez.
-Caralho. Finalmente ele desistiu, se jogando na cama. Me recompus e fui abrir a porta.
-Que foi filha?
-O papai chegou?
-Chegou meu amor. Abri a porta por completo e ela entrou, olhei Luan e ele fingia dormir.
-Ele tá dormindo? Malu sussurrou e eu neguei com a cabeça, rindo. Malu parece ter entendido e pulou em cima do pai. -Acorda papai. Papai, acorda.
-O que foi hein? A encarou se fazendo de bravo, mas depois sorriu.
-Você ganhou o "tofréu"?
-Ganhei princesa. Luan respondeu e ela comemorou.
Já era madrugada e nada de Malu dormir, Luan estava acostumado ficar até tarde acordado, mas eu já estava caindo pelas tabelas.
-Filha, vai dormir, eu tô morrendo de sono. Reclamei.
-Mas eu não tô mamãe.
-Malu...
-Vai dormir, eu fico com ela.
-Luan, tá tarde.
-Eu vou levar ela pro quarto, a gente vê um filme e logo ela dorme.
-Tem certeza?
-Tenho. Vai dormir. Me deu um selinho e pegou Malu no colo.
-Papai, eu quero Toddy. Ouvi Malu pedir antes deles saírem.

[...]

Luan continuava implicando com o fato de eu abrir uma boate, e quando viu que já estava colocando os planos em prática, as coisas pioraram. 
-Onde você vai? Perguntou ao ver eu me arrumando no quarto.
-Eu te disse ontem Luan. Tô indo ver umas coisas pra boate. Já tinha escolhido um lugar bacana e não era muito longe de casa. Uns 20 minutos de carro. - Já que a Marcela saiu com a Malu, você poderia ir comigo. 
-Não sei.
-Você tem alguma coisa pra fazer?
-Só depois do almoço.
-Então, vamos comigo, assim você já conhece o lugar e dá sua opinião.
-Você sabe minha opinião.
-Por favor Luan.
-Tá bom Jéssica. Eu vou. Bufou e foi se arrumar. Léo havia me mandado uma mensagem dizendo que levaria uma amiga que era gerente de uma empresa de seguranças e marcamos pra daqui algumas horas.
Luan terminou e seguimos para o endereço que indiquei a ele. Abri a porta e me encantei, mesmo não tendo nada lá dentro, já podia imaginar como ficaria quando estivesse pronto e do meu jeitinho. Optei por um lugar onde já tivesse estrutura para uma boate, assim, eliminaria alguns problemas burocráticos. O lugar já era uma boate e o dono resolveu se desfazer do negócio, bom pra mim. Luan olhava tudo atentamente, mas permanecia em silencio. 
-Ali era o antigo camarote. Apontei e ele olhou na direção indicada.
-E não vai ser mais?
-Vai, mas eu quero fazer umas mudanças. Ampliar, sei lá. Fiquei olhando e maginando o que poderia ser feito ali. Subimos e pra minha surpresa ele deu uma sugestão. 
-Ali você poderia montar um palco. Apontou e eu olhei.
-Palco?
-É. Assim poderia contratar uns shows de vez em quando. Deu de ombros e eu sorri. 
-Até que não é má ideia. 
-Não tinha pensado nisso?
-Em momento nenhum. Pensei só em fazer baladas normais, alguns bailes temáticos as vezes mas nada de shows.
-Pode ser uma boa. O povo gosta de variedade.
-Obrigada pela ideia. Passei meus braços por seu pescoço, mesmo ele mantendo aquela cara de bravo dele.
-Já que eu vim né? Deu de ombros. 
-Bobo. 
Meu celular acusou uma mensagem e eu peguei para ler. -Vamos descer. O puxei.
-Quem é? 
-O Léo. Sua cara mudou de bravo, pra MUITO bravo. Ignorei e segui até a porta, abri e lá estava ele com a mulher que aparentava ter uns 40 anos, mas era muito bonita. Conversamos sobre as coisas que pretendia,Luan se mantinha quieto só observando a conversa e vez ou outra mexia no celular. Passou um tempo e ele me encarou.
-O que foi?
-Vai demorar aqui?
-Acho que mais um pouco. Porque?
-Eu tenho que ir. Tenho uma entrevista.
-Pode ir, eu vou de taxi.
-Eu posso te levar Jéss. Estou de carro. Léo se ofereceu e Luan estalou os olhos demonstrando seu nervosismo. Luan reclamou de um modo que só eu escutasse, me deu um beijo e se foi. A conversa se estendeu por mais algumas horas e acabei fechando com a empresa da tal mulher. 

[...]

-Valeu pela carona. Agradeci assim que Léo estacionou na frente da minha casa.
-Não foi nada. Sorriu. -Eu acho que seu namorado não vai muito com a minha cara.
-Não liga pro Luan não, ele é muito ciumento mas logo ele se acostuma com sua presença.
-Espero.
Nos despedimos, sai do carro e ele se foi. Minutos depois, Marcela chegou com Malu.
-Mamãe, olha o que a tia Cela me deu. Malu veio me mostrando as coisas que ganhou. Conversei com minha amiga por algum tempo e depois Malu me arrastou pra brincar com ela. Luan me ligou perguntando se já estava em casa, afirmei e ele disse que logo voltaria.

Estávamos jantando tranquilamente, até meu celular apitar uma mensagem. Visualizei, era Léo dizendo que tinha entrado em contato com uns fornecedores e me passou o contato.
-O que você tanto conversa nesse celular? Luan perguntou.
-É sobre a boate, tô pegando uns contatos de fornecedores. Sorri após responder. Luan largou o talher nervoso e me encarou.
-E quem tá te passando esses contatos é aquele seu amiguinho de infância?
-Qual seu problema Luan? 
-Meu problema? Tem certeza que você não sabe?
-São negócios Luan, só isso.
-Ok. Mas não me lembro de você ter me dito que ele faria parte disso tudo. Porque desde que começou esse cara não sai de perto de você.
-Ele não faz parte de nada disso Luan, só está me ajudando. Olhei Malu sentada em seu lugar e nos olhava amedrontada. -É melhor deixar essa conversa pra depois. Fiz sinal pra ele que entendeu ao ver a carinha de nossa filha.
 Ele bufou nervoso, se levantou e subiu.
-O papai tá bravo?
-Um pouco meu amor, mais daqui a pouco passa. Agora come. Eu perdi o apetite mas tive que me manter ali pra que minha filha terminasse sua refeição. Levei Malu pra escovar os dentes, ela insistiu e mesmo sem paciência tive que ver um filme com ela, assim que ela pegou no sono, desliguei a tv e fui para o meu quarto. Escovei meus dentes e me deitei.
-Quer conversar agora?
-Acho melhor a gente esquecer esse assunto.
-Não Luan, o melhor é a gente resolver de uma vez isso. Quando é que você vai entender que não tem motivo pra você ter todo esse ciumes?
-Não adianta Jéssica, eu sou assim e pronto.
-Mas é tão difícil pra você assim se controlar pelo menos um pouco? A não ser que isso não seja só ciumes. O encarei.
-Tá falando de que?
-Tudo isso pode ser desconfiança. Continuei o encarando e ele ficou em silencio. -Eu tô cansada disso sabe? Todo mundo desconfiando de mim, com o pé atrás pra tudo o que eu faço. Decidi abrir uma boate as pessoas acham que vou ter uma recaída e me envolver com drogas e bebidas de novo. Tô conversando com um homem, meu namorado acha que vou me atirar na cama dele.
-Eu não disse nada disso.
-Precisa dizer alguma coisa Luan? Sua reação pra mim já basta.
-Ok Jéssica. Você quer que eu ache a coisa mais normal do mundo, chegar aqui e te encontrar com um desconhecido.
-O Léo é meu amigo.
-Não deixa de ser um desconhecido pra mim. Você quer que eu ache normal?
-Não Luan, eu só quero que você entenda. Eu deixei tudo o que eu fazia de errado pela nossa filha, mas eu poderia continuar saindo com qualquer um, isso não me impediria.
-E porque não continuou?
-Porque acho que eu encontrei aquilo que eu tanto procurei mesmo sem saber.
-O que Jéssica?
-Você Luan. Eu sempre fiquei com um e com outro e sempre dei a mesma desculpa, eu só quero diversão. Mas bem lá no fundo eu sempre procurei alguém que me completasse. Se eu estou com você hoje é porque eu encontrei essa pessoa. Eu sempre disse que nunca me prenderia a ninguém, que nunca amaria ninguém, e pra falar a verdade nunca amei. Até te encontrar. O encarei e ele continuou em silencio. -Eu nunca senti nada disso que eu sinto por você. Nunca tive a necessidade de estar perto de alguém como tenho agora, nunca precisei tanto de um abraço como eu preciso do seu e se isso não é amor, por favor,me diz o que é.
-Você tá querendo dizer que...
-Que eu te amo Luan. Ele me encarou de uma forma diferente, como se procurasse as palavras certas e acho que depois daquele olhar intenso, nada mais precisava ser dito. Me puxou lentamente pra si e selou nossos lábios da maneira mais carinhosa possível.

[...]

Tudo parecia estar bem, Luan estava começando aceitar a presença de Léo, mesmo não gostando nada disso, ele se controlava e deixou de lado a implicância, afinal de contas ele só estava me ajudando e quando a boate estivesse pronta, não teria mais motivo pra tanta aproximação da nossa parte. Estava quase tudo resolvido na questão burocrática da boate, já tinha um bom numero de pessoas contratadas e pro começo acho que daria conta, com o passar do tempo contrataria mais pessoas se for necessário, faltavam somente algumas coisas e em menos de três meses já poderíamos abrir as portas. 
Luan decidiu passar uns dias na casa dos pais, afinal depois que começamos ficar ele só vivia aqui em casa, não que não gostasse disso, mas ele tem uma família e precisa passar um tempo com eles. Estava assistindo um filme com Malu na sala e quando percebi ela já estava dormindo. Peguei minha filha com cuidado e a levei para o seu quarto, estava descendo as escadas quando ouvi a campainha tocar, estranhei pelo horário mas atendi. Me assustei com o que vi. Bruna estava desesperada e soluçava de tanto chorar.
-Bruna? O que aconteceu?


Xiiiiiii lá vem bomba.
Luan ciumento até quando Brasil? hahaha
Pra quem não lembra, Léo é irmão da Marcela e ex namorado de Jéssica.

Indicando: http://fanficseumelhorcaminhols.blogspot.com 

Isla Luísa a única fic que estou lendo no momento é a Jogo Do amor da Cela e da Faby http://fanficjogodoamor.blogspot.com.br/
Então vou indicar umas que li e gostei e outras que comecei ler e não terminei {peço desculpas as escritoras e prometo voltar ler TODAS kkkk}

Essas eu amei ler, comecei e parei mas vou voltar ler 
http://ficfreetodream.blogspot.com.br/
http://sonhocomvcls5.blogspot.com.br/

E essas são algumas que eu li e amei {desculpa se esqueci alguma é que são muitas}
http://luvocemeguia.blogspot.com.br/
https://fanficumbrindeaonossoamorls.wordpress.com/
http://fanfic-noexistelimitesparaoseusonho.blogspot.com.br/ {essas foram minhas inspirações, depois de ler a primeira que decidi escrever rsrsr}